Capítulo 03

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Meteoro e cavaleiros. 

Estamos em Lisboa. Trouxemos o meteoro escondido em um cesto. Em nossa frente o proprietário das fornalhas.

-Eu quero 8 moedas de Escudeiro. Não aceito menos! –

-Você está maluco? Não posso pagar 8 moedas. Eu preciso apenas usar a fornalhas, não preciso da mão de obra – falei

-Se você for fazer o trabalho, eu posso abaixar o valor. 7 moedas! – O proprietário falou

Não posso perder tempo. Minha curiosidade é gigantesca.

- 6 moedas! Essa é minha proposta final! –

- Fechado. Próxima vez, eu cobrarei o dobro! –

Apertamos a mão e selamos a negociação. O empresário ficou me olhando esperando o pagamento.

-Vamos Rafael. Paga ele! – apontei para o empresário.

-Eu? Por que eu? Paga você. –

-Eu não trouxe carteira. E Carolaine está mais curiosa que eu –

-Vocês dois querem me falir! –

Rafael pagou pelo serviço.

Direcionamos para dentro da fábrica. O ambiente é quente, o ar tenso e milhares de pessoas estão trabalhando sem nenhuma proteção. Paramos na frente da fornalha, uma grande estrutura metálica.

Retirei de minha mala o meteorito e um traje de proteção. Uma roupa de couro e botas. Protegido, eu começo trabalhar. 

Incendiei o carvão e pedi para o Rafael trabalhar no soprador. Esperemos a temperatura chegar a 3200ºC. Utilizando uma pinça de fornalha, introduzi a rocha. O tempo que devemos esperar é de uma hora. 

Conforme controlo a temperatura e pressão. Carolaine pega nota de tudo. Ficamos com pouca conversa, esperançosos para descobrir qual é o tipo de mineral composto dentro da rocha.       

O tempo passou, eu ansioso não sai da frente da fornalha. Quando abri, senti toda a onda de calor passar por mim, e o que avistei era magnifico. Uma esfera geometricamente perfeito. Seu tamanho havia diminuído, cabendo na pau de minha mão.  

Com a pinça tentei pega-lo. 

-Ele esta totalmente pesado. Me ajuda aqui Rafael - 

-Como assim pesado?- Caronlaine retrucou. 

Não sabia a resposta. Mas Rafael me deu um suporte para ergue-lo. 

Derrubamos no chão, na tentativa de colocar em cima do suporte. Paramos por um momento e observamos. 

O meteoro está brilhando, sua coloração é verde clara. Sua camada superior, parece vidro de coloração clara. Você pode enxergar um pequeno núcleo, uma pequena esfera escura e preta. do tamanho de um grão de arroz. 

Me aproximo e não sinto calor saindo. Retiro a luva e coloco a mão na esfera.

-O que você está fazendo? – Caroline me olha

-Está gelado! –

-Como assim está gelado? Ficou dentro da fornalha por uma hora! –

-Não sei como. Ele sofreu uma reação endotérmica, absorveu toda energia e virou essa bola –

Carolaine pegou um martelo e tentou quebrar, fracassou. Rafael fez o mesmo, fracassou.

Lentamente a coloração de verde brilhante, retornou para escuro. Não conseguíamos enxergar o núcleo. Cobri com um pano e quando fui erguê-lo, o meteorito dobrou o peso. Com muito suor, carregamos até uma balança. Ele indiciou 22 quilos.

Resete 2.D=oNOnde histórias criam vida. Descubra agora