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   Uma semana se passou normalmente, Alya acompanhando a mestiça até em casa, as aulas se passando normalmente, os quatro saindo juntos, tudo tranquilo.

– Marinette, você pode ir pegar os livros sobre história da moda por favor? - a professora pede assim que entra na sala

–Sim professora - se levanta e vai para a biblioteca

   Quando a mestiça entra, vai procurar o corredor dos livros de história da moda que a bibliotecária informou que estariam no corredor 6-a.
Enquanto passava pelos corredores acabou se encontrando com uma pessoa indesejada.
Tentou passa direto pela pessoa  mas foi um ato inútil.

–Você está bem próxima do Agreste não é?

–Esta falando comigo? - Para de andar mas não se vira para a morena

–Tem mais alguém nesse corredor que eu poderia está falando? - questiona enquanto coloca o livro de volta na estante

–Não sei, você sempre foi maluca, vai que está falando sozinha

–Acho incrível como você perdeu seu medo, pelo que me lembro, você disse que nunca mais ia se aproximar de menino algum, claro exceto o Nino

–Onde você está querendo chegar Rossi? Seja breve, diferente de você eu tenho coisas para fazer - se vira para a morena com os braço cruzados

–Tá querendo se amostrar para ele? - questiona Layla querendo provocar a mestiça - Você pelo menos sabe quem ele é?

–Diferente de você Layla Rossi, eu não saio por aí rebolando o rabo e esperando que alguém me note por isso, e sim eu sei muito bem quem ele é

–Se você sabe, então com certeza sabe muito bem que ele não daria a mínima bola para você, ele tem dinheiro querida, pode pegar quem bem entender, e eu não vejo um motivo bom e convicto para ele querer continuar a sair com você e aqueles seus amigos que não valem nada - Marinette a acerta com um soco no lado do rosto, fazendo assim a mesma cambalear e ter q se segurar na parede

–Pode falar de mim o quanto você quiser - se aproxima e segura no queixo de Layla com força- mas nunca mais fala dos meus amigos ou de qualquer pessoa especial para mim na minha frente, pode até falar pelas costas, como a vadia covarde que você é, mas se acabar chegando nos meus ouvidos que você falou deles, você vai se arrepender. Já te avisei antes e estou sendo boa e avisando novamente - impulsiona o queixo dela para o lado fundo assim a mesma cair no chão

–Mari, o a pro... - Adrien entra no mesmo corredor que elas estavam - oque está acontecendo aqui? - questiona olhando Layla ainda no chão com a cabeça abaixada

–Só estávamos tendo uma conversa amigável não é mesmo Layla?! - olha de canto de olho para ela no chão e dá um sorriso forçado- nos vemos depois Rossi- vai em direção à Adrien - vou apenas pegar os livros, se quiser pode me esperar na porta

–Ok então, vai precisar de ajuda?

–Não eu fico bem - se vira e vai para o corredor dos livros

   Depois de pegar os livros ela vai para a porta onde vê Adrien encostado na parede que quando vê ela pega alguns dos livros das mãos da mesma.

–Oque você dizia antes de interromper minha conversa?

–A professora estava lhe chamando, ela achou que você estava demorando de mais para apenas pegar alguns livros - abre a porta

–Imagino oque ela pensou, deve ter achado que esbarrei no caminho com os livros ou não estava conseguindo pegar - sai

–Pode ser - acompanha a mesma - mas me diz, aquilo não pareceu uma "conversa amigável"

–Sério? - olha para ele fingindo surpresa - mas para mim era - volta a olhar para frente

–Você não vai me dizer não é?

–Não

   Eles seguem o caminho até a sala em silêncio e quando chegam colocam os livros em cima da mesa da professora

–Obrigada, - eles assentem com a cabeça e voltam para seus lugares- no fim da aula cada um de vocês, passa aqui na minha mesa e pega um livros e assina a ficha para mim saber quem pegou e quem deixou de pegar o livro. Quero que leiam e me façam a síntese do livro, darei duas semanas para vocês, nada a mais nada a menos - volta a dar continuidade a aula

   Aquela era a última aula que eles teriam no dia, ao fim dela todos que iam saindo da sala passavam na mesa, pegavam o livro, assinavam a ficha e saiam da sala.

   Marinette estava do lado de fora do portão conversando com Adrien enquanto esperavam Alya e Nino.

   E então ela sente de novo aquela sensação de estar sendo observada, tinha sentido durante a semana inteira aquilo, mas sempre que se virava não encontrava ninguém, com isso, também nunca comentou sobre essa sensação com ninguém, nem mesmo com Alya, e então, convencida de que seria como das outras vezes ela se vira procurando quem a estivesse supostamente "espionando". Ela vira de uma vez e o vê ali, a encarando de uma distância nem tão longe nem tão perto, mas se aproximando gradativamente.

   Nesse momento ela empalidece e Adrien percebe aquilo 

–Está tudo bem Mari? - ele pergunta preocupado 

–Está, eu só preciso ir para casa, urgente - começa a andar rápido 

–Mari, - segura no pulso dela - me diz oque foi, você esta pálida, e gelada 

–Não é nada, já disse - tenta soltar o braço - só preciso ir para casa 

–Esta bem - solta o braço dela - eu te levo 

–Adrien não... - interrompida

–Tem alguma coisa de errado com você e não vou deixar você voltar assim e sozinha para casa então vamos logo 

   Ele já havia sido alertado por Nino que a Mari corria um certo perigo, mas não especificou qual perigo seria esse, apenas informou que se ele e Alya não pudessem acompanhar a mestiça até em casa, ele deveria fazer isso mesmo ela resistindo o tanto que fosse.

   Por mais que ele disfarçasse, isso estava intrigando o mesmo, afinal oque teria acontecido com ela para eles protegerem tanto assim a mesma? Mas como Nino disse, apenas ela poderia contar para ele, pois era uma coisa no qual ele não tinha a permissão da mesma de contar e era um assunto um tanto sensível e delicado para os três, principalmente para a mestiça.

Do Virtual Para A VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora