The Beach

471 26 3
                                    

Você decidiu que até o dia da viagem para o Brasil chegar, iria trabalhar no restaurante de sua mãe. Queria fazer faculdade de gastronomia quando voltasse da viagem, então por que não adquirir experiência nesse meio tempo?

Sua relação com Suna estava maravilhosa, ainda mais depois de passarem as férias do final do ano juntos. Mesmo morando em cidades diferentes, ainda conversavam por chamadas de vídeo todos os dias.

Estava deitada na cama uma noite qualquer, perguntando sobre o dia do garoto. Você encarava seu belo rosto pela tela do celular, enquanto o mesmo assistia algo, totalmente distraído, observa-lo sempre te tirava um sorriso. Com o silêncio instalado entre vocês, e mesmo sabendo que Suna não gostava muito de tocar no assunto, perguntou.

- Rin... Por que você não fala sobre seu pai? Quer dizer, quando eu fui aí eu percebi que ficou um clima estranho e ele nem estava em casa.

Rintarō franziu o cenho antes de revirar os olhos.

- Porra, você não desiste desse assunto? - percebeu seu tom mudar, era algo que irritava Suna.

- Nossa, eu só perguntei! Eu já conheci sua família, mas você nunca me apresentou seu pai.

Suna passou a mão pelo rosto e suspirou.

- Vai por mim, não tá perdendo nada. - Ele desviava o olhar a todo momento, claramente estava desconfortável.

- Tá bom, tá bom! Não fala então. - Você desistiu de tentar saber. - Eu só acho que não falar do problema, não faz ele parar de existir.

Suna ficou um tempo em silêncio, com um sorriso sarcástico, abria levemente a boca, indicando que iria dizer algo, mas não falava nada.

- Quer saber? Boa noite s/n. Amanhã a gente se fala. - Rintarō desligou a call, te deixando perplexa, ele nunca havia agido de tal forma.

Você mandou várias mensagens, preocupada, mas elas não eram entregues. Se sentiu culpada no início por tentar forçar um assunto sensível para ele, mas essa culpa se tornou uma irritação, ficar irritada era menos frustrante do que sentir culpa.

Rintarō deitou olhando para o teto, colocou as mãos sobre o rosto e respirou fundo. O garoto odiava falar sobre sua relação com o pai, isso o deixava irritado, com raiva, porém, no fundo sabia que você não tinha culpa por isso, sentiu vergonha por agir da maneira que agiu.

Suna estava completamente desconexo durante o treino de vôlei.

- Rintarō! O que tá acontecendo com você hoje? O treino não está rendendo desse jeito! - O treinador chamou a atenção do moreno.

- Desculpa treinador, vou me concentrar mais.

- Vai descansar. Depois você entra. - O mais velho dispensou o garoto.

- Sério mesmo?

- Descansa cara, a gente continua de boa. - Osamu disse.

Rintarō deu uma pausa, sentou-se no banco e bebeu um pouco de água. O mesmo olhava suas mensagens pela barra de notificação, mas sem coragem de responder, gostaria muito de se desculpar, mas não sabia o que dizer, não conseguia nem explicar como se sentia em relação a tudo isso.

Mina percebeu que Suna estava estranho desde que chegou na escola, sabia que o garoto era quieto, porém estava mais quieto que o normal. A morena se aproximou, sentando-se ao seu lado, pensando no que perguntaria.

- Suna-san! - A garota se aproximou com um sorriso no rosto. - Aconteceu alguma coisa? Você tá tão quieto hoje. - Mina não tirava os olhos de Rintarō, analisando todas suas expressões.

ꜱᴛᴀʏ ʜɪɢʜ - ꜱᴜɴᴀ ʀɪɴᴛᴀʀᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora