Capítulo 23: Gratidão ou paixão?

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Seher...

Só de imaginar que nunca mais teria sua presença imponente, seu olhar misterioso, seu perfume amadeirado e sua voz entorpecente meu coração erra as batidas. Vê-lo acordar foi uma das melhores coisas que já me aconteceu, queria gritar, abraçar, beijar... "Allah o que estou pensando, Seher você deve estar louca, esses dias no hospital definitivamente não te fizeram bem". A primeira coisa que ele disse foi que queria água, mas antes o médico deveria avaliar sua condição, então fui chamá-lo.

Encontrei Yacin e Kevser na lanchonete tomando café e contei sobre Yaman, rapidamente eles me acompanharam e entremos no quarto junto com o Doutor. Depois de verificar e examinar Yaman o médico nos disse como estava seu estado geral e até deu uma previsão de alta, eu estava eufórica, mal podia conter a alegria de saber que ele estava bem, minhas forças foram renovadas e eu ficaria ali por mais 10 dias se preciso fosse, ele me trouxe o que faltava.

Yacin me disse para acompanhar Kevser, mas me opus na mesma hora, dali só sairia com ele. De repente um complô se formou, minha irmã e meu cunhado começaram a falar sobre o período que passei ali com Yaman, fiquei envergonhada pela forma que expuseram o cuidado que tive com ele, eu tenho certeza de que se fosse o contrário ele teria feito o mesmo por mim, por este motivo eu estive ali para ter certeza de que ele ficaria bem, algo me dizia que ele estava vagando por um lugar escuro e eu precisava trazê-lo para a luz. Assim que Yaman tomou conhecimento dos fatos, me pediu para voltar com Kevser, pelo jeito que me olhava com certeza percebeu que eu estava com a mesma roupa a 10 dias, sem falar na minha aparência, devo estar pior que um zumbi.

Tentei resistir, mas ele me pediu que lhe preparasse Çorbasi. Fiquei de mão atadas, não podia recusar o pedido de um homem pelo qual eu disse que faria de tudo se ele acordasse, agora que ele acordou eu teria que cumprir minha promessa, mas precisava estar em condições melhores para isso, descansar e ter uma boa noite de sono me faria bem e me deixaria mais disposta na manhã seguinte, então achei melhor ceder. Antes de ir embora ele pediu que conversássemos a sós, minha irmã saiu com Yacin para esperar Cenger lá fora, enquanto isso ele questionou sobre o que aconteceu depois, queria saber de Selim, sem rodeios contei o que tinha ocorrido, eu estava tão furiosa com Selim que não fui capaz de sentir dor pela morte dele, mas lamentei que ele tivesse recebido esse fim, queria que ele pudesse pagar por tudo que nos fez, que fosse preso e não morto.

Um clima estranho surgiu entre nós depois de eu ter sido exagerada em uma fala, praticamente deu a entender que eu estava apaixonada por ele falando daquela forma, "Uff Seher...". Uma batida na porta me salvou daquele constrangimento, era o santo Cenger.

C - Licença, iyi geceler Yaman bay! Iyi geceler Sra Seher!

S - Iyi geceler Cenger, hoş geldin!

Y - Entre Cenger, hoş geldin!

C - Que fique no passado Yaman bay, trouxe algumas coisas para o senhor. Sra Seher, Yacin bay quer falar com a senhora antes de ir, ele está lhe aguardando.

S - Taman... Yaman, não se esforce, amanhã estarei de volta.

Depois de me despedir saí do quarto deixando Cenger e Yaman sozinhos. Caminhei até a recepção do hospital e encontrei os dois pombinhos abraçados, minha irmã tinha muita sorte, já fazia um tempo que eu morava com eles e pude testemunhar o quanto se amavam. Me aproximei deles e perguntei sobre o que Yacin precisava falar comigo.

S - Desculpa atrapalhar, mas já podemos ir irmã. Yacin você queria falar comigo?

Yc - Sim Seher, sei que não é o momento, mas ainda pouco Nedim me ligou e pediu que falasse com você a respeito do restaurante.

S - Há sim, tudo bem. Algum problema?

Yc - Na verdade não cunhada, pelo contrário. Como a investigação sobre a morte de Selim foi concluída, você enquanto sócia fica responsável por tudo, ele não tinha familiares, pai ou mãe vivos, filhos ou esposa... Então, a partir de agora você é a única proprietária do restaurante, meus parabéns!

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