O Conto do Guerreiro que Chora

Capítulo 3

Olá gente. Eu tenho que fazer algumas considerações: A partir desse capítulo vamos ter um pouquinho mais de ação. Quem já jogou RPG sabe que os jogadores começam com níveis baixos e vão aumentando com o passar da aventura. Porém algumas magias mesmo consideradas simples precisam de um nível maior do que os personagens dessa história possuem. Então eu decidi quebrar isso um pouquinho. Mesmo os personagens sendo jovens eles sabem das suas capacidades e vão utilizá-las se necessário. Queria pedir essa compreensão se estiver muito diferente da aventura original. Muito obrigada gente. Beijinhos.

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Vall, Arisolis e Salros seguiram para a entrada da fazenda da senhora Tina. Ela não estava na porta dessa vez. Entraram na fazenda e deram uma volta rente a cerca até que encontraram uma parte dela que estava derrubada. Era um buraco relativamente pequeno, o suficiente para passar uma raposa adulta.

- Eu acho que seja lá o que for que roubou as galinhas entrou e saiu por aqui – Salros deduz. As outras duas concordam e eles pulam a cerca e seguem a trilha que está um pouco aberta. A elfa vai na frente e percebe algumas pegadas no chão. Não se parece com a pegada de nenhum animal. Nem o cheiro, que é bem recente, é de algum animal que ela conheça.

- Salros, Ari, não foi um animal que roubou as galinhas – diz ela com a feição franzida em questionamento.

- E o que mais seria? – questiona o anão.

- Não sei – completa a elfa. – O único cheiro de animal que eu estou sentindo é o das galinhas. Esse outro cheiro não é de nenhum animal que eu conheça.

Eles continuaram na trilha até que chegaram em um espaço mais aberto, uma pequena clareira. Um pouco longe deles tinha uma queda d'água e seguia um rio. Entrando mais na clareira, eles viram algumas silhuetas perto do rio. Eram bem pequenas, menores até que o Salros, mas o mais importante é que tinham as galinhas presas em gaiolas.

- Gobblings – exclamou Salros ao chegar mais perto. – Então foram essas pestes que roubaram as galinhas e os animais da vila.

- E o que nós vamos fazer? – pergunta Vall.

- Vamos fazer uma armadilha para prendê-los – respondeu o gnomo.

- E como nós fazemos isso? – indagou Arisolis.

Salros pensou um pouco no que fazer. Olhou ao redor e viu que tinham alguns cipós pendurados nas árvores. Ele então pensou que poderia fazer uma rede para prender os gobblings.

- Vall, – a elfa virou a cabeça para ele – você poderia pegar para mim alguns cipós e trepadeiras de forma discreta?

- Posso.

A elfa foi para junto das árvores e com magia conseguiu arrancar os cipós. Pegou uma quantidade que ela achou razoável e levou para perto do gnomo e da tiefling. O gnomo então começou a amarrar os cipós junto de modo a fazer uma rede, com um pouco de ajuda de magia para deixar firme e para os gobblings não escaparem fácil.

Eles então pegaram a rede um por uma ponta e tentaram levar até as pequenas criaturas de modo a não as assustar. Chegando perto dos gobblings, eles jogaram a rede. Mas apenas alguns foram pegos por ela. Os mais espertinhos conseguiram escapar e estavam indo em direção dos três. Era uma cena engraçada pra quem pudesse ver. Um gnomo recebendo golpes de clavas de criaturas não muito menores que ele, uma tiefling correndo atrás dessas pequenas criaturas e caindo no chão, e uma elfa tentando fazer o mesmo e caindo também.

Depois de muito esforço, e alguns golpes, eles conseguiram prender todos os gobblings na rede.

- O que vamos fazer com eles? –Vall perguntou ofegante.

- Não podemos deixar eles soltos por aí porque eles vão voltar a dar problemas. – disse Arisolis.

- Mas não podemos matá-los também – retruca a elfa.

Depois de uma pequena discussão entre os três, eles decidiram por colocar os gobblings pendurados o mais longe possível da vila os das fazendas ao redor. Vai ser um pouco difícil as pequenas criaturas saírem de lá tão cedo.

Os três voltaram para onde tinham deixado as galinhas para pegá-las e devolvê-las para a senhora Tina. Chegando à clareira de novo, eles tiveram outra infeliz surpresa: lobos. Eles travaram os passos. Era por volta de seis lobos se cor cinzenta em volta da gaiola onde as galinhas estavam.

- Lobos? – indaga a tiefling.

- O barulho da bagunça deve ter atraído eles – deduz a elfa.

- O que vamos fazer? – pergunta o gnomo.

- Eu consigo acalma-los – Vall responde. – Mas vocês têm que ficar aqui e quietos.

Os outros dois concordaram. A elfa então foi até os lobos de forma sorrateira até os lobos. Quando ela chegou a uma distância razoável, ela jogou uma magia que fez eles dormiram imediatamente.

- Pronto. Eles vão demorar muito para acordar – sussurrou a elfa.

Os outros dois que estavam escondidos resolveram se levantar e se juntar à elfa. Arisolis pegou a gaiola e eles saíram dali em direção da fazenda com medo de uma outra surpresa indesejada aparecesse.