MY ENEMY | KARLENA

CAP. 31: Piscologia Reversa

Lena Luthor

Eu não podera respirar. Medo e angustia se apossaram de meu corpo instantaneamente após eu ouvir a loira dizer sua última frase. Kara estava disposta a tudo, até mesmo fazer qualquer coisa que o verme do Jeremiah quisesse fazer com ela.

- Kara pelo amor de Rao! - o homem afroxou o braço com mais força embaixo de minhas vias aerias, impedindo-me de respirar melhor. - E-ele vai matar você. - estava tentando ganhar tempo até que a bendita polícia chegasse, o que me faz pensar do motivo de tanta demora. - Sou eu Lena, tô te implorando!

A menina pareceu entender o meu plano de distração, e de certa forma tentou enrolar o homem com algum tipo de diálogo, mas ele estava impaciente, queria Kara nas próprias mãos.

- Tudo bem! - a menina concordou. - Eu prometo ir até você, se solta-la e a deixa-la ir.

Jeremiah pareceu refletir por segundos que mais me pareceram horas. O homem finalmente folgou seu braço de meu pescoço e com resultado tossi algumas vezes tomando o fôlego que me faltara naquele momento de desespero. Kara me puxou pelo braço e me distanciou o máximo que pode no homem. Aqueles olhos azuis repletos de lágrimas me encaram uma última vez, antes dela ir pra frente do criminoso que um dia ela ousou chamar de pai.

- Oh querida! - ele sorriu fraco, levando as mãos até o rosto da loira. - Sabe que eu fiz tudo isso pra te ajudar não sabe?

- S-sei! - Kara concordou, mesmo sabendo que nada daquilo era verdade, e que Jeremiah estava doente, precisando urgentemente de ajuda. - E concordo pai! - nem imagino o quão doloroso foi pra ela dizer aquela última palavra. - Tá tudo bem, tá tudo bem! - sussurou. - Você tava com a cabeça cheia porque foi demitido e acabou fazendo aquilo sem pensar, não têm problema.

- Não sente mais raiva de mim, Kaah? - ele perguntou, no mesmo tom que a garota.

- Não. - forçou um sorriso. - Você é meu pai, como eu poderia ficar com raiva de você?

Jeremiah sorriu.

E toda aquela conversa me fez perceber um coisa.

Psicologia reversa.

Kara estava distraindo o homem, fingindo ser uma pessoa que ela literalmente não era, alguém capaz de perdoar um monstro como aquele depois de tudo que fez a ela. Jeremiah realmente estava doente, ao ponto de acreditar nas mentiras da loira.

- Ajoelhe-se! - meu corpo congelou quando ouvi sua ordem direta a menina. - Agora.

Kara virou-se para mim sem expressão alguma, apenas acentiu de leve com a cabeça como se quisesse dizer que estava tudo sob controle, e xinguei mentalmente me questionando onde estava a droga da polícia.

A loira fez como ele mandara, ela suspirou pesadamente antes de levar os dois joelhos ao chão lentamente. O homem deslizou os dedos pelos cabelos loiros de Kara, a fitando seriamente.

- Achou mesmo que iria cair naquela conversinha falsa, querida? - sua última palavra soou como deboche.

- Do jeito que você é burro, eu não duvidaria se acreditasse em mim. - um soco em cheio acertou o rosto da Danvers. Gritei assustada e ela agachou-se no chão, quando sangue começou a descer de seu nariz. O jeito como Kara não tinha medo de enfrentar ninguém, agora nem mesmo o próprio homem que atormentou sua mente por anos, chegava a ser muito impressionante.

- Me acha burro? - questionou ele a menina.

- Sim, acho! - outro soco a acertou logo em seguida que respondeu tal pergunta

Se eu pudesse, tiraria ela dali o mais rápido possível, mas Jeremiah estava armado, e qualquer passo que eu desse poderia ser não somente minha sentença de morte, como também a da minha namorada. Kara desta vez demorou alguns segundos pra erguer a cabeça novamente.