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— Mamãe! — Charlie gritou, com um sorriso sapeca no rosto e todo o corpo sujo de chocolate.

O pequeno alfa correu da cozinha até a sala, com seus pezinhos descalços, que faziam marcas de chocolate pelo chão de madeira por toda casa.

— Mamãe! — O garoto gargalhou alto quando Louis levantou do sofá apressadamente, arregalando os olhos com a imagem de seu filhote coberto por chocolate. — Que susto, mamãe!

O ômega continuou em silêncio por alguns segundos, tentando entender o que havia acontecido nos 5 minutos que decidiu deitar um pouco no sofá, enquanto o bolo que havia feito terminava de assar. Louis deveria ter pego Charlie no colo e o deixado em seu campo de visão, mas claramente falhou nessa missão. Agora seu pequeno filhote estava com as mãos e os pés, com a barriga descoberta e as bochechas gordinhas completamente sujas de chocolate. O ômega queria gritar, mas riu.

Aquele era um dos problemas em ter filhotes, eles estavam sempre aprontando – quanto mais quietos, mais suspeitos pareciam – eles acabavam sempre sujos, não importava a quantidade de banhos que tomavam. Eles sempre quebravam a maioria dos brinquedos e objetos de seus quartos. Eles derrubavam praticamente tudo que seguravam, mas eles também pareciam as criaturas mais adoráveis, pequenas e inocentes do mundo inteiro enquanto faziam isso.

Era quase impossível, para Louis, sentir mais que um pingo de irritação com todas as tramas de seu filhote, porque ele era o bebê mais fofo que existia. E Louis queria morde-lo e aperta-lo a maior parte do tempo. Dane-se que ele estava sujo de chocolate! Louis amava chocolate. Louis amava seu filhote.

— Bebê! — O ômega se aproximou de Charlie, se agachando para ficar na altura do alfa.

O alfa riu, travesso.

— O que aconteceu, filhote?

— Chocolate, mamãe! — Ele lambeu os lábios.

— Eu estou vendo... — Louis riu levemente, tirando o chocolate que escorria pela bochecha de Charlie com os dedos. — Você está todo lambuzado!

O pequeno alfa assentiu, esticando seus bracinhos e mostrando para sua mamãe mais chocolate.

— Uau, filhote, você caprichou! — Louis beliscou sua barriga. — Você está bem, Charlie? — O ômega ajeitou o cabelo castanho mel de seu bebê. — Você quer contar para mamãe como isso aconteceu?

Louis estava fazendo um bolo de chocolate. A massa assava no forno, enquanto ele derretia o chocolate na panela e esperava alguns minutos para guarda-la na geladeira. O ômega estava se perguntando como seu filhote de 3 anos havia conseguido abrir a geladeira e puxado a vasilha de metal com o chocolate derretido. Provavelmente ela havia virado em cima de seu corpinho, enquanto Charlie tentava pega-la. Deus, Louis nem queria imaginar como sua cozinha estava. As pegadas de chocolate por sua sala eram o bastante. O ômega estava tentando focar no fato de seu filhote não estar machucado, o que trazia alívio para sua mente.

— Chocolate, mamãe! — O alfa exclamou outra vez.

Louis o encarou, percebendo que o alfa não queria falar sobre aquilo naquele momento específico. Então o ômega segurou o braço de Charlie e o levou até sua boca, lambendo a pele coberta de chocolate de seu filhote.

— Hm... Está muito gostoso, meu amor!

A criança o observou com olhos arregalados e atentos, gargalhando alto com aquilo e rapidamente imitando sua mãe ao lamber sua mão.

Gotoso, mamãe! — Ele riu mais um pouco.

Louis sorriu com a cena de seu filhote completamente sujo de chocolate, lambendo sua mãozinha e parecendo incrivelmente feliz com isso. Ele deveria estar bravo, mas quem se importa?!

you bring blue lights to dreamsOnde histórias criam vida. Descubra agora