CAPÍTULO 10

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A noite

A noite chegou e nada do Arthur aparecer. Eu e o Yuri passamos na casa dele e ficamos plantado por horas na porta da casa dele, e não tivemos nenhum sinal dele.

Yuri: eu vou ligar para polícia- meu amigo falou quando chegamos em casa

Rafael: desaparecimento é só depois de vinte e quatro horas - falei agoniado - vou pedir para minha irmã ir até a casa do vô dele - falei passando uma mensagem para minha irmã, que tava online e logo respondeu que ia lá- ela tá indo lá- falei indo para cozinha e peguei uma água

Yuri: o que eu mais tô achando eatranho nisso, e que a Gabi também não responde e nem atende o celular - falou sentando do meu lado na cozinha

Rafael: sim, isso tá estranho - concordei com ele.

Eu e meu amigo decidimos fazer um lanche para a gente jantar, enquanto esperamos um sinal do Arthur, ou da minha irmã com informação.
Depois de meia hora minha irmã mandou mensagem falando que não tinha ninguém na casa, apenas os seguranças que também não sabia onde os três estavam.

Manhã seguinte

Acordei primeiro que o Yuri, peguei meu celular e liguei para o Arthur novamente.

Ligação on

Rafael: Arthur?- falei assim que ele atendeu- onde você tá mano?- perguntei me sentando na cama

Arthur: mano..- escutei ele fungando

Rafael: o que aconteceu?- perguntei preocupado

Arthur: o meu velho faleceu- fungou alto e eu arregalei os olhos

Rafael: onde você tá? - levantei da cama rapidamente

Arthur: eu tô no hospital daqui da cidade mesmo, mas eu não quero que você venha. Eu quero que você me represente na reunião de hoje e depois pode liberar o pessoal

Rafael: tudo bem- susporei frustrado- me mantei informado. Quando eu sair da reunião, eu vou aí com o Yuri. Fica bem mano, a gente tá com você. - falei

Arthur: valeu!

Ligação off

Depois que eu desliguei, eu corri para o quarto do meu amigo e acordei ele.

Yuri: o que foi? Por que você tá com essa cara?- perguntou levantando

Rafael: o Cícero faleceu- joguei a bomba e ele arregalou os olhos

Yuri: como assim? Caramba! - sentou na cama com a mão na cabeça

Rafael: ele só falou isso - sentei do lado dele ainda sem acreditar - meu Deus!- sussurrei

Yuri: eu vou cancelar a reunião dele, e a gente vai para o hospital onde ele tá- falou se levantado

Rafael: ele falou que era para representar ele, e depois liberar o pessoal- falei passando a mão no rosto

Yuri: meu Deus!- sussurrou - então vamos fazer isso- concordei levantando - vai se arrumar, que eu voi avisar para o pessoal- concordei e fui para o meu quarto meio aéreo e comecei a me arrumar.

Horas depois

A reunião foi um sucesso. Iamos para o hospital encontrar com o Arthur, mas não tinha mais nada para se fazer lá, pois já tinham liberado o corpo para a funerária, e o enterro vai ser amanhã pela manhã.

Yuri: mano, eu tava pensando agora no banho- falou sentando no sofá e eu olhei para ele - será que ele já não sabia?- eu olhei sem entender - o Cícero não tinha pedido para você ajudar o Arthur a cuidar da Gabi!?- falou e eu arregalei os olhos

Rafael: eu tinha esquecido disso- falei me arrepiando - será que ele tava doente e não queria falar para os netos?- deu de ombros não sabendo também.

Dia seguinte

Assim que eu cheguei no cemitério com o Yuri, o cemitério tá lotado e tinha ainda a imprensa querendo entrevista, esse povo não respeita ninguém.
Nós aproximamos um pouco da onde o corpo tava, e meu coração apertou vendo a Gabi debruçada no caixão olhando para o rosto sem vida do vô, e ela não derrubava nenhuma lágrima e nem tinha os brilhos dos olhos que eu tanto gosto, ela parecia tá em outro mundo. E meu amigo Arthur tava sendo amparado por uma senhora, que abraçava ele forte.

Rafael: eu não consigo me aproximar- falei baixo para o Yuri, que concordou já entendendo a situação.

Eu me afastei um pouco e logo vi minha irmã, que veio me abraçar chorando, tenho certeza que ela lembrou do nosso pai.
Na hora que enterraram ele, foi a parte mais dolorida, pois a Gabi sentou no chão desnorteada e o Arthur abraçou ela chorando.

GABRIELA

  Como a vida nos pega de surpresa. Ontem eu tinha o meu super herói comigo, e hoje eu enterro ele. Perder alguém que você ama é a coisa mais dolorida da vida.
  Antes de ontem, eu tava lanchando com meu irmão na casa dele e acabei dormindo na casa dele. Eu e ele acabamos tendo a ideia de madrugar na nossa casa e pegar nosso avô de surpresa para tomar café. Chegamos umas cinco da manhã e subimos para o quarto dele que tava acordado, e nos olhou sorrindo e deitamos com ele na cama. Acabamos dormindo de volta, acordei com meu irmão levantando da cama atrasado. Fui mexer com meu pai igual quando eu era pequena, eu sentir a respiração dele bem falha e ele não acordava. Me desesperei e chamei meu irmão, e corremos para o hospital com ele.
  Meu vô fez uma bateria de exames, e o médico achou melhor colocar ele no oxigênio, pois ele não tava respirando direito. O médico deixou a gente entrar na sala depois de muitas horas, mas só por uns minutinhos e foi nessa hora que vovô acordou

Flashback on

Arthur: que susto o senhor deu na gente- meu irmão falou rindo e eu segurei na mão do meu vô sorrindo. Ele tirou a marcara de oxigênio- não pode tirar pai- meu irmão deseperou

Gabriela: coloca de volta papai- falei apavorada e ele deu um sorriso olhando para gente. Ele entendeu a mão para meu irmão que segurou

Cícero: eu amo vocês - falou baixo- e eu sempre vou amar vocês- sorriu - eu quero que vocês cuidem um do outro- eu e meu irmão concordamos sem entender

Arthur: por que o senhor tá falando isso? - perguntou sem entender

Cícero: tá chegando minha hora meus filhos - falou sorrindo e uma lágrima solitária escorreu dos olhos dele

Gabriela: para de falar essas coisas - falei com um nó na garganta - o senhor logo vai sair daqui e vamos jogar truco - falei e dei um beijo na mão dele

Cícero: ô minha princesa - olhou pra mim sorrindo- daqui eu só saio morto - neguei segurando o choro - mas não se preocupe, o Arthur vai cuidar de você direitinho

Arthur: para de falar essas coisas velho- meu irmão falou tentando tirar esse clima com lágrimas nos olhos, e meu vô riu olhando para ele

Cícero: eu sempre soube que por trás dessa máscara ainda existia um menininho chorão - sorriu- cuida da nossa princesa, meu garotinho- meu irmão concordou - eu amo vocês e sejam felizes - sorriu e deu um suspiro fechando os olhos

Gabriela: vovô- me desesperei e as máquinas começou a fazer barulho. Meu irmão correu para chamar o médico- eu te amo, pai! Não me deixa - sussurrei para ele. Logo fui tirada da sala e o meu irmão me abraçou

Arthur: ele vai ficar bem- ele sussurrou pra mim.
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