Eu e meu irmão ficamos esperando notícias por duas horas, e nada do médico sair da sala do meu vô.
Gabriela: que demora- falei andando de um lado para o outro
Arthur: se acalma- me puxou e logo me abraçou. Ficamos uns minutos abraçados e logo o médico saiu da sala junto com alguns enfermeiros- e aí, doutor? Ele tá melhor? - meu irmão perguntou
Médico: ele teve uma parada cardiorrespiratória, tentamos de tudo, mas ele não resistiu- foi direto.
Tudo ao meu redor começou a girar, minhas pernas vacilaram e tudo ficou preto. Ainda pude escutar de longe meu irmão gritando, mas depois não escutei mais nada.
[...]
Abri meus olhos e eu tava numa sala do hospital. Olhei para o lado e vi a Jordana, que logo me olhou e veio até a minha direção e me abraçou com cuidado e começou a chorar.
Flashback off
Agora eu tô deitada na minha cama com meu irmão do meu lado, fazendo carinho.
Arthur: eu te amo, minha garotinha- falou olhando nos meus olhos - agora é você e eu. Nunca vou te deixar sozinha - falou e me deu um beijo na testa, e me puxou mais para ele, me abraçando firme.
RAFAEL
Dois dias depois
Hoje faz dois dias do velório do Cícero. Arthur pegou atestado de sete dias, e com isso eu e o Yuri estamos representando ele na empresa.
Eu e meus amigos decidimos vim visitar o Arthur e a Gabi. Depois do trabalho nos encontramos e pegamos estrada.Arthur: oi, galera! Entrem- falou assim que abriu a porta para a gente. Cumprimentamos ele que ainda tava meio abatido, mas com razão, né!?
Priscila: cadê a Gabi?- perguntou o quê eu queria saber também
Arthur: ela tá lá no jardim, onde meu vô gostava de ficar. Ela não sai de lá- suspirou - eu tô muito preocupado com ela - confessou e meu coração apertou
Rafael: o que aconteceu?- perguntei
Arthur: ela até agora não demostrou nada pela perda do vovô. Ela ainda não chorou, ela tá meio aérea, ela só responde o básico que você perguntar
Camila: ai, meu Deus!- sussurrou e eu entendi
Rebeca: ela tá comendo pelo menos?- perguntou preocupada e ele concordou
Arthur: sim, a tia Jordana faz ela comer- concordamos
Yuri: isso é começo de depressão- meu amigo falou e eu concordei
Arthur: sim - suspirou - eu marquei uma consulta para ela já- concordamos e alguma coisa tava me chamando para eu ir para o jardim
Rafael: hum...eu posso ir lá nela?- perguntei para meu amigo que concordou e eu fui para o jardim.
Logo avistei ela sentada no banco sozinha. Me aproximei sentando do lado dela, que nem se mexeu.
Rafael: Gabi?- chamei ela, que nem olhou para mim - sabe, eu sei essa dor que você tá sentindo - falei e ela abaixou a cabeça - quando eu perdi meu pai também doeu e eu não sabia como colocar isso para fora. Mas eu sabia que não podia guardar pra mim, pois isso tava fazendo muito mal pra mim - falei - coloca sua dor para fora Gabi, me fala o que você tá sentindo- falei observando ela, que levantou a cabeça olhando para o nada - tá doendo, né!?
Gabriela: sim- sussurrou e eu segurei na mão dela - e como se tivesse um buraco enorme no meu peito- falou baixinho e eu apertei minha mão na dela. Ficamos em silêncio e logo escutei o fungado dela que começou a ficar alto
Rafael: isso, coloca para fora- falei baixinho me aproximando mais dela, que soltou um grito de dor, e meu coração apertou vendo essa cena.
Olhei para o lado e vi o Arthur desesperado se aproximando, e eu neguei, pois ela precisa desse momento só dela. Yuri e o Júnior puxaram ele para dentro da casa de volta. Voltei a olhar para a Gabi, que chorava alto e soltava uns grito de dor.
Gabriela: tá...doendo- ela falou entre o choro e eu puxei ela para meu colo, e abracei ela forte que chorava ainda.
Sentir alguém se aproximando, olhei para o lado e uma senhora deixou um copo com água do meu lado, e logo ela saiu com as lágrimas escorrendo pelo rosto. Fiquei fazendo carinho no cabelo dela enquanto o choro dela acalmava
Rafael: eu tô aqui com você- sussurrei e dei um beijo na testa dela - e sempre vou tá- falei tirando o cabelo dela do rosto e dei outro beijo na testa dela
Gabriela: obrigada- falou baixinho com a voz falha, e eu dei um sorrido de lado olhando para ela.
Peguei o copo d'água e dei para ela, que bebeu tudo e voltou a deitar no meu peito. Voltei a fazer cafuné nela que ficou calada olhando para a árvore do lado. Depois de um tempinho ela fechou os olhos, se entregando ao sono.
Rafael: vai ficar tudo bem - sussurrei acariciando o rosto dela. Depois de uns minutos que eu tive certeza que ela dormiu, eu levantei com ela nos braços e entrei com ela na casa. O pessoal tudo olhou pra mim, até a senhora que me deu a água - onde fica o quarto?- perguntei baixo para não acordar ela
Jordana: vem!- ela falou subindo as escadas e eu fui atrás - coloca ela aqui - falou tirando a coberta e eu deitei ela na cama com cuidado, cobri ela e deixei um beijo na testa dela - vamos deixar ela descansar - sussurrou e eu concordei saindo do quarto com ela - obrigada por tá nos ajudando a cuidar da nossa garotinha- ela falou quando estávamos fora do quarto, e eu neguei forçando um sorriso - você é um bom garoto - falou sorrindo de lado.
Ela me abraçou de lado e descemos para sala onde tava meus amigos. Arthur veio na minha direção e eu abracei ele, que soltou um suspiro cansado.
Arthur: obrigado, cara!- falou se afastando
Rafael: não tem porquê você agradecer- olhei pra ele - vocês não estão sozinhos, a gente é uma família- falei e nossos amigos concordaram, e a gente tudo abraçou ele
Arthur: obrigado galera!- agradeceu limpando as lágrimas.
A Jordana logo chamou a gente para lanchar, e a gente foi. A gente começou a conversar para distrair o Arthur um pouco.
Rafael: ah... posso te fazer uma pergunta Arthur? - olhei para meu amigo que concordou- se quiser não responder tudo bem - ele concordou novamente - o Cícero tava doente?- perguntei
Arthur: não, ele tava tomando os remédios tudo certinho. Mas por quê?- perguntou me olhando igual o pessoal
Rafael: lembra daquela social na sua casa, que ele foi com a Gabi?- ele concordou - ele falou que queria conversar comigo, aí quando vocês se distrairam, ele me puxou para um canto. Ele falou que era para eu te ajudar a cuidar da Gabi- soltei
Junior: oxiii!!- tava sem entender
Priscila: como assim?- perguntou sem entender
Yuri: é verdade, o Rafael me contou que ele tinha pedido isso
Rebeca: meu Deus! Bom ele não taca doente, certo?- olhou para o Arthur que concordou
Arthur: o óbito dele consta como parada cardiorrespiratória - suspirou - será que ele tava sentindo?- nos olhou, e a gente deu de ombros - um dia antes disso acontecer, a Gabi tinha ido dormir lá em casa - começou a contar - aí a gente madrugou para vim tomar café com o vovô, mas a gente chegou muito cedo aqui e resolvemos ir para o quarto dele. Aí quando entramos no quarto ele tava acordado, tipo já esperando a gente - contou com lágrimas nos olhos e a Rebeca abraçou ele de lado - a gente deitou com ele, e acabamos dormindo com ele - suspirou
Camila: realmente, ele tava esperando vocês - tive que concordar também
Depois de uns minutos em silêncio, começamos a conversar um pouco, para mudar o clima que tinha ficado.
.
.
.
.
.
.
☆VOTEM
●COMENTEM
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha vontade
Romance"- Vamos supor que você era minha crush no tempo da faculdade - confessei e ela arregalou os olhos assustada" PLÁGIO É CRIME