38 | Nada É Escondido Por Muito Tempo.

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...

Paralisado, Jisung não soube como reagir. Aquilo era um tanto estranho. Piscou os olhos um par de vezes, tentando processar a situação, e abriu a boca para falar algo, mas nenhuma palavra saiu. As mãos gesticulavam no ar, buscando alguma forma de expressão, mas logo caíram ao lado do corpo, sem propósito. Seu olhar se desviou e voltou para Minho várias vezes, esse que nunca desviou o olhar de Jisung, estava observando-o atentamente.

Em todo tempo que passaram juntos e viveram muitas coisas, Minho havia ganhado mais confiança. Já não tinha mais medo de se expressar, de tomar atitudes e, principalmente, de olhar nos olhos de Jisung com intensidade.

No entanto, ele não conhecia o medo que Jisung sentia, e que tanto fugia ao se ver diante dele.

Afinal, o que poderia acontecer quando duas potências de intensidade se encontram?

— Porra, eu nunca me senti assim, não sabia como agir e te tratei daquele jeito. — Minho disse, levando uma das mãos à cabeça, os dedos tremendo enquanto bagunçando o cabelo em pura frustração. — Isso foi algo novo que eu senti e não sabia como deveria agir, se eu deveria agir. Eu tentei reprimir aquilo dentro de mim, mas parece que quanto mais tentava fingir que não estava sentindo, mais comecei a sentir raiva e agi daquele jeito.

— Você sentiu raiva de mim? — Jisung perguntou, a voz fraca.

Até podia entender e lidar bem com a raiva dos outros em relação a ele, mas...

Por que a raiva vindo de Minho parecia chegar ao seu coração como uma flecha atravessando seu peito?

— Não, nunca. — Minho negou desesperadamente, seus olhos ficando marejados, cheios de culpa. — Senti raiva de mim, daquele homem e do que eu estava sentindo. Só não queria que eu virasse aquela bomba.

— Minho. — Jisung suspirou pesadamente, passando a mão pelo rosto. — As coisas se resolvem conversando, e você me isolou, me ignorou e me repeliu de todas as formas. Eu preferia que você gritasse comigo do que ter feito aquilo. — começou a lacrimejar, suas mãos trêmulas enquanto ele tentava conter as lágrimas.

— Jisung. — Changbin se aproximou, o olhar preocupado, e pegou a mão dele, apertando-a com força, tentando transmitir algum conforto.

— Eu já te falei que odeio quando me tratam com indiferença. Sinto como se me abandonassem em meio ao oceano para que eu morra em meio às minhas dúvidas. Quando a pessoa não diz o que aconteceu... e você faz isso comigo. Eu prefiro que me batam, me xinguem, me espanquem, mas que nunca me tratem com indiferença. Como... se eu não existisse. — a primeira lágrima caiu, deslizando pelo rosto de Jisung, e ele a limpou com um gesto rápido, quase desesperado. — Isso me lembra a ela, a mulher que devia ter me amado, mas que me jogou fora como se eu fosse um nada. Me lembra a ele, que me abandonou sem me dizer o motivo de estar partindo. Então, me diga. O que te fez sentir assim e te fez agir daquele jeito?

— Eu sei que não é um direito meu sentir o que senti ontem. — Minho disse, a voz trêmula, os olhos fixos em Jisung, sentindo-se tão culpado por estar fazendo o menor chorar.

— Sentimentos não são direitos, eles não precisam de permissão para existir dentro de nós. Eles crescem e não conseguimos impedir o seu crescimento, mas podemos domá-los e controlar nossas ações. — Jisung disse fungando, enquanto Changbin, com delicadeza, limpava suas lágrimas solitárias.

— Eu sei, mas eu não consegui lidar com algo que nunca senti antes. — Minho respondeu, tentando encontrar as palavras certas. — Sei que não temos nada, mas aquele homem achava que era quem?

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Stay And Love Me, Save Me - MinSung (REESCREVENDO)  Onde histórias criam vida. Descubra agora