Apego,
uma palavra
capaz de prender pessoas e momentos.
Talvez o pior deles sejam as boas lembranças,
lembranças do tempo em que só nos importávamos com o que os outros iam pensar de nós,
de que forma podíamos manter as amizades,
e até de como deixar mais visível possível nosso fanatismo pelas coisas que gostávamos.
Quando defender nosso cantor ou cantora favorito,
nosso super herói mais amado,
nossa música mais inspiradora.Ou simplesmente de quando só vivíamos para essas coisas,
sem esperar o mundo que nos aguardava,
enquanto éramos incompreendidos, pelos nossos pais.Quando chegávamos em casa
depois de um dia inteiro brincando na rua com os nossos amigos,
e aquela saudade já nos atingindo mesmo sabendo que íamos voltar a nos ver no dia seguinte.E essa melancolia que me atinge,
que jamais vai embora,
que não me deixa crescer.Mas que me faz pensar,
que eu sou todas as coisas que um dia já amei muito,
que sou meu jogo preferido,
meu livro preferido, o que formou minha forma de pensar quando criança,
que meu ursinho de pelúcia mais amado,
ainda enfeita minha cama.Talvez eu não tenha que esquecer os bons momentos,
lembrar deles é como lembrar de quem eu sou,
talvez eu só deva desistir mesmo da saudade, e da incerteza de que eu cresci, porque sei, que me tornei a melhor que poderia ser,
só porque nunca abandonei meus mais mágicos sonhos.