Estava tão quente.
O ar-condicionado do carro do meu pai, nem dava vazão.
É assim que era o Rio de Janeiro.
Era incrível como o ar em si mudava, o clima, o modo que as pessoas se vestiam, os custumes e a cultura. Digamos que senti saudades desse país tropical.
— Por que tive que saber de tudo pela sua mãe? —papai parecia bastante chateado.
— Desculpe, pai.
— Esta tudo bem, querida. Você está crescendo e esquecendo do seu velho aqui —soltei uma risada dando um beijo na sua bochecha.
— Você é inesquecível —ele sorriu. Ele estava me esperando na saída e me ergueu no ar, me abracçando tanto que senti um crac. Disse que Daisy não sabia que ele tinha vindo me buscar que queria fazer uma surpresa para ela. Daisy estava nas últimass semanas de gravidez. Soltei uma risada quando me disse que Daisy tirou um par de sandália que usava e tacou nele, por ele ter demorado a voltar para casa.
Passei a ida toda para casa contando algumas coisas da facul, ocultando metade das coisas que fiz é claro. Imagina se o meu pai soubesse que não só fui sequestrada como participei de uma corrida de carros, teria um infarto. Assim que estacionou o carro na garagem, saltei do carro correndo até a entrada. Bati na porta sabendo que irritaria Daisy.
— A porta tá aberta —gritou ela parecendo estar na cozinha, dou três batidas— Esta aberta, porra! —solto uma risadinha olhando pro meu pai para vê-lo balançando a cabeça, ele tinha acabado de erguer o capô do carro— Miguel este caralho, tá aberto —ouço sua voz se aproximando e bato com força— Quebra mesmo...juro que vou fazer greve de sexo, seu porra. —abriu a porta com o rosto vermelho de raiva, e então ao me ver me puxou para um abraço— Sua vaca, que saudades —solto uma risada inspirando seu cheiro de colônia de bebê, papai me disse que ela tinha mudado de perfume por causa, que o dela estava a deixando muito enjoada.
— Daisyta —quando me afastei seus olhos estavam marejados.— Também senti a sua falta.
— Entre, temos que colocar a conversar em dia —me arrastou pra dentro— Fiz seu prato favorito, —olhou para a entrada— Ele tentou fazer surpresa mas eu sabia que viria —solto uma risada baixa. Entrando na cozinha o cheiro de estrogonofe de frango fez minha boca ficar com água na boca.— E preparei pavê de chocolate para a sobremesa.
— Você é a melhor —dou um beijo na sua bochecha e olho pra sua barriga— Oi bebê —aliso a barriga e sinto o bebê chutando.— A maninha também morreu de saudades —beijei a barriga.
— Eu disse para ela chamar a cozinheira —papai entrou na cozinha— Mas quem disse que essa mulher me escuta? —Daisy mostrou a língua pra ele— Muito maduro da sua parte.
Prendo o riso.
Que saudade estava desses dois.
— Vão tomar banho os dois, se não a comida vai esfriar. E eu e o meu bebê estamos com fome —fala ela.
— Como se voce fosse esperar —debato e Daisy me mostra o dedo do meio, mostro a língua e pego a mala que estava na sala com a bolsa e levo para o meu quarto, coloco a mala no canto e jogo a bolsa no chão.
Que saudades deste quarto, estava do mesmo jeitinho. Abro o meu guarda roupa e quase sou engolida pelo bolo de roupa que cai em mim, solto uma risada dando passos para trás e pegando um macacão soltinho de pano fino e uma calcinha preta que mais parecia cinza de tanto uso.
Tomo banho, coloco a roupa e desço já vendo Daisy comendo. Solto uma risada indo na cozinha, procurando no armário um dos pratos fundos que era o meu preferido.
Assim que achei, coloquei bastante do arroz que estava soltinho, estrogonefe de frango e a batata palha que não podia faltar. Ponho o prato na mesa e abro a coca que estava na mesa. Depois que almoçamos, papai voltou ao trabalho e ficou Daisy e eu assistindo padrinhos mágicos.

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Querido Caos | Davenport #1
Romance+18 | Ruby teve um passado traumático que a mesma nem sequer gosta de mencionar, é então ela vai morar com a sua mãe em Seattle, ela só não esperava se vê no meio de um caos chamado Hunter.