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Fazia uma semana que estava no Rio de Janeiro. Tristan praticamente grudou em mim desde que voltei e nem chutei a sua bunda por isso, estava morrendo de saudades do meu melhor amigo.

— Aquele boy anda te secando —estendeu a cerveja, dei um gole.

— Todo seu —quase gritei no seu ouvido por causa da música alta.

— Quais são as chances dele ser bi? —perguntou Tris.— Quer saber, vou chegar nele e ser direto.

— Isso aí! —dou um gole pra terminar a cerveja— Se ele te recusar, quem sai perdendo e ele.

— Já disse que senti a sua falta, piranha? —solto uma risada. Tris beija meu pescoço e vai dançando até o rapaz que logo para de me olhar. Dou uma batida no balcão e aponto pro meu copo pedindo mais pro barmen.

— Deveria ir com calma —disse uma voz masculina ao meu lado.

— E quem disse que isso é problema seu? —ele soltou uma risada e o olhei. Era moreno e tinha um rostinho bonito.

A verdade era que ando tentando pegar alguém desde que voltei, deu certo?não.

Hunter não sai da minha cabeça, acordava e dormia pensando nele. Então optei por ficar longe até ele sair da minha mente permanentemente, quem sabe algum dia acorde com ele magicamente fora da minha cabeça.

— Gostei de você —sorriu, dei de ombros.

— Legal —o barmen se aproxima enchendo meu copo.

Suspiro. Aceno com a cabeça para ele e dou um gole na bebida, faço menção de me afastar do balcão quando o homem que estava ao meu lado, segura meu braço.

— Vai pra onde, gatinha? —travo o maxilar olhando para ele.— A balada só começou...—abro um sorriso sem mostrar os dentes.

— Solta meu braço —peço suavemente e ele solto uma risada.

— Por que faria isso? —franziu a testa me olhando de cima a baixo. Fazia alguns dias que não treinava e sentia falta disso, e se esse homem não me soltasse iria dar um gostinho do meu gancho de direita.— Jamais deixaria uma gostosa como você sozinha por aí —balançou a cabeça negando.

— Solta meu braço —peço novamente.

— Vamos brincar um pouco —fez menção de me arrastar, sou rápida o bastante para jogar a bebida do meu copo nele e em seguida um soco no seu nariz que o fez cambalear para trás, levando a mão ao nariz.— Qual é o seu problema, garota? —soltou um gemido de dor.

— Isso e uma palinha do que posso fazer —seguro seu colarinho atraindo atenção de algumas pessoas— Ninguém te ensinou que quando uma mulher diz não, é não?ela não está fazendo joguinhos, sacou? —ele assente rápido com o nariz sangrando.

— Rub, ei —Tristan se aproxima olhando para mim e depois para o homem que segurava.— Você está bem? —solto o colarinho dele.

— Pô cara, obrigado pela preocupação —disse ele tocando o nariz.

— Ele não estava falando com você, seu imbecil —falo.— Por que não some da minha vista? —faço menção de me aproximar dele que dá alguns passos para trás.

— Cara, controla essa sua amiga —pede ele, Tristan abre um sorriso amarelo.

— Por que deveria? —abro um sorriso para o homem.

— Olha ela estava bebendo e fui fazer amizade de boas, na melhor intenção sabe...—me olhou parecendo estar com medo— E essa doida me molhou de bebida e deu um soco no meu nariz. —solto uma risadinha.

Querido Caos | Davenport #1Onde histórias criam vida. Descubra agora