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RUBY CALLOWAY

- Acho que essa é a melhor decisão a se tomar -disse meu pai segurando a minha mão,também estava de saco cheio dessa cidade,não podia nem colocar a cabeça pra fora que já cochichavam sobre mim.- vai te fazer bem,sair um pouco daqui.

- Já avisou a mamãe? -perguntei.

- Sim -respondeu ele- Daisy comprou a sua passagem.

- Como sabia que eu ia aceitar? -pergunto levantando da cadeira.

- Intuição de pai nunca falha -disse ele.- tenho que passar na delegacia ver como anda as coisas,assim que eu voltar,passo aqui pra te levar. -aceno com a cabeça e ele me dá um beijo na testa antes de sair pela porta.

- Ele já foi? -pergunta Daisy descendo as escadas,alisando a sua barriga.

- Sim -me viro pra ela e dou um abraço na mesma- me ajuda a arrumar a mala?

- Claro -segura a minha mão e vamos até o meu quarto,Daisy era a esposa do meu pai é estava grávida de seis meses.

Ela abriu o meu guarda roupa e eu peguei uma mala que estava ao lado,coloquei em cima da cama abrindo ela.

- Quando você passa nos lugares, falam muito? -me viro pra ela e sento na ponta da cama.

- Ruby...

- Só me diz a verdade -levanto meu olhar pra ela.

- Às vezes -estreito os olhos- todas as vezes,mas faço questão de mandar todo mundo ir se foder -solto uma risada.

- Vou sentir a sua falta -murmuro,ela abre um sorriso e começa a tirar as roupas do cabide.

- Também vou sentir,o que aquele monstro fez com você...seu pai fez o impossível pra...

- Eu sei,Daisy,eu sei -prendo meu cabelo no alto e ela respira fundo.

- Não esqueça dos remédios -assento- é de aproveitar bastante,afinal vai ser como um recomeço.

- Mas sem você é o papai -dou uma pausa- não quero perde o nascimento do meu afilhado ou afilhada -levanto alisando a barriga dela.

- Quando estiver perto de nascer,te aviso e assim você pode vim -disse ela me puxando pra um abraço- te amo.

- Eu também te amo.

Começamos a arrumar,fechamos a mala assim que terminamos e deixamos a mala em pé,perto da porta.

- Devia se arrumar -sugere ela,assento e vejo Daisy colocando a mão nas costas e fazendo uma careta

- Tudo bem aí? -pergunto preocupada.

- Tudo -responde ela.

- Podíamos descobrir o sexo do bebê, sabia?

- Já falei, só vamos saber o sexo na hora do nascimento -responde ela decidida.

- Você é maluca,Daisy -comento pegando uma calça,um top e blazer.

- Quem vai parir sou eu,esqueceu?quando chegar a sua vez..

- Nem ferrando,não tem essa de chegar a minha vez -entro no banheiro e ela me segue,se encostando no batente.

- Então você não quer ter filhos? -pergunta ela.

- Óbvio que não,ter um bebê que chora direto,come e resmunga?não vou conseguir achar a mãe pra entregar o bebê,por que eu vou ser a mãe. -tiro a roupa e abro o registro,estava acostumada com a Daisy,só morava eu,ela e o meu pai,tínhamos intimidade o bastante pra tomarmos banho com a outra conversando.

Querido Caos | Davenport #1Onde histórias criam vida. Descubra agora