VI

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《 Dias chuvosos em Nova Iorque 》

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《 Dias chuvosos em Nova Iorque 》


— Olá?

[Um Timothée aborrecido aparece abrindo a porta.]

— Estava a andar pelas ruas e vi estes lírios. Para ti.

— Não estava nada à espera disto.

— Eu também não, então apenas aceite.

[Timothée não tinha  palavras, foi apanhado completamente despercebido. Mas o bom é que gostou, ou seja,  as investidas de S/n estão a funcionar.]

— Acho que os papéis viraram, mas obrigada!

— Um dia isso ia acontecer e...

[ Era um dia nublado em Nova Iorque, por isso era previsível chover a qualquer momento. Assim foi...]

— Entra!

[ Timothée puxa S/n para dentro de sua casa ]

— Vou acender a lareira. Vi a meteorologia de manhã, estão a chegar dias atribulados.

— Felizmente estamos habituados a este tempo aqui em Nova Iorque.

—Isso é verdade. Tire a roupa.

[ S/n olha estranhamente para Timothée.]

— Como é que é?

— Não apanhaste muita chuva, mas é o suficiente para apanhares uma constipação.

—  Eu sabia...

— Sério, então por que ergueste a sobrancelha?

—  É um tique.

[ S/n segue até ao quarto. Timothée chega em seguida com as roupas secas.]

—A minha irmã deixa sempre algumas das suas roupas aqui. 

— Obrigada!

— Estou na cozinha, se precisar de alguma coisa.

— Ok.

[Estende as roupas na cama e começa a despir a sua. Para quem esteve uma fração de tempo lá fora, aquela água dava pra encher um balde.]

— Bom saber que Pauline não seguiu meus conselhos de moda.

[Após a mudança, S/n estava pronta para sair do quarto de Timothée, quando algo chama a sua atenção.]

— Uh eu lembro disso.

[Se refere ao pequeno e cintilante anel na cómoda do lado da cama.]

— Eu podia levar isto e assim já tinha desculpa pra voltar cá né? É isso mesmo!

[Coloca-o no bolso das calças e sai. Ao notar a presença de S/n, Timothée não controla  o riso.]

— Qual é a graça?

—Desculpa, mas não consigo levar-te a sério vestida assim.

— É nem eu.

— É temporário também...

[Timothée continuava rindo.]

— Podes parar de gozar comigo?

[Diz num tom engraçado. Os dois vão para a sala de estar e sentam-se perto da lareira. ]

—  Nunca mais para de chover. Talvez tenha que ficar aqui.

—  Não sejas dramática, o sol está a começar a aparecer.

— Então, quer-me fora daqui!

— Eu não disse isto!

— Indiretamente disseste com essa afirmação

— Eu só disse que o sol está a abrir! 

— Então gosta de mim aqui...

— Eu também não disse isso.

— Mas também não vais negar pois não?

— Não senti falta de tu a pores-mes confuso em... - Olha para o relógio. -... 30 segundos!

— E mesmo assim consegui colocar-te a rir.

Touchê!

— Não, não faças isso!

— Isso o quê?  Parlez français?

— Pára, sabes que me incomoda que eu não consiga entender o que as pessoas estão a dizer!

—Mais pourquoi madame? Français'est une belle langue, d'amour... 

— Pára imediatamente ou eu juro que...Arghh não sei o que dizer...

[E foi assim que correu a noite de Timothée e S/n, falando junto à lareira até passar a tempestade. Que situação mais conveniente,para S/n. ]

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