Thiago nunca se sentiu tão estranho.
Aos 18 anos (e com os pés praticamente fora do ensino médio), o astro do time de futebol do Colégio Mandela se vê lançado em meio a uma teia de sentimentos e desejos nunca antes vistos.
Mas, de onde vêm esses ta...
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Ele olha para os lados, como se tentando chamar atenção para o fato de podermos ser pegos bem aqui. Um risco menor agora que todos largaram e só restam nós e os caras lá dentro:
- Achei que você tivesse olhando também... - responde, alternando o olhar entre as chuteiras na minha mão, meu peitoral, meu abdômen molhado e possivelmente as veias saltadas em meus bíceps.
Deixo escapar um riso pretencioso, no melhor estilo negro-cafajeste. Quase como é certo com as garotas, também funciona com ele, que parece totalmente no papo antes mesmo que a coisa seja dita:
- Cê sabe o que eu quero. - Digo, o desafiando a fazer as conexões por si próprio. No meio da frase, também dou uma "pegadinha" indiscreta no meu material só para dar mais efeito a proposta irrecusável.
- O Odilon... - Diz, deixando claro sua preocupação (que também deveria ser a minha).
Dou uma olhada pros lados:
- Ainda tem tempo até ele sair... - encorajo, pondo lenha na fogueira. Sinto meu pau despertar e ganhar forma dentro da cueca, é o calor do momento. - Vamos ali, rapidinho?
Ele hesita, olhando pro "ali" a que me refiro; um espaço mais ao fundo cercado de árvores e moitas altas e longe da vista de qualquer um.
Por um momento penso que a coisa vai morrer aqui, mas aí ele aceita:
- Tá legal, mas tem que ser rápido.
Assinto com a cabeça, olhando para os lados enquanto disparo até o local. Ele vem logo atrás de mim, cauteloso, quando já estamos encobertos por trás das árvores (eu recostado numa delas), ele parece não saber ao certo o que fazer...
