♟ Prólogo

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Notas: Livro completo apenas na amazon. 🖤 #Degustação

GuianLucca D'arco

Encarei meu pai sentindo o ódio fundamentar pelo meu corpo, ele não podia estar com aquela aparência tranquila quando sabia que um mandato de prisão tinha sido expedido contra mim.

—Você precisa ser racional GuianLucca.

—Racional? Você que precisa ser racional e controlar seus ratinhos.

Bufou impaciente e focou sua atenção no livro que lia antes de eu invadir seu escritório.

—Domenico. —Chamei-o, a muito tempo ele tinha deixado de ser chamado de pai.

—Me dê uma semana ou duas e vou resolver esse problema. —Ele só podia estar ficando doido, completamente doido se achava que eu ficaria me escondendo por uma semana ou duas.

—Não vai rolar. —Tinha muitas coisas para resolver e não daria esse gostinho a ele, uma semana ou duas podia me fazer perder muita coisa e ele sabia disso.

—Já falei que você precisa ser racional, você atirou em uma pessoa na frente de várias outras o que achou que ia acontecer? As coisas são explicitas, mas nem tanto. —Se referia ao seu controle em relação a polícia. Qualquer um sabia que quem dava as ordens era ele. —Existem regras que precisam ser cumpridas ou ao menos disfarçadas e você precisa aprender a controlar seu gênio.

Revirei os olhos com raiva. Sabia que não era nada demais, nada que eu já não tivesse ouvido antes, mas era irritante.

—Quer que eu faça terapia? —Provoquei. Era fácil depois de ter fodido minha cabeça querer que eu me controlasse.

—Não acho que essa merda sirva de alguma coisa a essa altura então preciso que você apenas pense antes de agir se não nada do que você construiu vai servir, porque não vai durar. Como um castelo de cartas tudo vai desmoronar porque você acordou de mal humor. Então aprenda a pensar antes de tomar uma atitude, principalmente uma atitude como atirar em alguém. Se quer fazer pelo menos faça escondido, já ensinei como se faz. —Sorri sem achar muita graça. Claro, o problema não era nem ter metido uma bala na cabeça de alguém, nunca foi, era apenas fazer isso em público.

—Acabou a bronca?

—Vá visitar a Bella sei que temos problemas no paraíso. —Provocou. Senti o ódio ferver e procurei fazer o que ele minutos antes tinha recomendado, porque seria uma grande merda enfiar uma bala na cabeça dele, pelo menos é isso que eu tentava me convencer. Por mais que a culpa não era dele, era dos idiotas que me cercavam e que o mantinham bem informado. —Quando você voltar estará tudo resolvido. Já dei um jeito para que o mandato não seja compartilhado com as demais cidades, principalmente de maneira internacional.

Era uma piada pronta achar que eu seria deportado.

—Uma semana Domenico nada mais do que isso.

Assentiu.

—Precisamos falar daquele outro assunto.

Gemi irritado que ele tivesse voltando a isso.

—Não quero falar sobre isso Domenico.

—Se você quiser assumir meu lugar conhece às regras.

Bufei e contive minha vontade de quebrar alguma coisa. Casamento e filhos eram demais pra mim. Completamente fora da curva e eu já tinha desviado do caminho e não foi a melhor decisão que eu tinha tomado, não precisava de mais dessa merda.

—Pretende morrer agora? —Acho que pela primeira vez aquilo não era uma ameaça. O silêncio dele respondia. —Então não precisamos conversar sobre isso.

Virei as costas necessitando sair daquele escritório.

—Lembre-se você tem uma semana, a partir daí tudo que acontecer é culpa sua. —Avisei antes de sair.

O Trevor me encarou assim que eu passei pela porta e sem que ele pudesse dizer nada ou se defender acertei um soco na boca do estômago dele.

—Porque isso? —Conteve o gemido de dor.

—Pare de informar meu pai das minhas merdas.

—Não fode, sabe que eu informo a ele apenas dados relacionados a sua segurança. —Como se o velho se importasse mesmo com a minha segurança.

—Não informe nada. —Continuei andando e ele me seguiu fazendo o melhor para disfarçar a dor.

—Sabe que não posso. —Os privilégios de muito tempo atrás meu pai ter acolhido ele na famiglia, um tempo em que eu nem considerava ser o que sou hoje, então mesmo que ele fosse fiel a mim ele não podia abandonar meu pai. Domenico sempre seria o capo dele, porque não tem como sair da máfia vivo e nós dois sabíamos disso. Acho que a única coisa de bom que meu pai fez na vida foi nos deixar unidos com a nossa amizade estranha, Domenico podia ter dado qualquer outro cargo ao Trevor, mas ele apenas ignorava o que essa era, provavelmente, a melhor maneira de me atingir e nunca usou isso - mesmo nos nossos piores momentos.

—Foda-se. —Não iriamos voltar aquele assunto. —Estamos indo pra Nova York.


[DEGUSTAÇÃO] A Missão - DOMINADA LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora