♟Capítulo 03 | Ava Stewart

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Ava Stewart

Mais do que nunca eu tinha que seguir os conselhos da minha mãe e parar de correr molhada pela casa quase tinha caído da escada enquanto corria fugindo dele. Entrei no meu quarto e tranquei a porta atrás de mim, tinha a leve impressão de que se não fizesse isso acabaria recebendo visita.

Não podia acreditar que tinha permitido que aquele homem me tocasse, pior ainda era estar do jeito que eu estava só por ele quase ter me beijado ou me beijado – não conseguia nem definir o que tivemos e isso era completamente insano. Meu corpo inteiro queimava onde ele tinha tocado, era um calor bom, muito bom e tentador. Nunca tinha me sentido tão impulsionada a um erro em toda a minha vida.

Deitei na cama sem me importa de ainda estar molhada, precisava de calma para entender tudo o que tinha acontecido minutos atrás. Fechei os olhos, os meus lábios ainda formigavam pelo beijo, se eu fechasse os olhos conseguia lembrar perfeitamente da voz dele falando comigo e aquilo provocava uma sensação extasiante, era quase como se eu quisesse voltar lá e experimentar mais, eu não queria e nem podia sentir nada daquilo. O jeito dele debochado e confiante voltou com tudo me provocando dessa vez fazendo eu me irritar e sentir algo próximo a raiva pela forma que falou e agiu. Não precisava ser muito inteligente para descobrir que aquilo não passava de um jogo para ele e com toda certeza eu não daria a ele o gostinho da vitória, de forma nenhuma.

[...]

Tomei um susto com meu despertado, estava tendo um sonho muito quente com o senhor D'arco e no fundo meu subconsciente sabia que isso era errado e isso mais do que explicava o susto que tomei com o despertador tocando. Precisava urgente tirar a memória de ontem da minha cabeça, nem que fosse a força.

Levantei da cama, ainda estava vestindo meu biquíni e o roupão da noite anterior, se minha mãe me visse naqueles trajes eu iria ganha mais algumas semanas no meu castigo de um ano. Lembrar-me daquele castigo me deixou com o humor ainda pior, o castigo me mantinha presa ali e mesmo que eu tivesse mais algumas atividades extras na escola ainda sim eu acabaria passando muito mais tempo em casa e isso significava muito mais tempo perto daquele homem. O que não era justo. Já que eu tinha que aguentar a presença de um mafioso dentro da minha casa, ao menos podia ter tido o desconto de ter o meu castigo aliviado. Até podia tentar conversar com a minha mãe sobre aquilo e ela até podia ver meu ponto, porém ela era muito atenta e eu tinha medo do que ela conseguiria de mim. Obviamente não veria meu pedido apenas como um pedido de uma adolescente que só queria um pretexto para se livrar do castigo, ela me conhecia mais do que eu queria que conhecesse e obviamente iria sacar na hora que alguma coisa estava acontecendo. Então o melhor era deixar pra mim mesmo e fazer meu melhor pra ficar longe dele, mesmo com castigo.

[...]

Sai do meu quarto, já arrumada para a escola. Meu cabelo está preso em um rabo de cavalo e meu rosto com um pouco de maquiagem – algo bem natural que só servia para disfarçar algumas imperfeições. Desci as escadas e fui para a cozinha. Cheguei lá só estava minha família, sem Jade, sem parente que não são parentes, sem mafioso nenhum, até parecia um dia normal o que me fazia questionar se tudo aquilo não tinha sido apenas um sonho ruim. As sensações voltaram deixando claro que tudo era demais para caber em um sonho.

—Bom dia. —Saudei ao me sentar no meu lugar de sempre, eles retribuíram minha saudação e continuaram a comer suas próprias refeições.

—Ava quando você chegar da escola preciso falar com você.

Encarei meu pai não entendendo. Estiquei minha mão e peguei uma torrada tomando alguns segundos para absorver aquela frase. Virei inteiramente a ele. Eu era curiosa e não iria conseguir esperar até a hora em que eu voltasse da escola.

[DEGUSTAÇÃO] A Missão - DOMINADA LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora