The Cure.

Prologue: O acordo.

O garoto de 15 anos chorava ruidosamente sem forças e coberto de sangue da surra que acabará de levar de seu pai, os sons de sirenes e o corpo imóvel de sua mãe a sua frente tão coberto de sangue o quanto, era indicação o suficiente do que havia acontecido ali.

Logo sons de passos pesados e apressados foram ouvidos pelo jovem garoto e antes que ele pudesse sequer tocar na mão gelada de sua mãe, que tinha os olhos abertos voltados para ele, a porta foi arrombada por um chute que o assustou e o fez se arrastar para longe de sua mãe.

O medo e o horror encheu seu peito e sua mente, o fazendo ver seu pai apontando uma lanterna e arma em sua direção, ele não conseguiu se impedir de implorar por sua própria vida e quando a arma foi desviada e a lanterna abaixada bruscamente.

Uma pessoa diferente apareceu em seu campo de visão e olhos azuis cinzentos apareceram em sua frente, ele primeiro penseu em Black, mas tão pouco percebeu que era impossível ser Sirius pois a pessoa a sua frente era bem mais velha do que o outro.

— Severus? Severus Snape? — A voz soou abafada em seus ouvidos machucados, mas ele conseguiu assentir de qualquer modo.

— Mi-minha mãe.. — Severus conseguiu falar, mas sua voz estava muito fraca, o homem falou alguma coisa, mas desta vez, Severus não conseguiu entender.

— Preciso que você fique calmo, e me diga o que aconteceu aqui. — O homem falou de novo, mas sua voz saia muito abafada e seus ouvidos estavam doendo muito.

— Me-meu pai. — Foi tudo o que conseguiu dizer antes de pender para frente e apagar contra os ombros do homem que estava tentando conseguir sua atenção.

*＊✿❀✾❀✿＊*

Severus acordou e a primeira coisa que viu, foi um teto branco, havia uma mancha preta nesse teto, e através dessa macha, havia uma rachadura, essa linha de rachadura se estendia até o lado oposto da janela e descia até se esconder atrás de uma poltrona, e nessa poltrona, havia um homem de meia-idade de cabelos escuros, olhos verdes e pele morena, ele tinha a barba por fazer e cabelos perfeitamente alinhados, usava um terno trouxa liso e sapatos sociais marrons, combinando com sua gravata que se escondia atrás de um colete.

Ele viu o homem mover a boca, mas não conseguiu entender nada do que ele dizia, quer dizer, se ele se esforçasse muito, ele podia ouvir alguns ruídos e o som muito, muito distante de algo reverberando contra sua mão e peito, até que ele percebeu que era o som insistente da voz do homem.

O homem suspirou fundo e se levantou calma e lentamente como se não quisesse o assustar, ele mostrou as mãos vazias e se aproximou de Severus levando sua mão grande e lenta até o lado de sua cabeça, bem atrás de sua orelha e quando ele mexeu ali, os sons vieram com tudo em sua cabeça e seus ouvidos doeram o fazendo soltar um silvo agoniado, o homem mexeu de novo e pareceu se ajustar melhor daquela vez.

— Senhor Snape? — A voz, a mesma voz daquela noite soou de forma estranha em seus ouvidos e Severus franziu o cenho tentando aliviar a dor em seu ouvido e cabeça. — Consegue me ouvir? — Questionou com cuidado e Severus assentou lentamente.

— Consigo. — Murmurou atordoado esfregando as têmporas.

— Ótimo. — O homem murmurou baixinho e voltou a se sentar na poltrona o observando com cuidado. — Eu sou assistente social no-maj, meu nome é Alexander Hale. — Se apresentou e Severus levantou o olhar para ele.

—O que... Aconteceu? — Questionou confuso.

— Você não se lembra?— Sr. Hale questionou de volta e Severus franziu o cenho negando com a cabeça. — Tenho poucas informações sobre o que aconteceu há uma semana e, minhas esperanças era que você pudesse me contar o que houve naquela noite de segunda, 27 de julho. — O homem disse e Severus fechou os olhos tentando se lembrar do ocorrido, mas nada veio em sua mente sobre o que aconteceu, nem suas alas de Oclumencia estava funcionando para ajudá-lo a se lembrar.