Rock Me

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Louis POV

Quando cheguei na escola quinta-feira, só conseguia pensar no trabalho de literatura que Marcel faria na minha casa mais tarde (Ok, talvez eu não estivesse pensando no trabalho, exatamente... mas voltando ao ponto...) e me assustei quando não o vi no portão me esperando. Estranho, já são 7:30, a essas horas ele normalmente já estaria aqui... entrei na escola, vasculhando cada canto, e não o vi. Fui até a sala, nada. Cheguei até a correr atrás do garoto de cabelos coloridos, Michael, mas ele disse que também não o havia visto. O pânico cresceu dentro de mim quando o sinal bateu. Mandei umas 10 mensagens para o celular delee então desisti de esperar.

Corri para meu carro e fui a toda para a casa dele. Bati na porta duas vezes, e uma mulher abriu. Provavelmente a mãe dele (porque ele chegou a comentar que mora com a mãe, mas nossa, parece mais com uma irmã mais velha).

— Hm, oi... posso ajudar? — disse ela. Oh, gênio. Ela nem sabe quem você é.

— Oh, desculpe. Sou Louis. Louis Tomlinson. O Marcel está aí? Ele não foi à aula e eu fiquei preocupado, pensei que ele poderia estar doente ou algo assim... — falei, tentando soar simpático. De início, ao ouvir meu nome, ela arregalou os olhos e pareceu me estudar, como se escaneasse todo o meu ser. Ah, ótimo. Quem ia querer um cara estranho (badboy) namorando seu filho todo meigo (nerd)? Mas então um sorriso brotou no canto dos seus lábios, assim como acontecia quando Marcel ouvia algo que lhe agradasse. Portanto suponho que talvez a resposta pra pergunta seja... ela?

— Oh, sim. Bom dia, Louis. Sou Anne. Então, Marcel está dormindo e eu estava de saída, tenho que ir trabalhar. Que bom que você veio, ele está meio mal sim e eu fiquei receosa de deixá-lo sozinho em casa... — ela comentou, baixando o olhar. Por alguns segundos, vi de relance um olhar triste. Será que ela... sabe? — venha, vou levá-lo até o quarto dele.

A segui até uma porta entreaberta, no final do corredor no segundo andar da casa. Uma casa simples, devo dizer. Mas muito bonita. Ao chegar na porta, ouvi o som do chuveiro. Anne deu uma risadinha.

— Acho que ele está no banho. Mas não tem problema, pode entrar. Sinta-se a vontade. A casa é sua. Agora vou indo, não posso me atrasar — disse ela quase cantarolando, e me surpreendeu com um beijo na bochecha. Okay, acho que Marcel falou de mim pra ela...

Entrei com cautela no quarto, percebendo o quão bem arrumado era. Apesar de ser bem menor que o meu, é definitivamente um zilhão de vezes mais organizado. Ri da minha comparação, quando ouço a porta do banheiro da suíte se abrir e me deparo com a cena mais linda, excitante e surpreendente da minha vida. Marcel estava com uma toalha amarrada na cintura, o abdômen definido exposto, com algumas gotas de água seguindo rumo à toalha, os cabelos cacheados molhados... pera CACHEADOS? DE ONDE VIERAM ESSES CACHOS? AI MEU DEUS ESSE GAROTO É UM DEUS! Pera... os pulsos. OS PULSOS! MARCAS! NOVAS! Por quê? O que aconteceu?

Antes mesmo que ele percebesse minha presença no quarto, corri até ele e o abracei apertado. Me segurei para não chorar contra seu peito. Não acredito que ele fez isso de novo. Assim que o abracei, ele arfou de susto, mas ao perceber que era eu me abraçou de volta, com a mesma força.

— O-o que aconteceu, amor? Por quê você... você... — Ah, lindo Louis. Isso, chora mesmo seu idiota. Tá ajudando muito. Levei meu olhar para seu rosto e, para minha surpresa, ele sorria de leve, um sorriso triste, mas já é alguma coisa.

— Você podia me chamar assim mais vezes — ele disse. Depois de alguns minutos, entendi que ele se referia ao fato de tê-lo chamado de amor.

Assim, próximo a ele, ficava na cara que ele é muito mais alto que eu, com o corpo mais definido também...

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