Como Conheci Você

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Quando te conheci, sabia que seria diferente, mas não pensei que seria tão intenso... Jamais pensaria que um simples olhar, um simples beijo, um simples carinho me marcaria tanto... Você é como uma cicatriz, seu amor me machucou, mas também me marcou como se fosse um ferro em brasa. A História de Como Conheci Você me rendeu diversos machucados, mas também me proporcionou as mais doces lembranças que jamais poderia imaginar...

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Alguns Anos Antes...

- Vamos minha linda, suas aulas começam amanhã de manhã. Onde esta seu ânimo?

Dagmar, minha mãe entrou em meu quarto me olhando com um doce sorriso no rosto. Sabia que tudo que ela queria fazer era me animar, já que tudo que eu tinha eu tive que deixar para trás. A olhei, sorri fraco com todo o desanimo que estava sentindo. Nunca mais quero mudar de casa, e muito menos de país...
O sorriso dela sumiu e ela me olhou com preocupação, a elegante mulher de longos cabelos loiros e intensos olhos verdes caminhou em minha direção se sentando ao meu lado na cama. Sem conseguir aguentar mais, abracei minhas próprias pernas escondendo meu rosto para que ela não me visse chorar. Ouvi seu suspiro e logo senti seus braços abraçarem meu corpo me reconfortando.

- Oh meu amor... Eu sei que é difícil, eu também não queria deixar a Noruega para trás, não queria deixar seus avós para trás. - suspirou - E sei que você também não queria deixar seus amigos para trás... Me desculpe por isso, minha filha... Mas eu não tinha oura escolha, é meu trabalho... Me entende?

Sabia que ela não tinha culpa, e mesmo que ela decidisse me deixar com meus avós eu não iria aceitar. Sempre ficaria com minha mãe, não importa as circunstâncias. Mas era tão difícil deixar tudo que conheço para trás e recomeçar em um lugar que mal conheço.

Sempre via fotos e vídeos de Nova York em minhas redes sociais, mas... Você ver fotos e do nada começar a viver naquele lugar. Era estranho, estava assustada, estressada... Era um misto de sentimentos que nunca mais queria sentir em toda minha vida.

Após um bom tempo sentindo o carinho de minha mãe em meus cabelos, levantei meu olhar para conseguir vê-la. Ela também estava triste, era completamente visível em seu olhar que ela também não queria deixar nosso país de origem para trás. Talvez eu só esteja complicando tudo para ela, ela não tem culpa...

Sorrindo docemente novamente, suas delicadas e leves mãos vão até meu rosto secando minha lágrimas que insistiam em continuar caindo. Segurei sua mão em meu rosto e sorri.

- É claro que eu te entendo.

Seu sorriso cresceu ainda mais e ela riu baixinho. Me virei em sua direção e a abracei como se não houvesse amanhã. Ela reagiu ao abraço me apertando ainda mais contra seu corpo.

- Sei que você vai encontrar bons amigos aqui também...

(...)

O despertador tocou em alto e bom tom ao meu lado da cama. Seis horas da manhã era o pior horário que um ser humano poderia acordar. Desliguei aquela tralha barulhenta do meu lado e me sentei na cama. Primeiro dia de aula em uma nova Universidade não é nem um pouco fácil para qualquer pessoa. Ter que lidar com pessoas novas sempre foi um desafio para mim, sempre fui muito tímida e reservada em tudo que fazia. O que consequentemente me fez ter poucos amigos em toda minha vida. Bom... Talvez ter mudado de país e de universidade me obrigue a mudar nesse requisito.

Após terminar minha higiene matinal enquanto tropicava em tudo que via pela frente graças ao sono - e graças a minha sonsura também - me dirigi até a cozinha onde minha mãe me esperava com um grande sorriso no rosto. Queria eu ter toda essa alegria em plena Seis horas da manhã.