O amor que a vida me roubou

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CAPÍTULO 1 - A DESCOBERTA.

Eu, a minha mãe Lara e meu irmão Miguel de apenas 8 anos, vivemos em Londres.

Em uma tarde fria de Dezembro, meu irmão e minha mãe estavam em casa, eu estava no ginásio treinando, pois eu era patinadora profissional. De repente fiquei tonta, foi ficando cada vez mais difícil de enxergar as coisas ao meu redor, então caí no chão e tudo ao meu redor foi ficando escuro, ouvi os gritos das pessoas me chamando. Tentei respirar, mas algo me impedia, então o treinador Jacob ligou para a minha mãe que veio imediatamente e me levou para o hospital, mas após alguns exames os médicos me deram alta pois, segundo eles eu não tinha nada, só estava nervosa e ansiosa com a competição; me receitaram uma bombinha de ar para me ajudar na respiração. Depois disso, eu e a minha mãe seguimos para casa.

Nos dias seguintes, continuei sentindo muita falta de ar, dificuldade para respirar e a bombinha de ar não estava mais me ajudando em nada, então a minha mãe e eu voltamos ao hospital. Fiz uma bateria de exames e o médico que me atendeu disse:

— Segundo os seus exames você esta com um sarcoma muito raro que afeta uma pessoa entre 3,5 milhões de pessoas. —Naquele momento eu desmoronei e comecei a chorar, pensando que a minha vida acabaria ali. O médico fez uma traqueostomia em mim para me ajudar a respirar e comecei a fazer quimioterapia.

No dia seguinte eu fui para o meu treino e o meu treinador Jacob, chamou minha atenção dizendo:

— O que você faz aqui? Volte para casa, você está doente Sophie, não pode se arriscar assim. Esquece a competição, esquece os treinos e foca na sua saúde, tá bom?

— Tá bom. Só vou pegar as minhas coisas no meu armário. — Respondi com os olhos lacrimejando. Depois de pegar as minhas coisas estava sentada em um banco na praça, olhei para o relógio e a hora da quimioterapia se aproximava, então fui para o hospital. Chegando lá encontrei com o menino insuportável que fazia bullying comigo todos os dias e não gostava nenhum pouco de mim... Acho que até me odiava!

5 meses se passaram... Eu e o Dylan começamos a nos gostar. A quimioterapia estava funcionando e tudo estava indo bem. Depois de alguns dias fiz uns exames e como nada é perfeito, descobri que o câncer havia voltado, estava do tamanho de uma laranja e para completar eu só tinha mais 2 anos e 6 meses de vida. Fiquei apavorada e com medo, afinal o que seria da minha família? Eu que cuido da minha família! 

Fui até a sala onde Dylan estava e falei:

— Amor, o câncer voltou!  - Chorando, acrescentei.  —Só tenho mais dois anos e seis meses de vida!

Com os olhos cheios de lágrimas ele me respondeu: 

- Não chore! Vou fazer com que esses 2 anos sejam os melhores da sua existência! Eu te amo muito, Sophie!

2 anos se passaram e precisei ser transferida urgentemente para um hospital que ficava em Nova York, pois eu estava piorando muito, mas eu não queria ficar longe do Dylan, ainda mais porque não tínhamos certeza se eu voltaria de lá viva... Mesmo assim fui.

3 meses se passaram e recebi alta, segundo os médicos por um milagre eu estava me curando... Lentamente mais estava.


CAPÍTULO 2 - A viagem.

Na manhã seguinte Dylan me ligou, queria me encontrar em um lugar especial. Falou com minha mãe e quando chegamos em casa ele imediatamente apareceu para me buscar e passou o caminho inteiro sem me dizer aonde iriamos. Ao chegarmos percebi que Dylan havia me levado para a Antártida! Ele fez um encontro secreto e me levou até o lugar, eu estava na Aurora Boreal, lugar onde me lembrava do meu pai que trabalhava para o exército e um dia me contou como foi estar na Aurora Boreal.

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