0.1 ● Prólogo

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Desde quando o Universo se formou
Tudo foi planejado
Apenas deixe-me te amar

~~●🌙●~~

Dean não queria estar naquela festa.
Passar o réveillon sozinho no seu apartamento era um plano perfeitamente satisfatório, mas que foi totalmente impedido por sua melhor amiga, Charlie Bradbury. Ela ligara quase duas horas antes, praticamente o intimando a comparecer na festa que sua sogra estava promovendo no bar dela, e, embora Dean amasse o Road House, e principalmente Ellen, só estava indo porque estava sob forte ameaça de ser capado.

Ele sabia que Charlie era perfeitamente capaz de cumprir sua palavra.

A alfa o estava esperando na entrada quando chegou, vestindo um macacão branco até bem elegante (o que não fazia parte do código de vestimenta dela). Pelo olhar dela, Dean soube que ela estava pronta pra ir atrás dele se não aparecesse.
Riu, descendo do seu Impala 67 preto, e ajeitou as roupas brancas — que falando sério, ele nem lembrava de ter comprado um dia —, e a cumprimentou.

— Era caso de vida ou morte, ou você só estava querendo me tirar de casa mesmo? — estreitou os olhos.

— Tá brincando né? Fiz uma aposta com a Jo — a ruiva riu, o puxando pra dentro do estabelecimento. — Já que está aqui, ela me deve um streap-tease.

Dean parou no lugar, a olhando incrédulo. Jo e Charlie eram noivas há dois anos, mas sinceramente nunca entendeu como elas se entendiam tão bem como casal, já que viviam brigando. Quando não estavam brigando, estavam fazendo sexo, ou fazendo apostas que envolviam sexo.

— Vocês duas são tão estranhas — observou.

— Estranho é você, com trinta e três anos nas costas sem ninguém — ela deu de ombros. — Você nem sai mais pra beber, não parece o Dean Winchester da faculdade. Te tirar de casa hoje foi bônus.

— Eu tenho obrigações com a empresa, Charlene — olhou em volta, vendo o bar simplesmente lotado.

— Não me chame assim — ela lhe deu um soquinho no braço.

Dean revirou os olhos e a seguiu até o balcão, onde cumprimentou Ellen e Jo, que serviam juntas as pessoas. Ficou realmente surpreso por seu "pai postiço", Bobby Singer (atual marido de Ellen) ajudando as duas. Ele parecia feliz com elas, como não via há tempos. As vezes se pegava imaginando se poderia ser feliz assim um dia.

Conversou com a família um pouco, antes que eles ficassem ocupados demais para lhe dar atenção. Poderia ter ido embora, mas já que estava ali... não custava nada beber um pouco, já que não tinha um lugar melhor para estar.
Sua mãe e Adam estavam com a família Campbell, primos dela, e ele solenemente se recusou a ir junto, porque sabia que ficariam tentando juntar ele com alguma ômega. Sam passaria a virada de ano ali, mas um cliente pediu sua ajuda e ele, como o ótimo advogado que era, viajou pra Los Angeles. Seu pai, John, estava morto há anos.

Tudo o que podia fazer era ignorar flertes de ômegas, e até alfas, porque simplesmente nenhum chamou sua atenção a ponto de querer passar de uma boa conversa. Os cheiros misturados ali o estavam fazendo ter dor de cabeça, e com a quantidade de bebida que estava ingerindo, sabia que estava perfeitamente pronto pra dar o fora dali.

Mas algo realmente interessante aconteceu quando estava voltando do banheiro e indo até o balcão se despedir dos amigos. No caminho, um ômega entrou na sua frente, obstruindo a passagem sem querer. Até poderia ter pedido licença, mas o cheiro que vinha dele era tão bom... uma mistura de mel e algo floral. Era doce, mas nada enjoativo, o melhor cheiro que já sentiu.

— Desculpe, eu te atrapalhei? — o ômega se virou, provavelmente por perceber ele ali atrás.

— Não, eu... na verdade me esqueci do que ia fazer — Dean riu, o fazendo sorrir levemente.

O ômega era realmente lindo. Tinha olhos azuis, cabelos negros e uma barba por fazer que o fez imaginar como seria beijá-lo, sem contar o corpo que parecia valorizado na roupa branca... é, seu lado vagabundo era realmente um saco quando ativado.
Tentou não ser muito óbvio, ou passar a imagem de ser um pervertido. Mas aparentemente o ômega também o estava analisando.

— Eu posso te pagar uma bebida?

— Claro — o ômega sorriu outra vez. — Mas depois eu pago uma pra você.

— Isso parece justo — Dean sorriu pra ele.

Depois disso eles se sentaram juntos e beberam por um bom tempo, conversando e trocando flertes. Dean acreditava que em algum momento da noite, aquele homem com certeza devia ter dito seu nome...
Mas na manhã seguinte, ao acordar num quarto de motel completamente bagunçado, com uma ressaca desgraçada e sem saber como chegara ali, ele simplesmente não se lembrava de nada mais do que os olhos dele, seu rosto bonito, e de vislumbres do sexo incrível que fizeram.

Aparentemente a única coisa que ficara dele era o cheiro de mel.

~~●🌙●~~
QUANTO TEMPO O CORAÇÃO
LEVA PRA SABER
QUE O SINÔNIMO DE AMAR
É SOFREEER

Uma vibe meio gada e afins...

Prólogo totalmente dedicado à minha bestie cadelinhadedestiel03 que foi a primeira a saber dessa ideia meio maluca. Amo vc e obrigada por tudo meu bem 😔💞

Lembrando que essa é minha primeira fanfic do gênero, n me julguem se estiver uma bosta eu to fazendo com muito amor no coração 🥺

Espero que gostem de Serendipity, de verdade.
Amo vcs e afins,

Tia Maçã saindo 🍎💞

Serendipity || DESTIELOnde histórias criam vida. Descubra agora