16

893 83 23
                                    

"Você sente o último suspiro deixando seus corpos. Você as olha nos olhos. Uma pessoa nessa situação é Deus" - Ted Bundy

Após longos e cansativos dias a busca pela Nancy os policiais queriam encerrar o caso por falta de evidências, e eu só me senti mais culpada.

Hoje é um daqueles dias tristes de chuva, saí mais cedo do trabalho para tentar dormir, já que era algo que eu não fazia a pelo menos duas semanas por conta do desaparecimento da Nancy, o Hoseok ficou fechando o caixa na cafeteria enquanto eu lamentava no meu apartamento mais uma vez.

Sabe aquela sensação de que você percebe o quão pequeno nós somos? É isso que estou sentindo, meus olhos estão pesados, estou com uma aparência horrível e minha cabeça está latejando. Fecho meus olhos e continuo pensando até instantaneamente cair no sono.

Acordo assustada com uma ligação, olho para a tela do celular e vejo o nome escrito "Oppa Jin". Solto aquele suspiro alto e dolorido enquanto deslizava o ícone verde para o canto colocando o celular no ouvido.

"- Como assim eles já pararam as buscas? Não faz nem um mês!

- Eu sei Mel, mas você sabe que por enquanto é o melhor a ser feito.

- Oppa, você é o irmão dela. Por favor, faz alguma coisa.

- Eu vou fazer, por isso te liguei.

- O que você quer fazer?

- Eu estou me transferindo para a delegacia de Seul.

- Mas não era você que gostava de cidades pequenas por causa da segurança da sua família?

- Por isso mesmo que estou me mudando para aí, a Nancy é a minha família e o Namjoon sabe o quão importante isso é pra mim.

- Certo Oppa, espero poder encontrá-los. Estou com saudade da Eun-ji, manda um abraço para ela e para o Oppa Nam.

- Com certeza vamos nos ver, querida. Você é da nossa família também, eles também mandaram um beijo.

- Tomem cuidado e quando chegarem me avise.

- Pode deixar, até logo Mel.

- Tchau Oppa."

- Por acaso eu escutei você chamando alguém de Oppa?

- Que susto, Hoseok! - Jogo o travesseiro nele.

- Desculpa, eu cheguei e te encontrei dormindo. - Diz ele soltando uma gargalhada. - Achei melhor te deixar descansar, agora me responde que estou começando a ficar com ciúmes.

- Era o irmão da Nancy. - O vejo levantando a sobrancelha.

- Eu nem sabia que vocês conversavam.

- A família da Nancy é como a minha família, quando eu cheguei eles me acolheram e me ajudaram a conhecer a cultura coreana. Não precisa ficar com ciúmes, amorzinho, o Jinnie é casado com o Nam e os dois tem uma garotinha linda. - Ele se senta do meu lado na cama e me olha.

- Qual o nome dela?

- Eun-ji! Bom, esse é o nome dela coreano. Eles adotaram ela quando eu tinha acabado de chegar na Coreia então me identifiquei muito com ela.

- Aigoooo, seus olhos estão brilhando. Você deve amar muito crianças. - Ele não sabia. Bom, como ele saberia se eu não havia contado?

Eu senti aquele nó se formar no meu estômago e uma falta de ar. Normalmente era nessa hora que os caras que enxergavam um futuro comigo desapareciam. Estava cansada de explicar toda a situação que eu me apresentava então falei simplista.

Meu Marido Psicopata.Onde histórias criam vida. Descubra agora