Capítulo 2

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Minos também não conseguia parar de pensar nele, na veracidade daquela frase, que nem mesmo ele sabia exatamente o que significava. Não sabia o que queria que fosse diferente, mas queria. Mais que isso, queria vê-lo de novo.
E estava tudo bem? Não, provavelmente não. Ele não deveria querer vê-lo de novo. E mesmo se aceitasse que queria, o que faria sobre isso? Não poderia simplesmente chegar no santuário e perguntar pelo cavaleiro de peixes, alegando estar com saudades. O mesmo nem deveria querer vê-lo, ele era tolo de pensar que aquele sentimento poderia ser recíproco. Era tolo de sentir aquilo.

O juiz ria de si mesmo, a risada se transformando em tosse. Muita. Pétalas saiam por sua boca, pétalas vermelhas, iguais as das rosas dele. Seria aquilo ainda efeito de um dos ataques dele? O Cavaleiro de Peixes conseguiria matá-lo, ainda, de tão longe e depois de tanto tempo?

As respostas: não, e sim. E logo o juiz saberia disso também. 

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