Capítulo 4

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"E ela sabe, ela sabe(Coisas ruins acontecem com quem você ama)E eu sei que ela sabe, e eu sei que ela sabe(E você se vê orando para os céus)E, no fundo, ela sabe, ela sabe(Mas, honestamente, eu nunca tive muita simpatia)E eu sei que ela sabe, e eu sei que ela sabe(Porque estas coisas ruins, sempre vi elas vindo para mim)"


- She Knows - J. Cole


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Depois da aula, Riddle passou horas e mais horas na biblioteca procurando em todos os tipos de livros, o que ela poderia ser. Um fantasma? Algum espírito obsessor? Uma alucinação? Qualquer coisa que desse algum tipo de pista, teria toda a atenção dele.

Ele quase colocou tudo a perder durante a aula, e não podia mais se dar o luxo de fazer isso, por algum motivo confuso ela decidiu ajuda-lo, mas isso não era necessariamente bom, ela sabia como ele se sentia, ela sabia o que ele pensava.

Ela sabia o que ele planejava.

Ela sabia.

Ela estava em todos os lugares, no quarto dele, durante a noite, sentada no sofá da comunal, quando ele acordava, na biblioteca, em todas as aulas, sentada ao lado dele quando ele comia, em cada refeição.

Depois de 15 dias na mesma rotina de perseguição, ele resolveu que era hora de dar um basta em tudo aquilo. Já era tarde quando ele resolveu subir as escadas até a torre de astronomia, ele sabia que era o local ideal para um confronto.

—O QUE VOCÊ QUER DE MIM?—Ele gritou, do topo da torre, olhando para os lados, esperando até que ela aparecesse para atormenta-lo mais um pouco.— Aparece, eu sei que você está ai. Você sempre está, em cada canto escuro, seja de Hogwarts ou dos meus pensamentos, você está por toda parte, então apareça e me diga por que você esta me perseguindo!

—Você é uma ameaça, Riddle.—ela disse, em meio a escuridão, era como se a voz dela viesse de todas as partes.—e ameaças precisam ser exterminadas, antes que coloquem outros em risco.

Tom pode sentir seu sangue subir, ele já havia ido muito longe para parar só por causa dela, ele já estava quase criando a primeira horcrux, faltava tão pouco para cria-la, e ele não podia ter distrações.

—Então você deve saber que eu não vou desistir.—Ele disse.—Eu não sei o que você é, mas eu vou descobrir, e você vai sofrer, assim como todos aqueles que ficarem no meu caminho.

—Isso é uma ameaça, Riddle?—Ela perguntou, com um tom venenoso.

—Não, Celeste, isso não é uma ameaça.—Ele riu de forma psicótica.—Isso é uma promessa.

Ele não podia destrui-la ainda, mas existia uma coisa que ele poderia fazer, algo que ele havia descoberto em um dos momentos em que ela ainda não estava ali.

—Nos vemos depois da primeira Horcrux.—Ele disse, e tirou do bolso um pequeno frasco de vidro, na cor verde escuro, e virou tudo em uma golada.

O líquido desceu queimando, e não demorou muito até que ele sentisse todas as partes de seu corpo queimarem, era como se houvessem chamas vivas nele, suas veias se tornaram pretas, e seus olhos se tornaram vermelhos sangue, até que ele pode sentir seus sentidos nebulosos.

Uma espécie de bloqueador estava em nele agora, e mesmo se ela pudesse ver ele, ele não poderia vê-la , e ela não poderia tocar nele, ou se comunicar, ele tinha 72 horas antes do efeito passar, então precisaria ser muito rápido.

—Você é muito esperto, Riddle.—Ela disse, séria, mesmo sabendo que ele não poderia ouvir.—Seria ainda melhor, se eu não gostasse tanto de um desafio.

Havia uma coisa que Tom não sabia sobre Celeste, ela poderia ser tão assertiva quanto ele, e a sensação de desafio, apenas transformava tudo aquilo em um grande jogo para ela.

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O dia seguinte foi um dos mais tranquilos que Riddle teve nos últimos 3 meses, e havia aproveitado cada segundo para avançar em suas pesquisas, ele já tinha conhecimento, estratégia e agora só precisaria da vítima, o que não seria a coisa mais complicada de se conseguir.

O plano estava indo mais ou menos como o esperado, 48 horas já haviam se passado desde a preparação, até o momento da execução(literalmente).

As primeiras aulas estavam acontecendo, e por mais que ele não quisesse demonstrar, era como se um pouco de ansiedade estivesse tomando seu corpo.

Muitos imprevistos aconteceram naquele dia, professores conversando com ele, colegas atrapalhando sua passagem, pessoas em todos os lugares quando ele menos queria, e de certa forma, ele sabia que tudo estava acontecendo por influência dela, mas ela ainda não podia atrapalha-lo de forma direta, e essa era a maior vantagem dele no momento.

Já era noite quando Tom finalmente conseguiu, e era como se tudo estivesse acontecendo do jeito que ele esperou.

A vitima acabou por ser uma garota nascida-trouxa da corvinal, Murta Warren,  uma sangue-ruim, como ele gostava de dizer.

Ela estava no banheiro no momento, o lugar errado, na hora errada.

Não demorou muito até que o Basilisco atacasse, e o grito estridente da garota fosse escutado, tudo havia saído como o esperado, exceto por uma coisa.

Ela estava lá, em frente a murta, que agora se encontrava desmaiada no chão, desmaiada, e não morta.

Não fazia sentido, ele tinha certeza de que ainda faltava algum tempo, pelo menos algumas horas.

Mas de tudo o que poderia dar errado, nada causou mais insatisfação do que descobrir que Celeste era ofidioglota, e em pouco tempo, o Basilisco voltava para seu esconderijo.

—Foi por muito pouco.—Ela disse sorridente, enquanto ele suspirava de forma cansada, completamente frustrado pelo fracasso de seu objetivo.

—Mas...Como?—Ele começou a pensar no que poderia ter dado errado, ainda faltavam algumas horas.

—Você não pode se livrar de mim Riddle, eu só posso sumir, se eu quiser.—Ela sorriu, olhando para a garota desmaiada.

Foi quando ele entendeu, a poção não fez efeito, ela usou ele como um fantoche para a própria diversão, ela poderia ter aparecido a qualquer momento, ele se sentia humilhado. Era como se ele tivesse 11 anos novamente, completamente vulnerável.

—Isso só vai me atrasar, mas não vai me impedir.—Ele respondeu, tentando parecer inabalado.—Você não vai ser um problema para sempre.

A garota concordou, com um sorriso cínico, suspirou e olhou para a garota ainda desmaiada. Percebendo que a garota estava distraída, Tom fez a única coisa que ele acreditava que poderia fazer no momento.

—Avada Ked....—Ele começou o feitiço, recebendo um olhar com uma falsa decepção da garota.

—Porque tentou me matar?—Ele ouviu a voz assustada de Murta, que estava olhando para ele de forma confusa.

Naquele momento ele travou e Celeste abriu a boca fingindo surpresa, como se não soubesse que aquilo ia acontecer, assim que percebeu que ela havia reconhecido ele.

—Ela sabe.—Celeste disse, com as duas mãos nas costas e chacoalhando a cabeça em reprovação.—Parece que eu não sou mais seu único problema, Tommy.

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Me desculpem pelos erros ortográficos que eu possa ter deixado passar!

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje!

Obs: Só lembrando que eu estou adaptando a história original para encaixar na fic.

Ps: Alterei algumas coisas e adicionei outras hoje, recomendo que releiam, estrelinhas"

Beijinhos<3


Link: https://www.letras.mus.br/j-cole/she-knows/traducao.html


*Atualizado dia 29/04/2023*



𝐄𝐌𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍𝐋𝐄𝐒𝐒 ; tom riddle.Onde histórias criam vida. Descubra agora