Sol e a Lua

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♢ Luiza Santiago ♢

Já passam das 8h da noite e finalmente chegamos em casa, Marília nos deixou e se foi...

Adentramos a mansão em meio a risadas e resmungos da minha pequena Santiago

- Ai mamãe não aguento mais, estou morta vou direto para a cama.

Cecília me empurra para dentro agarrada em minha cintura, viro o pescoço e a fito rincalhona

- A é mocinha? Então vem me dá um beijo - Ela rapidamente corre para minha frente e agarra meu pescoço, me enche de beijos - Ai sua fedida, vai amor e direto para o banho...

Digo em meio a risadas, pois seus beijos me causavam cócegas, ela concorda eu lhe dou um tapa na bunda.

- depois eu passo lá, vou pedir para Helena lhe fazer um lanche.

Ela sorri e se vai, fico a olhando subir, quando Cecília já está na metade da escada Gabriel surge e chama nossa atenção

- Enfim, as princesas lembraram que tem casa.
Sua cara de sarcasmo me dá náuseas.
_
- Não vai vim dar um abraço em seu pai querida?

Cecília me olha e depois o encara, eu abaixo os olhos, desce e vai ao seu encontro o abraçando sem vontade

- Agora pode ir princesa.

Ela ameaça vir até mim e eu nego, sem pensar duas vezes ela sobe as escadas rapidamente e some, Mamãe já havia ido para a cozinha conferir o jantar e bá ao meu lado.

- Poderia levar um lanche para Cecília bá?

Ela concorda e se retira, caminha até as escadas e sou puxada violentamente para trás

- Onde pensa que vai luzinha?

Afrontou Gabriel e puxo meu braço

- Me larga, olha o escândalo!

Ele sorriu cinicamente

- Você saiu assim?

Ergo uma sobrancelha enquanto sou fiscalizada de cima para baixo.

- Por que? Gostou?

Nega com a cabeça e começa a se alterar

- Você só pode estar brincando, olha o tamanho desse short, isso não são roupas de uma mulher casada, mãe de família andar na rua!

Fico impaciente e sinto meu sangue ferver
Bato o pé

- Chega Gabriel, eu estou cheia de você, cheia do seu machismo.

Ele me agarra e me debato

- Você me pertence Santiago, me deve obediência e você sabe, a 17 anos tenho te lembrado disso.

Nossas vozes se alteram mamãe e papai correm para onde estamos, Gabriel segura minha nuca e me beija a força, sinto lágrimas molharem meu rosto

- Largue minha filha imbecil! 

Escuto a voz de mamãe.

Ele me solta e eu vejo meu pai, vou até ele e profiro toda minha indignação

- Você viu ao que me condenou? Eu vivo em um inferno por sua culpa.

Cuspo as palavras em sua cara e ele permanece calado, me viro e subo as escadas. A voz de papai ecoa na sala após algum tempo de silêncio absoluto

- Ele é seu marido e você o deve obediência.

Viro o pescoço e as lágrimas caem sem perdão

- Vão para o inferno os dois, vocês se merecem.

Por nossos filhos Onde histórias criam vida. Descubra agora