Por nossos filhos

De volta

♢ Luiza Santiago ♢

Depois de longas horas de viagem, me encontro diante dos grandes portões da mansão Santiago.

- Ande logo com isso, eu não tenho o dia inteiro.

Gabriel que está ao meu lado no banco de trás se dirigi com um tom de voz impaciente ao motorista.

- Desculpa senhor, eu preciso aguardar a liberação para que os portões sejam abertos.

Meu marido bufá e revira os olhos eu o observo sem dizer uma palavra, segundos depois a nossa entrada é permitida e enfim, chegamos ao nosso destino.

O carro para o motorista abre a porta e eu saio, Gabriel desce do lado contrário e da a volta parando em minha frente.

- Vamos querida? - Me estende o braço e eu concordo com a cabeça - Luiza, será que Marília irá demorar a chegar com Cecília? Eu não confio muito na minha irmã.

- Calma Gabriel, Marília não é nenhuma criança e Cecília já é uma moça, sabe se cuidar, além do mais bá está com elas.

Ele concorda e adentramos a casa.

A primeira coisa que vejo ao abrir a porta é mamãe, ai que falta ela me fez todo esse tempo. Papai me proibiu de retornar à Nova York, foram longos 17 anos em Londres.
Depois de me casar o senhor Santiago induziu Gabriel de me manter lá, eu não tive escolha, pois ele me ameaçou e como meu marido é seu capacho tratou de cumprir tudo. Lá nós consolidamos morada e Gabriel administrava os negócios de sua família, os Mathaus eram os principais sócios dos Santiago.

- Até que enfim, vocês chegaram!
Mamãe veio em minha direção toda sorridente e eu abri meus braços para recebê-la em um abraço de urso.

- Mamãe que saudades.

Disse a abraçando forte

- Que saudades minha filha - Mamãe me olha e beija minha testa - onde está minha neta... hem, Luiza Santiago?

Faz carinho em meu rosto e sorrio docemente para ela

- Está com Marília mãe.

Dona Aline nem fez questão de cumprimentar o genro, pois não ia muito com a cara dele. Simplesmente o fez um aseno com a cabeça.

- Vamos sentar e você me explica essa história direito mocinha.

Concordo e vamos os três para a sala, nos acomodamos no sofá.

- Minha sogra, se permite gostaria de descansar.

Gabriel enfim se pronuncia, Mamãe o olha sem muito caso e responde

- claro, assim é bom que posso conversar com minha pequena. O quarto de vocês é o penúltimo, quase no fim do corredor.

Ele dá um sorriso de lado se levanta me dá um selinho e sobe.
- Como assim o penúltimo mãe e o meu quarto está fechado?

Questiono com uma certa curiosidade, minha suíte era a última do corredor apele lugar era meu refúgio.

- Não minha filha, seu quarto está exatamente como deixou. Ninguém tocou em nada, mas pedi para que arrumassem outro quarto para vocês o seu foi limpo e arrumado para Cecília, tenho certeza que ela fará bom aproveito.

Haa, Cecília minha pequena plantinha, era exatamente como a mim, não fisicamente, mas no modo de ser. Ela ia adorar aquele espaço.

- Com certeza mãe, ela ama livros!

Me oferece um copo de suco, hoje está realmente muito quente.

- Mas me conte, como assim ela está com Marília?