Capítulo 5 - Penúltimo

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Depois de fazermos amor, no carro, na garagem da delegacia, Lucas e eu fomos para casa e passamos o restante do dia um com o outro, fazendo coisas de casais apaixonados, vimos muitos filmes e depois dormimos. São 12:00, estou preparando a mesa para almoçarmos juntos. Lucas deve estar chegando da faculdade. A campainha toca, coloco os partos na mesa e ando até a sala, abro a porta de me deparo com Tomás.

-O...oi, Tomás. Falo um pouco surpreso com sua visita.

-Olá, Miguel. Ele diz. Não sei, sua voz me pareceu meio forçada. -Posso entrar? Pergunta.

-Claro...Digo abrindo passagem, ele entra. Fecho a porta.

-Surpreso? Pergunta vasculhando a casa com seus olhos.

-Um pouco. Rio forçado. -Por quê veio? Pergunto. Tomás me olha de cima a baixo me causando um imenso desconforto.

-O Lucas está aqui? Pergunta.

-Não...e...ele deve tá a caminho. Digo.

-Perfeito. Tomás fala. -Quero conversar a sós contigo, mesmo. Diz e se senta no sofá. -Sente. Ele fala. Me sento no sofá a frente.

-E então? Pergunto tentando saber o motivo dele ter vindo.

-Vou ser direto com você. Ele começa. -Miguel, por quê você está dando em cima do Artur? Tomás pergunta, minha mente buga na hora, como assim? Penso.

-Do que você tá falando..

-Não se faça de idiota, Miguel! Ele se exalta. Me levanto.

-Tomás, por favor, vai embora. Peço tentando manter a calma.

-Aquele dia que vocês se abraçaram, pensa que eu não vi!? Tomás insinua.

-Estávamos nos abraçando como amigo, ele só estava me dando apoio. Digo.

-Eu não sou nenhum idiota, eu vi como ele olhou pra você. Fala.

-Meu Deus, cara! Digo abismado. -Você tá vendo coisa...

-PARA COM ESSE SEU PAPINHO, GAROTO! Tomás grita e se levanta. Ele vem até mim, me afasto e fico de frente pra ele.

-Tomás, você não tá bem. Tento dizer. -O Artur e eu somos só amigos. Falo.

-Ele nunca me amou...

-Ele te ama. Falo. Tomás começa a ter crise de choro.

-NÃO AMA! ELE AINDA TE AMA! Grita. Fico assustado.

-Tomás...

-E eu não deixar você tirar o único cara que amo na vida. Tomás diz levantando a camisa e tirando um revólver da cintura.

-Não faz isso, Tomás! Falo. Minhas mãos tremem, tento disfarçar ao máximo. Tomás aponta pra mim e prepara a arma.

-TE ODEIO! VAI PRO INFERNO! Tomás grita, fecho o olhos e espero o tiro vir. Escuto um barulho e vejo a porta sendo aberta com tudo, olho e vejo Lucas entrando, ele nos olha e corre pra cima de Tomás que se afasta mas deixa a arma cair. Corro até eles, Tomás põe o pé e tropeço no chão.

-Miguel! Escuto a voz de Artur. Olho para cima, ele me levanta. Lucas também se levanta, Tomás recupera a arma e a aponta novamente para mim.

-SE AFASTEM, VOCÊS DOIS! Ele grita. Lucas me olha assustado. Tomás se encosta na parede apontando para todos nós.

-Amor, não faz isso! Artur fala.

-É pro nosso bem...Tomás diz e aponta para mim. -Morre. Ele diz. Artur me joga no chão, o barulho do tiro é ensurdecedor. Caio batendo a cabeça.

MEU GAROTO! Especial (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora