Carnaval

2 1 0
                                    

Quem inventou o carnaval e livrou foliões da culpa pelo prazer?

O carnaval teria tido suas primeiras raízes na Antiguidade, entre o Egito e a Grécia, em uma comemoração popular que vibrava com a chegada da primavera. A festa marcava o fim do longo inverno e suas vegetações mortas. Era a volta dos dias longos e do sol brilhante, dos frutos nas árvores e dos passarinhos, das flores de todas as cores, da temperatura aceitável, da água para lavar tecidos e tomar banho nos rios. Motivo para agradecer não faltava e a ocasião merecia uma festa regada a vinho e alegria. No mundo antigo, você tem as festas para Dionísio, os bacanais, onde os próprios deuses visitavam a Terra. Todas as sociedades têm festas que desmontam a ordem social.

Quando passa a ser assumidamente do povo, a pândega já era comemorada com muito entusiasmo em vários lugares. Os venezianos adotaram fantasias que lhe permitiam cometer todo tipo de excesso e loucura. As máscaras das personagens da Commedia dell'arte protegiam o rosto dos foliões e eliminavam a diferença entre sexos e classes sociais. A festividade na Itália já era tão consolidada que a partir do Século 13 já tinha sido oficializada como feriado e recebeu o nome de Carnaval.

A partir da era cristã, o Carnaval começou a ser calculado em razão do equinócio (e da Páscoa). O dia da Páscoa, por definição, é o primeiro domingo após a lua cheia que ocorre após o equinócio vernal (período que assinala a entrada da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul), e pode cair entre 22 de março e 25 de abril. Para se calcular o Carnaval, basta subtrair 47 dias do domingo de Páscoa. Isso porque são os quarenta dias que antecedem a ressurreição de Cristo, época na qual os católicos deveriam se privar de prazeres em sentimento à morte de Jesus. Como o período implicava em sacrifício, os dias que antecediam o início da Quaresma precisavam ser aproveitados com muito gosto, liberdade e prazer.

No carnaval, o prefeito pega uma pessoa que foi eleita entre os carnavalescos e o elege como rei momo, que recebe a chave da cidade e institui seu reinado durante 3 dias na cidade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No carnaval, o prefeito pega uma pessoa que foi eleita entre os carnavalescos e o elege como rei momo, que recebe a chave da cidade e institui seu reinado durante 3 dias na cidade. Você acha que o rei momo é um cara divertido, engraçado e gente boa? Não é!

O rei momo que está sendo presenteado com as chaves da cidade brasileira é um deus da Grécia antiga, que vivia de galhofas e zombaria. Ele fazia muita bagunça, atrapalhava tudo, era um deus voltado para o escárnio e para a humilhação das pessoas. Diz a mitologia grega que ele foi expulso do Olimpo. Os gregos e romanos adotaram esta figura mitológica para comemorações que envolviam orgias e bebidas. Segundo a revista eletrônica Super Interessante, "na Grécia, registros históricos dão conta que os primeiros reis Momos de que se tem notícia desfilavam em festas de orgia por volta dos séculos 5 ou 4 a.C. "

Quando o carnaval evoluiu lá pelo século XVII e XVIII, a igreja cristã católica já era razoavelmente forte no mundo, o que a igreja fez então? Ela oficializou, pegando o carnaval transformando em uma festa religiosa, tanto que o carnaval está ligado no calendário religioso da igreja católica com a páscoa, e o carnaval tem que terminar 40 dias antes da páscoa. Os foliões ficam furiosos porque quando a páscoa é muito cedo o carnaval também é muito cedo, porque o carnaval com estatuto religioso tem que terminar 40 dias antes da páscoa, da paixão de Cristo.

 Os foliões ficam furiosos porque quando a páscoa é muito cedo o carnaval também é muito cedo, porque o carnaval com estatuto religioso tem que terminar 40 dias antes da páscoa, da paixão de Cristo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As máscaras tinham o intuito de representar deuses e espíritos, muito ligados a rituais tribais e religiosos. Hoje em dia quase não se usam máscaras e tudo está escancarado. Na minha opinião, a igreja católica trazer uma festa da carne e torná-la uma festa religiosa foi um erro.

Se o carnaval, como a gente entende, só podia ser visto a partir da ideologia católica, que proibia o pecado e abria uma brechinha para o povo, essa festa móvel poderia causar problemas para a Igreja. "Naquela festa, as pessoas poderiam pecar sem culpa", explica o antropólogo daMatta. De aldeia em aldeia, as brincadeiras e comemorações variavam de acordo com a cultura local. "De festa de cunho religioso passou a ser uma festa meramente profana, na qual tudo podia ocorrer como bebedeiras e até prostituição aberta. Aí a Igreja fica em uma situação onde precisa se afastar, mas nunca totalmente. Pelo fato de que no tempo medieval tudo era regido pela religião e pela Igreja, os carnavais se realizavam dentro do espírito de alegria e de liberdade permitidas por estas instâncias. Leigos podiam se vestir de bispos e até de papas. As máscaras eram para esconder as identidades e, no fundo, para dizer que tudo na sociedade - e também na Igreja - são máscaras. Bobos somos todos que as tomamos a sério e cremos nela. Mas chega um momento que nos damos conta de que as máscaras são apenas máscaras e que os papéis sociais são criados e distribuídos conforme a vontade dos que detém o poder"

Nessa época de carnaval morrem muitas pessoas nas estradas, porque muitos dirigem embriagadas ou drogadas, além de ser uma das épocas em que mais se matam por motivos fúteis. É uma época perigosa e precisa tomar cuidado, porque vale tudo, e consequentemente muitas pessoas acabam morrendo como moscas, envolvidas em acidentes, assassinatos, overdoses, além de muitas gravidezes indesejadas, contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, adultérios e traições, gerando dramas, conflitos pessoais e familiares por causa desses 3 dias em que se vale tudo, 3 dias onde tudo está liberado, 3 dias onde satanás recebeu a permissão para fazer o que quiser. O resultado é a quarta-feira de cinzas, onde há lamento, dor, tristeza... Mas as consequências podem não durar só na quarta-feira de cinzas, mas durante toda a vida.

A questão aqui é: você vai entregar a chave da sua vida para satanás? Vai entregar a tua casa e a tua família ao diabo? Se oponha contra as atitudes da carne.

Gálatas 5:17 "¹⁷ Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um ao outro, de modo que não conseguis fazer o que quereis."

Referências:

http://gg.gg/xv1dp

Pequenas mudanças, Grandes resultados.Onde histórias criam vida. Descubra agora