29° Capítulo

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Enquanto eu ria, ela ficava sério. Exagerada.

- Para de graça Katherine ! - digo entrando e trancando a porta depois. Eu me viro e ela vira a cara. - Vem cá, minha ciumenta ! - abro os braços e nós duas rimos. - Agora vou subir, beijos baby - dou um beijo na buchecha dela e fui pro meu quarto.

Quando entro a luz está apagada como deixei. Quando acendo a luz do abajur, me surpreendo quando encontro Guilherme deitado de bruços, apenas com a cueca box cinza. Ele dorme, com os lábios entreabertos, respiração pesada.

Tiro meu tênis e depois a roupa e vou tomar uma ducha rápida. Quando saio, o vento gelado da janela bate contra meu corpo e eu me arrepio, coloco um conjunto de moletom e me deito ao lado de Guilherme. Ele abre os olhos e eu sorrio.

- São que horas ? - ele pergunta com aquela voz rouca de quem acabou de acordar, enquanto eu mexo em seus cabelos da nuca.

- Não sei. - cheguei mais perto dele e ele me envolveu em seus braços. - Desculpa ter te acordado.

Ele beijou meus cabelos.

- Você ainda quer que eu á com você amanhã na casa dos seus pais ? - ele indaga.

- Claro. Mas só se você quiser ir ...

- Vou pra qualquer lugar onde você esteja. - ele sussurra e eu me derreto.

- Amanhã eu vou ligar pra eles assim que acordar pra ver que horas devemos ir.

- Tudo bem, agora dorme. - ele beija minha testa e eu me aninho nele.

***

Acordei e senti a respiração quente dele contra meu peito. Olho pro rosto dele e faço um leve cafuné em seu cabelo.

Olho pro relógio e vejo que ainda são 05:00. Me levanto, vou até o banheiro, lavo meu rosto e prendo o cabelo. Pego meu celular, caminho até a cozinha. Como eu sei que meus pais já estão de pé essa hora, decido ligar pra eles.

Toca duas vezes e meu pai atende.

- Alô ? - ele diz

- Oi pai, como você tá ? - ele suspira e sinto ele sorrir.

- To melhor, filha. - ouço a voz da minha mãe no fundo perguntando quem era.

- Aqueles problemas se resolveram ? - eu pergunto.

- Ta se resolvendo. - ele diz.

- Será que posso ir aí hoje ? É que hoje é meu dia de folga, e eu pensei que ... - ele me interrompeu.

- Serio filha ? Claro que sim querida, venha, estamos morrendo de saudades ! - exclama ele.

- E tem outra coisa ... eu .. eu to namorando pai, e .. vou levar ele comigo. - o telefome fica mudo. - Pai ?

Ele parece voltar pra terra.

- Sim querida, desculpa, é que .. eu não tava esperando isso. - claro, é estranho pra um pai ver seu filho crescer e namorar e criar vida própria, eu entendo.

- Tudo bem, pai. Então, que horas eu posso ir ? - ouço um ruído e logo após minha mãe fala.

- Oi meu amor ! - ela fala alegre.

- Mãe , vou ir aí hoje, que horas seria mais adequado ? - ela começa a gritar e eu afastei o celular do ouvido.

- Venham agora pra você chegar a tempo pro almoço ! - adoro minha ouvir a voz alegre, ainda mais quando está tao feliz assim.

- Mãe, eu .. to namorando e .. - ela grita movamente e eu rio.

Sinto os braços fortes dele me abraçarem pela cintura e ele dar um leve beijo em meu pescoço.

EmmillyOnde histórias criam vida. Descubra agora