Capítulo 8

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Isobell Vickns

Cheguei em casa e ele estava a minha espera sentado com uma única rosa em suas mãos como no dia em que nos conhecemos. Minha secretaria que estava comigo,ao vê-lo disse: -- Vou deixá-los a sós. Ela subiu para o meu quarto, deixando a bolsa que trazia do hospital e foi embora, mais antes me disse: -- Estou indo Bel, mais daqui a 1 hora eu volto, e sua vó já está a caminho.

--Amor, fiquei tão preocupado, sente aqui vamos conversar. --Disse Emmet me carregando delicadamente até o sofá.
Observei-o enquanto falava comigo, o que ele estava fazendo aqui? Tudo foi culpa dele, se ele não tivesse feito aquilo e me deixado tão nervosa isso não teria acontecido. -Pensava comigo mesma, estava chateada mais ele não parecia se importar.
--Trouxe essa rosa pra você! - Fala estendendo-o para mim. Fico ainda mais zangada . --Será que não vê? Estou assim por causa de você! !
-- O que Isobell?  Você está me julgando? --Fala um Emmet se enchendo de raiva. -- Eu chego aqui todo carinhoso, perguntando como você está, te dou uma rosa e você vem me culpar? Não tenho culpa se você é tão desastrada, quem estava andando em alta velocidade era você!! --Falou a última frase em alto som.
Comecei a chorar de raiva, como ele podia me tratar daquela forma! Me levantei mancando indo em direção ao quarto mais ele consegue ser mais rápido e me coloca no sofá novamente. -- Emmet, sinto muito mais não estou em condições de conversar com você .
-- Olha Bel depois que desliguei o celular senti um aperto forte no coração como um pressentimento ruim e me bateu um arrependimento e quis falar com você mais o orgulho foi maior não me deixando te ligar. Fui o primeiro a saber da notícia, pois encontraram seu celular quase intacto, quando me ligaram fui correndo te ver e avisei a todos inclusive seu pai e a imprensa.
--- Você disse o que pra imprensa em?  --- Indignei -me
--- Calma, as pessoas não podiam ficar sem saber de nada, estavam te esperando no evento, então fui e avisei que tinha acontecido um acidente com você, mas os acalmei para não ter nenhuma interrupção no hospital. Pode ver nos jornais e revistas que estão em cima do centro aí ao lado.--- Fala ele me mostrando uma pilha de revistas e jornais.

Comecei a folhear as revistas e jornais, estavam todas com meu nome em destaque falando do acidente e me surpreendi ao ver as fotos e a credibilidade que eles estavam dando ao ocorrido.
Sem querer deixo escorregar uma revista que ao cair no chão abre na página da manchete, e meu coração acelera quando vejo seus olhos novamente, livro-me de tudo que ocupava minhas mãos e apanho aquela revista focando naquele rosto que um dia vi, e lá encontro seu nome, Connor Leon, ou melhor Doutor Leon. Ao me ver tão focada na foto dele, sem pensar duas vezes Emmet toma a revista olha para a foto e me pergunta:
--- De onde você o conhece?
--- Não o conheço, só o vi no hospital. --- Falo com minha mente repleta de recordações.
--- Tem certeza? Você o viu e ficou estranha. --- Fala ele cheio de desconfianças.
--- Eu apenas estou cansada, vou para o meu quarto descansar um pouco.--- Enquanto falo tento subir as escadas.
--- Espere, deixe eu te fazer companhia hoje, você não pode ficar subindo e descendo essas escadas e com certeza vai precisar de algo, muito menos sua avó que também não pode fazer tanto esforço assim!
--- Não é necessário! ---Retruquei, mas como se não tivesse me ouvido coloca meus braços ao redor do seu pescoço e segura forte em minha cintura me ajudando a subir e só me soltando para abrir a porta do meu quarto, mas quando ele delicadamente vai retirando o meu braço de seu pescoço nossos rostos se encontram ao ponto que fiquemos ofegantes pela sensação da proximidade; então ele fala com os seus lábios quase encostando nos meus:
--- Tem certeza que não quer que eu fique?
Ele me puxava pela cintura para mais perto dele tentando me convencer, claro ele sabendo que eu estava fraquinha e talvez sem querer eu me deixasse levar e o beijasse, sem querer... Mas de repente, fui salva pela campainha que tocou duas vezes me fazendo perceber o que eu estava prestes a fazer; me afastando num impulso digo:
--- Minha avó! Tem que abrir para ela.
--- Ela pode esperar um pouco! --- Fala ele tentando me agarrar novamente, mas eu entro em meu quarto segurando a porta para ele não entrar e respondo:
--- Obrigada pela ajuda, mas prefiro estar na companhia da minha avó do que mais um instante na sua. Ah, e quando sair pode entregar a chave reserva que você tem para ela, não se esqueça que não estamos mais juntos e nestes momento eu quero ter privacidadeacidade, principalmente de você!
Fecho a porta o deixando no vácuo e bato minha cabeça nela percebendo o que quase acabou de acontecer. De repente ouço a voz da minha vó na porta.
--- Minha filha abra, sou eu! Aquele brutamontes já foi embora!
Abro a porta não acreditando no que acabo de ouvir sair da boca dela.
--- Brutamontes? Vó... como assim?
Ela foi me acompanhando até a cama e me dizendo:
--- E você acha que sua vozinha nasceu ontem é? Posso saber não muita coisa mas tenho alguns contatos e consegui pegar o seu celular e ouvir toda a conversa que você teve com ele antes do acidente, e antes que você me pergunte, não sei como mas você gravou toda a conversa. Esse rapaz conseguiu nos enganar mas ele vai ver só, mexeu com a minha menina, mexeu comigo!
  Mesmo impressionada com o que ela dizia consegui soltar um riso pela sua bravura, seu rostinho de determinação me enchia de tranquilidade, era como se minha mãe estivesse ali comigo, cuidando de mim, e durante a recuperação eu a queria sempre ao meu lado pois com ela eu me sentia segura.

..
No dia seguinte recebo uma visita inesperada, o que ele veio fazer aqui? Será que o acidente nos trouxe um pouco de proximidade?.....

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