O grupo eventualmente se reúne. O sol finalmente se põe, e uma sensação de paz preenche os corações de todos presentes. Em frente ao portão da mansão, uma multidão de humanos, elfos, e um ou dois anões descansam no jardim, assistindo o nascer do sol. Vanir, o avô de Lewis, faz um sinal para Minerva, chamando-a pra perto.

"Pois não?" Ela pergunta educadamente. Vanir é o novo empregador de seu grupo, afinal.

"Eu tenho mais uma missão para o seu grupo." O velho senhor murmura, ajustando sua posição na grama. "O que vocês fizeram agora é o suficiente para serem recomendados para a classificação de aventureiro prata, e o dinheiro não será um problema por uns tempos, imagino. Mas se vocês aceitarem, Lewis ficaria muito grato." Vanir dá um sorrisinho pra Minerva, e olha na direção de Lewis, que está de costas pros dois, conversando com um casal.

"O que você quer dizer com...." Minerva finge ignorância, e desvia o olhar.

"Relaxa meu bem, eu aprovo! Bem que meu neto precisa se aventurar um pouco além do dia-a-dia chato de padre!" Vanir junta as duas mãos e faz um gesto de "ok" com uma mão, e atravessa o "ok" com o dedo indicador da outra mão. Minerva, suprimindo um sorriso, cruza os braços.

"E qual seria a missão?"

"Um duque que frequentemente visitava o conde Brickell continuou visitando o vilarejo após a morte do conde. Às vezes, ele vinha pra igreja, e conversava com Lewis. Eles eram grandes amigos, mas..." Vanir para por um momento, olhando pro neto novamente. "Três dias atrás, o duque de Vlambeer disse que tentaria entrar na mansão do conde Brickell. Tentar trazer algo especial de lá. Ele entrou com um par de aventureiros contratados, mas não retornou. Todos sabemos que monstros se aninharam dentro da mansão. Só não temos alguém capaz para entrar, e expulsar as criaturas de lá."

"Então a missão é exterminar os monstros de lá?"

"Não. O ninho deles é um pouco mais distante da mansão. A rainha deles, pelo menos. Ou rei...?" a mente de Vanir vaga, até que Minerva chama sua atenção.

"E o que o duque tem a ver com tudo isso?"

"Ele dizia algo sobre uma passagem subterrânea. Um túnel abaixo do hall de entrada da mansão. Se vocês entrarem na mansão e encontrarem o túmulo, podem chegar no ninho deles. Meu pedido é simples. Matem o que quer que tem criado essas criaturas. Minha oferta é de oito moedas de ouro."

"Posso conversar com os meus parceiros. Acredito que seja possível. Precisamos descansar primeiro, mas possível." Minerva sorri para Vanir, e vai atrás de Callie e Ragnar, que estão assistindo ao pôr do sol juntos.

"Tenho boas notícias!" Ela se senta ao lado do casal. "O velhinho ali nos ofereceu uma missão pagando oito moedas de ouro! É só matar mais um monstro!"

"Olha cara, eu tô dentro, mas eu preciso descansar um pouco." Ragnar suspira.

"Descansar o quê, seu filho da puta?! Você só deu um tiro e todo o resto do trabalho foi nosso!" Callie dá um soco no braço de Ragnar, que dá uma risada.

"Enfim!" Ele muda de assunto. "Que tal partirmos depois de um descanso? Pelo menos um soninho de duas horas..."

"É, eu preciso descansar também." Minerva suspira. "Gastei praticamente toda a minha magia curativa depois da luta agora a pouco. Não quero arriscar deixar a magia fluir de forma errada e explodir na minha cara."

"Então a gente vai dormir na nossa barraca, e você pode ficar solteira na seca aí, ok?" Callie cutuca as costelas de Minerva, fazendo um comentário maldoso.

"Uau." Minerva solta um suspiro tão azedo, que poderia matar alguém. "Muito engraçado."

Minerva, não vendo necessidade em montar uma barraca para um descanso curto, se deita na grama, e fecha os olhos. A sombra humanoide de seu sonho aparece em sua mente.

A TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora