Capitulo 1 QUEM SOU EU?

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Ele acabara de acordar, sem saber quanto tempo havia dormido. Estava em um local fechado e meio escuro com algumas poucas faixas de luz que lhe permitiam distinguir que o lugar onde estava era espaçoso, continha 2 veículos militares e muitas caixas de metal empilhadas, estava sozinho e percebeu que estava sendo observado pela câmera de segurança, preferiu fingir que não havia notado a vigilância e continuou a examinar o local, pode ver ainda um armário em um dos cantos, trancado e com algumas metralhadoras dentro, e por um minuto se perguntou se estaria em algum quartel general do exército e oque poderia ter feito de errado já que estava com um dos pés acorrentado a uma grossa barra de ferro que ia do chão até o teto sem nenhuma fresta por onde ele pudesse fazê-la escapar. Pensamento que sumiu de sua mente quando as luzes se acenderam totalmente, revelando uma porta que se abria a sua direita.

Pela porta passou um grupo de 3 homens, todos eles de máscaras e vestimentas de combate. Entraram e ficaram o observando durante um tempo sem dizer uma única palavra... Até que o silêncio foi rompido e um deles o mais alto perguntou:
_quem é você? se lembra de alguma coisa?
Ele com os olhos meio fechados, se acostumando ainda com a claridade olhou-os de cima abaixo desafiadoramente e preferiu não responder...
A pergunta foi feita novamente, mas desta vez depois de um soco forte no rosto que o deixou desorientado.
Ele novamente não respondeu...
O homem então olhou-o e disse em tom de incredulidade:
__ bem que me disseram que você era durão apesar da idade... Em alguns lugares isso te torna mais forte... Aqui fará de você um saco de pancadas.
E os 3 homens saíram de perto dele da mesma maneira que chegaram, sem dizer mais nenhuma palavra simplesmente fecharam a porta atrás de si, jogando-o novamente na escuridão.

Sozinho novamente, ele finalmente considerou que não sabia quem era e se fez mentalmente uma clássica pergunta, QUEM SOU EU?. Por mais que tentasse, não conseguia lembrar nada a respeito de si mesmo, nem nome, um conhecido, nem mesmo oque estava fazendo antes de acordar...
Procurou em seus bolsos e nada, tudo que ele tinha era uma medalha em formato circular presa ao seu pescoço, sem nenhuma inscrição ou gravura
Lisa dos dois lados.

Estava vestido de calça jeans, um tênis da moda, camisa social azul com mangas 3/4 , e uma camiseta branca por baixo, a medalha em volta do pescoço e só.

Enquanto se examinava percebeu uns solavancos e pode notar que se moviam rápido e começavam a diminuir a velocidade, sentia que não estava se movendo no chão, a falta de vibração o fez imaginar que deveria ser um avião daqueles utilizados em transporte, talvez transporte militar nesse caso...

Quando finalmente pararam... A porta se abriu novamente, as luzes também se ascenderam é um dos homens que haviam o visitado um tempo antes veio até ele e algemou suas mãos atrás cas costas além de colocar-lhe um capuz, não era possível enxergar através do tecido escuro do capuz, e seus ouvidos pouco treinados não conseguiam distinguir os sons que ouvia com clareza, desses ruídos um se destacou que foi o estrondo vindo da abertura da comporta do veículo onde se encontrava, o homem de maneira ríspida disse:
__levante-se garoto sem nome... Vamos dar um passeio.
Ele apenas se levantou, ajudado pela figura anônima que o ordenara e caminhou na direção que era empurrado...

Enquanto caminhava ouvia muitas vozes, muita gritaria, porém não conseguia distinguir oque era dito, era um dialeto que ele jamais havia escutado antes, nem mesmo em filmes. Pelo tom utilizado nos diálogos pode perceber, que eram ordens e ficou imaginando oque seriam aquelas ordens, pensou mais um pouco e estremeceu com a ideia de que talvez aquelas fosse pendes para matá-lo, pensamento que logo foi colocado de lado pois pensou que se fossem matá-lo ja o teriam feito, não seria necessária uma viagem longa para isso.

Após ser conduzido por um longo caminho, incluindo uma caminhada em terreno de terra e irregular, onde tropeçou e caiu muitas vezes, uma longa escadaria e locais escuros e úmidos, finalmente ele ouviu o barulho de uma porta se abrindo, foi introduzido pela passagem, suas algemas foram retiradas e ouviu a porta se fechar atrás de si, retirou o capuz e ficou atônito, estava agora preso em uma cela de pedra minúscula, ele podia ver uma pequena cama esfarrapada a sua esquerda, duas tábuas na parede como se fossem prateleiras, e um buraco no chão que deduziu ser seu "banheiro", havia uma tocha pendurada sobre o "banheiro" que tentava inutilmente iluminar bem o local e nada mais.

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