EU ESTRAGUEI DE NOVO

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É como se fosse um poder,
E nem se que,
Consigo controlá-lo,
É ruim,

Porque sempre acabo sozinha,
Em um grande,
Deserto,
Que areia é transformada,

Em rios,
Silenciosos,
Que transbordão,
De teor,

Melancólico,
Que derramam,
Em um leito,
Triste e vago,

Que me levam,
Cada vez,
Mais longe de mim,
Daquilo que fui,

Um dia,
E que jamais,
Voltará,
Para ser,

O que deve ser,
O derramo,
O que se foi,
E perco o que já existiu,

Por que?
Passou a ser,
Distante,
E distinto,

O meu caminho,
E a minha missão,
De ser assim,
E perco no fraco ser derramado.

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