𝙊 𝙎𝙀𝙌𝙐𝙀𝙎𝙏𝙍𝙊 ᵍᵃᵇʳⁱᵉˡ ˡᵉˢˢᵃ [✔︎]

Capítulo 58

S/n Bittencourt

Os treinos já haviam acabado e eu estava fora da faculdade só olhando os carros passarem em alta velocidade.

- Sozinha uma hora dessas?. - Ouço aquela voz que reconheço em qualquer lugar.

- Sim, não estou afim de ir pra casa. - Digo.

- Mas tá ficando tarde e vai ficar perigoso pra você. - Gabriel se senta ao meu lado.

- Depois que eu te reencontrei, não tenho medo mais de nada. - Ri de leve.

- Boto fé. - Ele ri.

O vento frio bagunçava meus cabelos e me fazia ficar arrepiada.

- Vou pra casa. - Ele disse se levantando. - Não quer vir comigo?. - Gabriel pergunta.

- Pode ser, mas não posso demorar. - me levanto e eu sigo o mesmo até seu carro.

Fomos o caminho inteiro em silêncio numa paz imensa.

- S/n?. - Syaz disse surpreso ao me ver.

- Eai, tá bem?. - pergunto.

- Tô bem e tu'?. - Syaz pergunta com um pacote de salgadinho nas mãos.

- Tô bem. - digo

- PORRA. - Ouço Saymon gritar. - Invadiram o nosso galpão, vários mortos. - Saymon chega na sala desesperado.

- NÃO NÃO, e os seguranças?. - Gabriel pergunta.

- Mortos também. - Saymom disse com uma G18 nas mãos.

Ok isso tá começando a ficar assustador.

- Façam vistoria suprema na casa da minha mãe. AGORA. - Gabriel grita com uma espécie de telefone na mão.

Caralho, o que eu faço agora?

- Você. - Gabriel aponta pra mim. - Fica aqui e se esconda em um local seguro. - Ele me entrega uma outra pistola.

Nunca disparei uma arma ou se quer tocado em uma.

- Caso alguém invada aqui, atire!. - Gabriel disse rápido.

- Eu... - Minha voz sai totalmente trêmula e falha. - Não sei fazer isso. - Digo alto.

- Aprenda. - Gabriel disse rude.

Nobru, Saymon, Godkiil e alguns outros meninos correm pra fora do apartamento.

Gabriel vem até mim lentamente, logo depositando um selinho demorado em meus lábios.

- Amo você e toma cuidado. - Ele disse firme.

- Você também.. - digo quase em um sussurro.

Ele sai correndo e eu vou pro quarto.

O que eu faço agora? Estou sozinha, em um apartamento de gangster's, dos mais piores ainda por cima.

Confesso, quando eu disse que eu havia perdido o medo de tudo quando eu reencontrei Gabriel, eu Menti. Eu tenho medo de tudo, porque tudo pode acontecer comigo.

Meu namorado é um fora da lei, ele é assassino, mas a gente não escolhe quem a gente ama.

Agora eu estou sentada na cama, chorando muito.

De repente eu ouço um estrondo muito alto e algumas vozes vindo da sala. Corro até o armário (Closet) e me escondo lá, na tentativa de respirar fundo e não gritar.

" não grita S/n, não grita " meu subconsciente fala.

- Não tem ninguém aqui!. - Ouço um dos caras falar.

- Não é possível!. - Ouço a voz de Adam ecoar pelo closet.

- Alguém contou a eles sobre a invasão. - Um cara disse.

- Mas como? Nós nos certificamos se tinha alguém vivo e todos estavam mortos. - Adam disse aparentemente Bravo.

Coloco a mão na boca ao ouvir um barulho de tiro do meu lado. Ele havia dado um tiro na porta do closet, mas do lado oposto que eu tava.

- Eles devem ter ido ao galpão. - Um cara disse.

- Espera. - Adam disse com Suspense. - E essa sandália feminina?. - Porra, eu esqueci meu chinelo do lado de fora do armário.

A porta abre bruscamente e por sorte a parte do armário que eu estava tinha um espaço enorme, ou seja, tinha mais espaço atrás de mim.

Assim eu fiz, me afastei com muito cuidado e tentei me camuflar com aquelas roupas.

- Esquece.. não tem ninguém aqui, ela deve ter ido com eles. - Adam bate a porta com muita raiva.

Até que emfim eu posso voltar a respirar.

Não demorou muito para eu sentir um incômodo muito forte na perna, caralho, eu havia levado um Tiro. UM TIRO.

Tentei ao máximo não gritar ao sentir aquela dor insuportável, mas foi em vão, eu dei um pequeno grito ao sentir uma peça de roupa cair em cima do machucado.

- Ouviram isso?. - Adam disse, Agora fudeu, vou morrer.

- Não senhor, não ouvi nada. - Suspiro aliviada ao ouvir aquilo.

Adam abriu a porta do armário novamente só que agora com a lanterna do celular ligada.

- Te achei, Vadia. - Adam disse ao puxar meu cabelo.