— Como vamos fazer agora? — Perguntou o azulado.
— Você vai fazer uma carta com o que tanto quer e eu vou entregar — Disse.
— É muito simples e suspeito — Digo pensando em algo.
— Tem algo em mente? — Pergunta encostado na mesa.
— Seria bom que a carta estivesse em alguma cena de crime...— Digo.
— Pensei que não ia matar mais ninguém — Disse sorrindo para mim.
— Eu disse, mas não prometi — Digo brincando.
— Você realmente não tem jeito — Balançou a cabeça negativamente sorrindo — Certo! Quem seria sua vítima? — Perguntou.
— Segredo! — Digo sorrindo cobrindo os lábios.
— Nas histórias que eu li, sempre que falam isso alguém morre — Diz aflito.
— Histórias são histórias Karma — Digo me aproximando, parando em sua frente — E não é tão facíl me matar assim.
— Vou acreditar — Diz me puxando pela cintura e selando nossos lábios, em um beijo calmo.
[...]
São 17:00 e já estou de saída, pelo visto tive que revisar algumas cenas e ir ao laboratório, como sempre nada. Ele é realmente bom nisso. Mas me sinto incomodado com isso, talvez um mal pressentimento? Vou na casa dele, ver como está.
— Detetive! Detetive! — Alguém me grita. Me viro e vejo um dos policiais correndo até mim.
— Aconteceu algo? — pergunto direto, já presumindo o que seria, peço para que seja só a carta... só ela, por favor.
— Encontramos algo! — Ele diz, logo entrando de novo no enorme prédio.
— O que encontraram? — Pergunto, tenho que manter certa indiferença.
— Uma carta na cena do crime — Diz com raiva — Se tivéssemos chegado alguns segundos antes, teríamos pego quem fez isso. Ele foi executado agora a pouco, ninguém viu nada suspeito, esse desgraçado é bom.
Seguro um suspiro de alívio, deveria acreditar mais em Nagisa, passamos anos separados e não sei como ele é agora, espero descobrir tudo sobre ele.
— No que diz na carta? — Pergunto.
— Bobagens! Direitos iguais e bla bla bla, diz que só vai parar com os assassinatos se tudo isso for realizado — Me entregou a carta e vejo letras de livros e jornais cortadas, formando frases.
— Pretende realizá-los? — Pergunto esperando uma afirmação.
— Serei obrigado, ele nos deu um prazo de 2 meses, até lá sem assassinatos — Falou massageando as têmporas — Já mandei um relatório, logo logo tudo virá ao público.
— Certo, devo investigar a cena? — Pergunto, mas na verdade quero ir embora.
— Não precisa, não tem um rastro sequer, tudo em perfeito estado, fui visitá-lo e o encontrei morto.
— Entendo — Digo — E sobre o assassino?
— Na carta diz que ele vai sumir, agora pra onde eu não sei, não continuando esses assassinatos... — Continua — E de qualquer forma ele é bom, se não conseguimos o pegar antes imagina agora. Pode ir senhor Karma, era só isso.
Me retiro da sala e vou em direção a casa de Nagisa, o mais rápido que posso.
[...]
— Nagisa! — Exclamo assim que entro, o puxando para um abraço quando fecho a porta.
— Gostou da carta? — Perguntou rindo, retribuindo o abraço.
— Gostei — Digo abaixando a cabeça para olhar ele — Deu tudo certo, logo irão avisar a todos.
— Que bom! — Diz escondendo o rosto no meu peito.
Levanto o queixo dele, e logo tomo seus lábios em um beijo singelo.
— Você quase foi pego... mas fico feliz que deu tudo certo.
— Eu sei — Riu — Fazia parte do plano.
[...]
Meses depois um aviso foi dado e as leis foram implantadas e modificadas. Assim tendo o que finalmente queria.
Os dois começaram um romance, viajando por onde podiam. Aproveitando a vida deles juntos.
Fim.
Nagisa queria uma revolução, queria direitos, igualdade. Não importa os meios, conseguiria ter-los. Karma acha que o jeito que o azulado faz é errado, mas mesmo assim ajuda ele...só que de outro jeito; O jeito politicamente correto.
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Serpiente
FanfictionNagisa queria uma revolução, queria direitos, igualdade. Não importa os meios, conseguiria tê-los. Karma acha que o jeito que o azulado faz é errado, mas mesmo assim ajuda ele...só que de outro jeito; O jeito politicamente correto. Historia também s...