5° Capítulo; A carta.

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— Como vamos fazer agora? — Perguntou o azulado.

— Você vai fazer uma carta com o que tanto quer e eu vou entregar — Disse.

— É muito simples e suspeito — Digo pensando em algo.

— Tem algo em mente? — Pergunta encostado na mesa.

— Seria bom que a carta estivesse em alguma cena de crime...— Digo.

— Pensei que não ia matar mais ninguém — Disse sorrindo para mim.

— Eu disse, mas não prometi — Digo brincando.

— Você realmente não tem jeito — Balançou a cabeça negativamente sorrindo — Certo! Quem seria sua vítima? — Perguntou.

— Segredo! — Digo sorrindo cobrindo os lábios.

— Nas histórias que eu li, sempre que falam isso alguém morre — Diz aflito.

— Histórias são histórias Karma — Digo me aproximando, parando em sua frente — E não é tão facíl me matar assim.

— Vou acreditar — Diz me puxando pela cintura e selando nossos lábios, em um beijo calmo.

[...]

São 17:00 e já estou de saída, pelo visto tive que revisar algumas cenas e ir ao laboratório, como sempre nada. Ele é realmente bom nisso. Mas me sinto incomodado com isso, talvez um mal pressentimento? Vou na casa dele, ver como está.

— Detetive! Detetive! — Alguém me grita. Me viro e vejo um dos policiais correndo até mim.

— Aconteceu algo? — pergunto direto, já presumindo o que seria, peço para que seja só a carta... só ela, por favor.

— Encontramos algo! — Ele diz, logo entrando de novo no enorme prédio.

— O que encontraram? — Pergunto, tenho que manter certa indiferença.

— Uma carta na cena do crime — Diz com raiva — Se tivéssemos chegado alguns segundos antes, teríamos pego quem fez isso. Ele foi executado agora a pouco, ninguém viu nada suspeito, esse desgraçado é bom.

Seguro um suspiro de alívio, deveria acreditar mais em Nagisa, passamos anos separados e não sei como ele é agora, espero descobrir tudo sobre ele.

— No que diz na carta? — Pergunto.

— Bobagens! Direitos iguais e bla bla bla, diz que só vai parar com os assassinatos se tudo isso for realizado — Me entregou a carta e vejo letras de livros e jornais cortadas, formando frases.

— Pretende realizá-los? — Pergunto esperando uma afirmação.

— Serei obrigado, ele nos deu um prazo de 2 meses, até lá sem assassinatos — Falou massageando as têmporas — Já mandei um relatório, logo logo tudo virá ao público.

— Certo, devo investigar a cena? — Pergunto, mas na verdade quero ir embora.

— Não precisa, não tem um rastro sequer, tudo em perfeito estado, fui visitá-lo e o encontrei morto.

— Entendo — Digo — E sobre o assassino?

— Na carta diz que ele vai sumir, agora pra onde eu não sei, não continuando esses assassinatos... — Continua — E de qualquer forma ele é bom, se não conseguimos o pegar antes imagina agora. Pode ir senhor Karma, era só isso.

Me retiro da sala e vou em direção a casa de Nagisa, o mais rápido que posso.

[...]

— Nagisa! — Exclamo assim que entro, o puxando para um abraço quando fecho a porta.

— Gostou da carta? — Perguntou rindo, retribuindo o abraço.

— Gostei — Digo abaixando a cabeça para olhar ele — Deu tudo certo, logo irão avisar a todos.

— Que bom! — Diz escondendo o rosto no meu peito.

Levanto o queixo dele, e logo tomo seus lábios em um beijo singelo.

— Você quase foi pego... mas fico feliz que deu tudo certo.

— Eu sei — Riu — Fazia parte do plano.

[...]

Meses depois um aviso foi dado e as leis foram implantadas e modificadas. Assim tendo o que finalmente queria.

Os dois começaram um romance, viajando por onde podiam. Aproveitando a vida deles juntos.

                                                                                          Fim.

Nagisa queria uma revolução, queria direitos, igualdade. Não importa os meios, conseguiria ter-los. Karma acha que o jeito que o azulado faz é errado, mas mesmo assim ajuda ele...só que de outro jeito; O jeito politicamente correto. 

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⏰ Última atualização: Mar 16, 2022 ⏰

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