Conhecido como Doctor Candy, Naruto é um médico respeitado por seus colegas e amado por seus pacientes. Ele pensava estar satisfeito com a vida: tinha pais amorosos, amigos que se importavam com seu bem-estar e o trabalho que sempre sonhou. Afinal...
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Naruto deu uma voltinha.
Então deu mais uma. Depois, agitou as mangas e experimentou balançá-las. Um riso encantado deixou seus lábios ao sentir a fluidez do tecido; leve e sedoso à pele, tornou a sensação de vesti-lo agradável de um jeito que Naruto experimentou poucas vezes com outras roupas. Em sucintas palavras, era uma das roupas mais bonitas que já vestira.
Apesar de gostar, não era exatamente o maior fã de vestes tradicionais, ainda mais por elas, em sua maioria, restringirem muito o movimento. Havia adorado a que vestira: um kimono que se alternava entre tons de laranja e preto — suas cores preferidas, como Sasuke descobrira não sabia — com lindos desenhos de flores ornando o tecido a partir das bordas e se interligando em sua fina cintura, que estava enfeitada com um obi preto. Gostara especialmente das mangas. Eram grandes o suficiente para alcançarem sua cintura, e toda vez que girava, elas pareciam redemoinhos ao redor de seu corpo.
Com a roupa, se sentia em uma fantasia histórica.
— Woah!
Naruto virou com um sorriso para pegar um Menma espião no flagra.
— Espiando a mamãe outra vez, bebê?
— Mamãe sempre demora. — Menma tratou de se isentar da culpa e se aproximou dele com os olhinhos brilhando de admiração. — Woah...
Naruto teve que prender um riso com a repetição adorável. Se ajoelhou na altura do garotinho e pacientemente esperou que ele chegasse perto o suficiente para poder segurá-lo. Menma usava roupas tradicionais também, um adorável kimono azul bebê que o deixava muito mais encantador que o normal. Havia o símbolo da família Uchiha nas costas, grande e orgulhoso. O vermelho intenso destoava-se um pouco do resto do azul, mas não deixava a roupa menos bonita. O próprio kimono de Naruto tinha o símbolo da família Uchiha situado nas costas, assim como o de Menma.
— O que foi, bebê?
— Bonito. — Menma estendeu a mãozinha nanica para tocar sua bochecha e traçou os dedinhos em sua pele com fascínio. — O mais bonito!
— Eu sou?
— Mn! — assentiu energicamente. — Mamãe parece uma fadinha.
— Ah, não sou mais um anjo? — fingiu decepção.
— Ainda é! Mamãe pode ser um anjinho e uma fadinha.
— Por que uma fadinha?
— Porque — Menma franziu o cenho para pensar. — Mamãe é bonito como uma e as fadinhas ajudam os outros, assim como a mamãe! — Naruto tinha quase certeza de que Menma estava se baseando em algum filme da Tinker Bell. — E... ah! Fadinhas são pequenas e o papai sempre diz que você é pequenininho, mamãe.
Ah, pronto.
— Não sou pequenininho, filhote. — Sabia ser bem infantil rebater algo assim, mas vamos lá, não podia deixar seu bebê pensar que era um nanico. Já bastava Sasuke zombar dele por isso, como se fosse alguma espécie de cotoco ambulante. Não era baixo, só era menor que Sasuke.
