☘️ sobre ômegas e incondicionalidade ☘️

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A sensação de lábios pressionados em sua bochecha formigou seu corpo durante todo o tempo em que passou perdido no mundo dos sonhos

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A sensação de lábios pressionados em sua bochecha formigou seu corpo durante todo o tempo em que passou perdido no mundo dos sonhos.

Não podia afirmar com certeza em que momento lhe foi dado o ato doce ou quando exatamente ele ocorreu, mas seus sonhos ficaram ainda mais calorosos no momento em que o sentiu. Inconscientemente, esse calor permaneceu alojado em seu peito por horas. Mesmo quando abriu os olhos, com os sonhos alegres findados e sua passeata pelas terras de Morfeu encerrada, o calor não foi embora. Se possível, ele apenas aumentou, pois sabia agora o motivo de ter sentido a pele formigar. Um beijo era o porquê; beijo este que gentilmente recebeu enquanto ainda dormia. Não precisava pensar muito para descobrir quem foi o autor dele. Conhecia a sensação dos lábios dele após beijá-lo pelo que pareceram horas noite passada.

Sua mão pousou na bochecha beijada e o toque fantasma que de algum modo ainda podia sentir fez com que uma onda de sentimentos o devastasse. Suas bochechas se pincelaram de rosa claro. Quando seus dedos vagaram da bochecha para os lábios, o vermelho explodiu como uma lata de tinta travessa caindo sobre uma pintura de Proporção Áurea irretocável.

Beijara Sasuke.

Não uma ou duas vezes, nem por acidente. Beijara Sasuke por livre e espontânea vontade, porque quis, porque ansiou. E, oh, se tivesse sido apenas isso... Mas um beijo entre eles jamais poderia ser apenas um beijo. Se não tivesse sido acompanhado por tsunamis infestados de sentimentos e, finalmente, a realização deles, não poderia ter sido um beijo deles. Naruto havia jurado de pés juntos e coração teimoso que não se casaria com Sasuke — meses depois, se pegou dizendo um grande sim sem hesitar ao pedido de casamento brincalhão dele. Se o alfa não fosse um romântico incorrigível, estariam noivos ao invés de estarem namorando.

Oh.

Estavam namorando.

Naruto guinchou e se virou na cama, aproveitando o fato de estar sozinho para agir como um adolescente beijado pelo primeiro amor, com direito a gritos no travesseiro e braços batendo nos lençóis. Morreria de vergonha se alguém o pegasse assim — era um adulto de vinte e cinco anos, por Deus —, mas estava sozinho, portanto tinha o direito de surtar um pouquinho. Verdade fosse dita, sua genuína vontade era de surtar muito, porém, ainda precisava saber onde seu namorado e seu bebê haviam se metido.

Precisava conversar com Sasuke sobre essa mania que o alfa tinha de abandoná-lo. Tudo bem, era apenas a segunda vez que acontecia, porque era a segunda vez que dormiam juntos, sem contar com a do jatinho, mas bastava para Naruto. Queria acordar no abraço de seu alfa, com seu bebezinho e os ronquinhos adoráveis dele. Acordar sozinho era péssimo, mas Sasuke não sabia que ele se sentia mal com isso e Naruto não podia achar ruim. Simplesmente conversaria com o alfa. Sabia que ele o entenderia, mesmo que fosse um pouquinho egoísta de sua parte fazê-lo ficar na cama por sua causa. Para Sasuke, uma pessoa proativa e apreciadora da arte de cumprir as obrigações o mais breve possível, ficar preso à cama era insuportável.

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