Casamento, união e troca de promessas entre duas pessoas que se amam, ou pelo menos é o que se espera.
Lá estava eu, não aguentava mais estar dentro daquele vestido ridículo, odiando aquele dia com todas as minhas forças.
E quando eu menos esperava era a hora, a minha hora, minha entrada, todos olhando pra mim, aquela música enjoativa tocando, Regulus do altar olhando pra mim com uma mistura de tristeza e desapontamento.
Sei que em outra situação ele olharia pra mim da forma mais doce e depois diria que nunca viu um ser tão lindo quanto eu naquele momento, mesmo eu estando parecendo uma manga em decomposição.
Daria toda a magia do meu ser para fugir daquele momento.
Pelos céus, onde estava com a cabeça quando concordei com isso? Um casamento?!
Na verdade, não era só um simples casamento. Era ele quem estaria se casando. Regulus Black. Basicamente o meu melhor amigo da minha existência inteira.
Mas para a minha ruína, não era eu quem estaria casando com ele.
Uma garota rica, puro-sangue aleatória, que a família Black encontrou para o Regulus.
Imagine o meu desgosto e surpresa quando Walburga entra no quarto de Regulus, no qual estávamos conversando, e depois de lançar a sua pior careta para mim, sorri forçado em direção ao garoto e diz que Anna Fawley estava na sala de visitas esperando para conhecê-lo.
Meu corpo ficou tenso e quase tive um colapso quando eu ouvi aquelas oito palavras saírem de sua boca.
- Regulus, venha conhecer sua noiva e futura esposa.
Não sei quem estava mais pálido, eu ou Regulus. Ele olhou pra mim, pude ver o pânico em seu olhar. Senti quando sua mão encostou na minha e ele a segurou com força.
Walburga baixou o olhar para nossas mãos unidas e sorriu - o sorriso mais perturbador que eu vi - e falou.
- Vá embora da minha casa, mestiça imunda. Regulus agora é um homem comprometido e não preciso mais tolerar a sua presença aqui. Vá e não volte.
Senti todo o meu corpo fervilhar de ódio. Como ela ousa? Aquele maltido verme-cego.
Meu coração afundou quando Reg enfrentou sua mãe para me defender e Walburga lançou a maldição Cruciatus nele, nada que fizesse ele cair ou desmaiar, mas apenas para lhe ensinar uma lição.
Não pude ajudá-lo, ele olhou pra mim, implorando em minha mente que não fizesse nada.
Ele se recuperou e descemos para o andar de baixo, os dois seguiram para a sala de visitas e eu segui na direção contrária, indo para a porta de saída daquela casa sombria.
Enquanto saía, olhei para trás e vi Regulus parado na porta da sala, olhando para mim, ele sussurrou um pedido de desculpas e então entrou.
Não entendo por qual razão eu estava me sentindo daquele jeito. Quando recebi seu convite para ser madrinha do casamento eu chorei, chorei por dias, e depois de me recuperar, o respondi aceitando o convite.
Aquela música continuava tocando, todos ainda olhavam para mim, meu coração ainda parecia que ia saltar pela minha boca.
E então eu entrei na igreja, dei quatro passos contados e parei, o que eu estava fazendo? Vendo o amor da minha vida casando com outra?
Entrei em pânico. Me virei e saí daquele lugar tropeçando na noiva antes de correr sem saber pra onde estava indo.
Quando parei de correr, percebi que estava em uma ponte, de frente para um rio.
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Uma Confusão de Memórias Incertas
FanficSonhos e Delírios Esse livro é uma coleção original de contos e crônicas saídos do mais profundo da mente dessa autora, trazendo histórias cativantes, sombrias e envolventes. Os capítulos serão sobre os personagens de Harry Potter e outros universos...