⚜️Regina et Consort | pars I⚜️

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Tradução: Rainha e consorte | parte I

🔴 ~ alerta spoiler para quem não leu ACDD

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Pergaminho dos registros reais; "cofre dos conhecimentos"; biblioteca de Crescite.

Autor: Erudito chefe; Luuk Vaccim.

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Quatro dias antes do casamento...

O sol brilhava forte, iluminando a rainha que rabisca em um caderno. Fazia uma semana que enfim podia respirar aliviada pelo fim da guerra, mas a sua mente ainda vagava por todos os acontecimentos. A inquietação que as vezes mergulhavam em sua mente somada com a ansiedade por seu casamento estar tão próximo transformava todo seu corpo em uma pilha de tensão. E como uma solução para tentar amenizar todos esses sentimentos, Agatha passou a se recolher todas as manhãs na varanda que dava a melhor visão para os jardins e para todo seu reino, e com seu caderno em mãos se colocava a desenhar ou até menos escrever pensamentos confusos.

A claridade do dia que nascerá a menos de duas horas dava o brilho perfeito de Octávio ressonando com tranquilo na cama, cada traço e detalhe do príncipe é capturado com precisão. Talvez fosse seu lado totalmente apaixonado que estivesse falando, mas é notável o amor que circunda os dois. Tudo que passaram e o futuro que se abrir em oportunidades.

Uma retrospectiva interessante. A primeira vez que trocou palavras com ele, a rainha o achou esnobe demais e seu cargo de realeza causava uma certa repulsa, mas com o tempo aquele rapaz com uma auto estima elevada demais — que mascarava toda uma personalidade doce, tranquila, equilibrada e protetora — e um tanto de nariz arrebitado conquistou uma amizade rápida demais. Talvez tenha sido o fato de que ele se dispôs a entende-la e a ser apenas o ombro amigo que transmitia a confia e paz que ela nunca teve, que a fez demolir todas as barreiras de seu coração para que o moreno adentra-se e fizesse sua morada.

Porém, apesar disso ainda tinha medo de que aquele que sua âncora fosse terrivelmente machucada por seus hábitos de pensar demais em tudo que lhe rodeava, sem falar nas terríveis mágoas que ainda dominavam sua alma e que muitas das vezes pareciam amarras que a prendiam com afinco em sua cama. Ela tinha a perfeita noção que ele notou seu afastamento, ele via o quanto ela ainda estava atordoada com tudo que ocorrerá, ele via que a dor ainda não se aquietou totalmente. E ele compreendia, lhe dava o espaço necessário. Tudo por que viu que se pressionasse para tentar consolar, o máximo que receberia seria o mesmo discurso corrosivo que ouvia a rainha proferir meses atrás quando estava a se dispondo a se entregar para morte de bom grado.

Devagar aqueles olhos castanhos se abriram sonolentos, a encarando da cama.

— Acordou cedo. — foi a primeira coisa que disse, esticando os braços para banir o sono do corpo.

— Não consegui dormir muito. — ela deu de ombros, terminando de sombrear uma parte do desenho.

— Pesadelos? — pergunto cauteloso, caminhando tranquilamente até a rainha a abraçando por trás da poltrona. Ela assentiu em silêncio — Quer conversar? — ela negou e ele inspirou fundo se mantendo em silêncio, seria inútil tentar fazer ela falar — O que acha de ir a cozinha comigo? Você escolhe o café da manhã e eu preparo.

— Se você não fosse o consorte, juro que lhe colocava como o chefe de cozinha. — um sorriso mínino despontou de seus lábios.

— E por quê não posso ocupar os dois? Gosto de cozinhar para minha rainha. — ele beijou a têmpora esquerda da Agatha — Então, vamos?

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