A dor é Insuportável

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S/n

Eu estava encolhida agarrada a uma camisa de Madara, desesperada eu chorava, meu peito doía, meus olhos ardiam. Inalava o cheiro bom daquela camisa preta, o cheiro dele. As lembranças vinham na minha mente a todo momento, eu estava enjoada, minha cabeça doía, parecia latejar de tanto que eu chorava, eu não conseguia me acalmar. Konan está aqui, ela pediu para que eu bebesse um chá de erva-doce, mas mesmo assim eu continuava nervosa.

-Konan:Por favor fique calma, vamos encontrar ele.
Ela acariciou meu rosto e meu cabelo, e eu só consegui chorar mais, porque não era dela que eu queria receber aquele carinho.

-S/n:E se q-quando vocês encontrarem ele, ele já estiver morto? O que eu vou fazer Konan? Eu amo ele, não consigo mais viver longe dele, eu não quero ter que superar ele. Dói, 'ta doendo muito.
Eu apertei mais o tecido preto nos meus braços, comecei a soluçar.

-Konan:Vou te trazer um calmante de verdade desta vez.
Disse se levantando do chão onde estava ajoelhada.

Na porta do quarto estava meus pais, Obito foi os buscar, e pelo semblante deles já sabiam o que estava acontecendo, ou então estavam apenas assustados com o lugar onde a filha deles estava. Minha mãe se aproximou, seus olhos marejados e eu sei que é por me ver nesse estado. Eu escondi o rosto e abracei minhas pernas, eu só sabia soluçar, minhas lágrimas molhavam minhas coxas, eu queria tanto saber se ele está bem.

-Jina:Filha, o que está acontecendo? Cadê Riki? Por que está chorando? Te fizeram algum mal?
Eu não consegui responder e muito menos olhar para ela, então a abracei escondendo meu rosto em seu ombro.

-Richard:Quem era aquele homem que nos buscou filha? Ele disse que era seu amigo.
Senti a mão do meu pai acariciar as minhas costas e eu soltei minha mãe para abraça-lo.

Eu a deixei desolada, sabia por que ouvi seus soluços, ela nunca havia me visto assim. Estava tentando me acalmar queria explicar tudo, estava ofegante e ainda não conseguia parar de chorar, apertei com força meu pai em meus braços e senti sua mão em meus cabelos acariciando suavemente.

-Richard:Pode chorar, depois conversamos.
Eu apenas assenti com a cabeça.

Só conseguia pensar nele.

Não vi o horário passar, talvez tenha passado minutos ou horas, só sei que consegui me acalmar e parar de chorar, apesar da dor em meu peito, do vazio que eu sentia eu consegui conter as lágrimas por um tempo, mas meus pensamentos não deixavam Madara. Me afastei do meu pai e encostei as costas na cabeceira, encarei a cama, o lençol azul escuro, o toquei lembrando novamente dele, das nossas noites juntos, de quando o vi desesperado por seu pesadelo.

-S/n:O homem que vocês conheceram não se chama Riki e sim Madara, antes que perguntem o traficante, assassino.
Os encarei e vi meu pai ofegar e olhos castanhos da minha mãe arregalados.

-Richard:M-madara Uchiha?

-S/n:Não precisa ter medo vocês mesmos o conheceram e sabem que ele é bom.

-Jina:Ele machucou você filha?
Ela não havia escutado o que eu disse?

-S/n:Não, mãe. Madara é bom, e eu o amo muito, ele apenas sofreu de mais, mas ele nunca me machucou, eu não posso viver sem ele.
Eu comecei a chorar de novo, lembrei que talvez não o visse nunca mais ou talvez o encontrasse morto.

-Richard:Filha sobre o que você está falando?

-S/n:Sequestram ele, levaram ele de mim, e podemos encontrá-lo tarde de mais e se ele morrer?
Eu sei que não expliquei nada direito, mas eu queria chorar de novo.

Levantei e corri para o banheiro me agachei ao lado do vaso sanitário e comecei a vomitar, coloquei tudo que ingeri no evento para fora. Minha mãe apareceu e segurou meus cabelos para que não os sujasse e meu pai se agachou ao meu lado acariciando minhas costas. Eu abracei o vaso e comecei a chorar, porque meu corpo estava cansado, minha cabeça latejava e o amor da minha vida não estava comigo.

I Love a Killer (Imagine Madara)Onde histórias criam vida. Descubra agora