I Love a Killer (Imagine Madara)

Olhar Sem Vida

Madara estava em choque. Grávida? Não podia ser verdade, era apenas uma mentira para que ele não tentasse suicídio, só podia ser. Seu olhar desceu para o ventre de S/n que evitava seus olhos, grávida? Ela carregava um filho seu? De repente lembranças do seu estado dias antes de ser sequestrado veio a mente, ela estava cansada sem motivo, sonolenta, sensível...

-S/n:Estou.
S/n comprimiu os lábios em uma linha reta e então se jogou nos braços do Uchiha afundando o rosto em sua pele nua.

Madara estava nu, com curativos e ataduras nas pernas também. Mas sua nudez não era um problema quando o maior estava a sua frente. Voltando a realidade o Uchiha envolveu seus braços cansados na cintura de S/n e descansou sua cabeça na dela. Um sentimento bom começou a surgir em meio ao vazio e escuridão, um filho? Ele seria pai? Teria alguém que o amasse apesar de tudo, teria alguém para cuidar e proteger. Não se perdoaria por deixar seu filho órfão, ele sabia como era horrível viver sem uma família.

-Madara:Tudo bem... vou me esforçar por vocês.
Sussurrou e logo viu olhos de um tom claro de azul brilhando o encarando.

-S/n:Eu amo, amo muito você! - S/n envolveu o rosto roxo de machucados em suas mãos e beijou Madara, com paixão. Ele tentou seguir o ritmo da namorada, mas o ar faltou e o Uchiha teve que se afastar. - Vou ajudar você. Eu prometo.
Os lábios de Madara curvaram-se levemente.

-Madara:Tudo bem.
S/n sorriu mais um vez e o abraçou novamente, a felicidade sendo tanta ao ponto de fazê-la derramar rios de lágrimas.

(...)

Madara estava deitado na cama em frente a S/n que apesar de olhar para seu rosto não encarava seus olhos. Decidiram que avisariam a todos sobre o Uchiha de manhã, quando todos estivessem acordados. A Yoshida havia trazido água para o namorado e amassou uma banana que ele recusou. S/n olhava para as ataduras em Madara lembrando do estado que ele chegou, enquanto o ajudava a vestir uma cueca e uma bermuda descobriu outra atadura que antes não havia reparado.

-S/n:Não sente dor?
Perguntou encarando agora seus olhos, Madara podia ver a melancolia em seu rosto.

-Madara:Não muito. - Disse pouco mais alto agora com as cordas vocais mais hidratadas graças ao pouco de água. - Nada que não esteja acostumado.

-S/n:Fiquei muito preocupada. Eu passei chorando nessas últimas horas, e eu nem posso me estressar. - S/n recolheu uma lágrima que escorreu de seu olhos. - Ouvir que você está acostumado... eu vi o que você sofreu... vi a filmagem.

As lembranças, as cenas vieram a sua mente e S/n começou a chorar e soluçar alto, Madara se aproximou com cuidado e envolveu um braço ao redor de sua cintura e ouviu a chorar enquanto que não conseguia impedir suas próprias lágrimas.

-Madara:Não chore.

-S/n:Aqueles desgraçados do porão, eu os defendi!

-Madara:Já conversamos sobre isso.

-S/n:O que eu disse para você quando matou aquele homem que tentou me tocar!

-Madara:Já te perdoei S/n.

-S/n:Eu quero poder te defender também, quero te dar o mesmo sentimento de conforto e proteção que sinto quando estou com você, mas meu humor mudou muito desde o início dessa gravidez.

-Madara:Agora... ninguém vai me trazer conforto... Então você não precisa se preocupar.

-S/n:O homem que te machucou, eu quase matei ele, é que eu não achei uma faca.
Ela disse encarando os olhos de Madara que se arregalaram.

-Madara:Você não é assim.

-S/n:Eu sei, mas eu 'tava com tanta raiva, ainda 'to. - S/n desviou o olhar. - Você foi o advogado da suposta vítima não é?