capítulo 7

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P.O.V Lexa

Acordei no outro dia com a Kyara levantando da cama, como eu estava com sono continuei deitada fingindo que estava dormindo, mas isso não deu muito certo, pois logo a minha mãe entrou no meu quarto fazendo o maior escândalo.

Levantei e fui na cozinha pegar um lanche e um remédio para a Kyara, e aproveitei pra falar com a minha mãe.

– Lexa, por que você não me avisou que iria trazer menina aqui pra casa? E porque você faltou na escola? As regras sobre namoro continuam as mesmas!– pronto, agora ela tá achando que eu tô comendo a mina.

– Mãe, pelo amor de Deus! Ela não é a minha namorada. Deixa eu te explicar o que aconteceu...–  terminei de falar e a minha mãe ficou horrorizada com a história, ficou muito puta com a mãe e o padrasto da Kyara.

– Fala pra ela descer aqui que eu quero falar com ela.

– Mãe, o que a senhora quer falar com a menina?– perguntei com desconfiança, conheço a peça que me carregou 7 meses na barriga, do jeito que ela é, bem capaz de querer ir colocar eles dois na cadeia.

– Não é nada demais, oxxi– ela respondeu e cruzou os braços.

– Vou fazer um lanche pra ela, pegar um remédio e desço com ela.– falei e fui pegar os negócios pra Kyara.

Subi pro quarto e levei o lanche e o remédio da Kyara. Depois que eu tomei banho nós conversamos e ela foi tomar um banho. Descemos pra falar com a minha mãe e logo subimos pra ela pegar as coisas dela.

– Cara, eu nem sei como te agradecer... tu nem me conhecia e mesmo assim me ajudou. Obrigada de verdade, tô te devendo uma.– ela disse me olhando.

– Que isso pô, a gente pode não ter tido uma boa primeira impressão, mas eu não ia deixar tu lá naquele estado, sou nem doida.– falei isso e os olhos da mina começaram a encher de lágrimas. –Ei! Chora não, princesa.– falei e puxei ela pra um abraço pra ver se ela se acalmava.

– Tá mais calma?– perguntei. Me afastei pra poder olhar nos olhos dela, eu não era o ser mais carinhoso desse mundo, mas também não sou uma brutamontes como ela deve achar que eu sou.

–Tô sim.– ela respondeu.

Ficamos nos encarando por um tempo, ela estava tão perto. Eu não sabia se olhava pra boca ou para os olhos dela. Ela foi chagando mais parto, nossa bocas estavam tão perto uma da outra... quando nós íamos nos beijar o celular dela tocou estragando todo o clima.

Nós nos afastamos e ela atendeu o celular, trocou umas poucas palavras com a pessoa e logo desligou.

– Eu tenho que ir. Obrigado por tudo o que você fez por mim, da um beijo na sua mãe por mim.– ela falou e deu um beijo na minha bochecha.

– Já disse que não tem que agradecer. Pode deixar que eu dou sim.– falei e descemos em direção a saída da minha casa.

– É... Tchau.– ela disse assim que chegamos no portão.

– Tchau.– falei e ela partiu.

•P.O.V Kyara•

Enquanto eu andava e direção a praça, fiquei pensando no beijo que iria rolar se o Flávio não tivesse atrapalhado... bom, iria rolar um beijo, certo? Tava o maior clima, não é possível que não iria rolar.

– Eii, bixa! Tá me vendo não?– Flávio falou e me puxou pelo braço. Eu estava tão distraída com os meus pensamentos que nem me toquei que estava passando na frente do Flávio.

– Ai, vida, me desculpa. Eu tava tão distraída que nem te vi.– falei enquanto abraçava ele.

– Eu percebi. Mas me conta o que aconteceu pra tu faltar.– ele disse e se sentou em um banco que estava do lado dele.

Enquanto eu contava o que tinha acontecido, não consegui segurar as minhas lágrimas, me dói muito tocar nesse assunto.

– Amiga, a sua mãe e aquele maldito do teu padrasto são uns vagabundos, nojentos, filhos da puta! Eles vão pagar pelo o que fizeram com você, pode ter certeza. Pode não ser hoje, e nem amanhã, mas eles vão pagar. A justiça de Deus e do universo tarda mas não falha.– Flávio falou vermelho de raiva. Ele é sempre muito calmo, mas quando se trata da minha pessoa, vira um super protetor.

– Eu sei disso. As vezes eu fico me perguntando o que eu fiz pra minha mãe ser assim comigo, só que eu penso, penso e penso mais e não chego em nenhuma conclusão. Não lembro de ter feito nada pra merecer isso.

– Eu sei que você nunca fez nada pra merecer isso.– falou e me abraçou.

Eu agradecia aos céus por ter ele na minha vida, ele é pau pra toda obra: quando eu preciso de alguém pra me dar conselhos, é ele quem eu procuro. Quando eu preciso de alguém pra me dar carinho, é ele quem eu procuro. Quando eu preciso de alguém pra me ajudar a escolher uma roupa, normalmente é ele quem eu procuro. E quando eu preciso que alguém puxe a minha orelha, é ele quem eu procuro.

– Vamos lá pra casa? Você pode dormir no quarto de hóspedes. Você sabe que meu pai te adora.– falou. Ele se levantou do banco e estendeu o braço direito na minha direção pra me ajudar a levantar.

Quando chegamos na casa dele, o tio Cezar ainda não estava em casa, ele me levou pro quarto de hóspedes e me deixou lá para que eu pudesse arrumar minhas coisas e descansar um pouco.

– O que eu vou fazer da minha vida daqui pra frente?– falei para mim mesma enquanto sentava na cama de solteiro que tinha no quarto.

O quarto não era grande, mas para mim estava mais que ótimo. Tinha 5 prateleiras brancas nas paredes, que combinava muito com as paredes de cor cinza claro. Tinha uma estante em tom amadeirado, ao lado da minha cama tinha um raque com um abajur pequeno. Como eu disse, pra mim está ótimo.
Coloquei meu celular para carregar, peguei minhas roupas e fui tomar um banho.

–Flaviooooooo, vou tomar banho– gritei enquanto ia tomar banho no banheiro que tinha ao lado do meu novo quarto.
Fiquei uns 10 minutos no banho, quando eu saí do banheiro já estava vestida com um conjunto de moletom preto simples, entrei no meu quarto e vi que já se passava das 17:00, a hora até que passou rápido hoje.

"amg, meu pai chegou e quer falar com vc, vem aqui na cozinha rapidinho, prfv" li a mensagem que o Flavio me enviou pelo WhatsApp. Joguei o meu celular na cama e fui em direção a cozinha.

–Oi, Ky, vem aqui dar um abraço no tio.– Eu e ele nos tratamos assim em locais que não são a escola, desde que eu e o Flavio viramos amigos ele sempre me acolheu e me respeitou.

–Oi, tio Cezar, como o senhor está?– perguntei quando sai do abraço e me sentei em uma das 4 cadeiras que tinha ao redor da mães de tamanho médio que tinha na cozinha.

–Eu estou bem, e você? O Flavio me contou o que aconteceu. Sabe que aqui você sempre terá um lar, né? A casa não é muito grande, mas amor e carinho nunca vai te faltar aqui. Você é quase como uma filha para mim.– ele falou isso e eu já senti meus olhos lagrimejando. O tio Cezar descobriu as coisas que eu passava em casa já fazia um certo tempo, quando ele descobriu quase colocou minha mãe e o meu padrasto na cadeia, mas eu não deixei. No dia em que ele descobriu ele disse que eu poderia vir morar com eles, só que eu preferi ficar com a minha mãe, eu sei que foi burrice, mas eu tinha esperança de que um dia minha mãe acordasse me amando e acabasse com tudo aquilo.

Nós jantamos e fomos cada um para o seu quarto, assisti um pouco de série e quando era umas 21:00 eu fui dormir, afinal amanhã eu teria que acordar cedo pra ir pra escola.

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oi, meus amores, como vocês estão? sei que o capítulo tá bem xoxo, mas faz mais de um ano que eu não escrevo e estou tentando voltar aos poucos.🫶🏻

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⏰ Última atualização: Jul 03 ⏰

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