Destinado a seguir os passos do pai, a adolescência de Sasuke é destruída ao ter uma enorme responsabilidade jogada em suas mãos, sendo obrigado a realizá-la com perfeição para não levar o império da sua família ao fracasso. Sasuke Uchiha desde cedo...
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Estava calada. Calada e imóvel no banco de trás de Fugaku Uchiha, sentada ao lado de Sarada no banco de trás. Tentou se manter alheia a conversa observando o caminho, mas não conseguia não prestar atenção no que falavam. O Avô de Sarada parecia estar dando um sermão infinito em Sasuke, enquanto ele escutava calado. Isso estava sendo constrangedor em tantos níveis que não saberia explicar, estava ouvindo assuntos privados, ouvindo diversas coisas que não tinha o menor interesse. Olhou para Sarada ao seu lado, ela jogava no celular totalmente alheia ao que acontecia no carro com o fone rosa com orelhas de gatinho. Esses eram os passeios que ela tinha com avô? Almoçavam num lugar extremamente chique, ele perguntava como ela estava na escola e somente isso?
— Quando deixará de ser inconsequente, Sasuke?! Por causa das suas merdas, seu irmão morreu. Por exclusivamente culpa sua, e você sabe disso. — ouviu a voz baixa do mais velho. Hinata engoliu em seco, se perguntava o que tinha acontecido. O que Sasuke teria feito que resultaria na morte do irmão? Não conseguia pensar em nada. Nada que resultasse em Sasuke fora da prisão. Retirou o celular da bolsa e colocou fones de ouvido, se sentia extremamente invasiva por estar ouvindo uma conversa desse tipo, mas eles não pareciam se importar nenhum pouco. Olhou pela janela, observando as ruas movimentas. Tentava se distrair com o que quer que fosse, mas a voz alta de Fugaku sempre a trazia de volta.
— Faça isso antes que eu decida tomar decisões que você não irá gostar. — proferiu Fugaku, estacionando o carro na frente do condomínio. Num ato quase que de desespero, Hinata tentou abrir a porta do carro para descer.
— Como se você não tivesse feito isso a vida toda. — disse o filho mais novo ao sair do carro. Bateu a porta tão forte que assustou ate mesmo Sarada.
A babá tentou mais uma vez abrir a porta, mas foi falho. Cutucou Sarada, apontando para a porta. A mais nova também tentou abrir, mas não deu certo. Hinata tentou procurar por Sasuke, mas ele já tinha desaparecido. Pensou no que falar, mas não teve coragem de abrir a boca. Fugaku era assustador.
— Tenho uma pessoa pra te apresentar, Sarada. Você irá gostar. — Hinata engoliu em seco. Então ficariam apenas os três no carro? Para onde iriam? — Sasuke foi no seu aniversário?
— Sim. É bem legal ter uma festa de aniversário, ano que vem eu quero fazer de novo. — Hinata sorriu ao ouvir o tom feliz da mais nova, atraindo o olhar do mais velho pelo retrovisor. Fugaku estava surpreso, seu filho no aniversário da neta era realmente algo... Esquisito. No mesmo instante, Fugaku lembrou-se da agressão que tinha o dado no dia anterior. Finalmente estava surgindo efeito. Estava entrando na linha pelo mal, já que rejeitou entrar por bem. Hinata mexia em seu celular distraidamente, ignorando a conversa de neta e avô.
— Está gostando do trabalho? Sakura falou muito bem de você. — rapidamente, a garota assentiu com a cabeça. — Não acha que é nova demais para perder tempo da sua vida cuidando de filha dos outros? O tempo não volta, minha querida.
