CAPITULO 2 - Uma pessoa gentiu

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Dois dias antes...

No Oriente da cidade de Nova Zelândia Auckland, em um bairro não muito Nobre, onde as vielas eram apertadas e as casas praticamente quase todas do mesmo porte com cores fortes e marcantes estilo vilas, morava Park Chaeyoung, a garota que por onde passava exalava alegria e bom humor.

Sua espontaniedade contagiava a muitos, quase todos que a conheciam , ou na verdade apenas já tinha ouvido falar de sua suposta, fama de " boa pessoa".

Uma mulher exuberante de fato, que também chamava a atenção por sua incrível beleza.

De estatura mediana, olhos castanhos esverdeados que poderiam facilmente serem confundidos com as águas dos mares que rodeavam o país, a jovem também era dona de uma silhueta fina e definida e os traços de seu rosto eram tão delicados, que poderiam facilmente serem confundidos com alguma partitura de Mozart, de tão nobre que eram suas linhas... Enfim acho que me perdi a ressaltar tal beleza, mas tudo o que interessa aqui, é o bom e puro coração desta loira, não tão loira assim , que era Park Chaeyoung , ( assim, ela precisava desesperadamente de uma hidratação naquele cabelo).

Calma, não quero que pensem que sou um Hater, ou algo do tipo, pois sou um grande fã dessa jovem garota.

- Chaeyoung, não irá trabalhar hoje? - A avó da garota perguntou quando ao Descer as escadas e adentrar a pequena cozinha, deu de cara com a neta Lavando a louça.

- Ah, oi vovó, não precisam de mim hoje, então vou aproveitar a folga. - disse sorrindo solenemente.

A garota trabalhava em uma barraca de frutos do mar, onde o cardápio variado, chamava a atenção do público; mesmo sendo um lugar tão pequeno era aconchegante e familiar.

Porém com a crise estavam acontecendo alguns cortes, e essa era a segunda vez na semana que a jovem era dispensada. Ela sabia que em breve teria de procurar outro trabalho antes que fosse despedida, no entanto não preocuparia a avó de setenta anos e cabelos branquinhos que tanto amava, com sua situação financeira .

Há pouco menos de um ano tinha terminado de pagar pela casa que agora de fato era dela, se orgulhava de si, pois a conquista da casa própria sempre fôra um de seus sonhos, mesmo com tantas adversidades.

Agora morava ela e a avó, a senhora Madalena, já que sua mãe havia morrido na hora do parto, minutos depois de seu nascimento.

- Chama isso de aproveitar sua folga? - a mulher disse com desdém, enquanto revirava os olhos. - Aigo, vá tomar um banho e se arrumar saia um pouco dessa casa. - Chaeyoung deu um sorriso enquanto ensabuava alguns copos, os colocando em cima da pia.

- Estou ficando velha para estas coisas vovó, acho que ficaria com sono na primeira hora. - a avó de Chaeyoung resmungou porém sorriu.

- Acho que te eduquei muito mal você não sabe nem sua idade, oras menina tem apenas 23 anos, deveria se divertir mais.

- Dona Madalena -Chaeyoung advertiu enquanto agora enxágua-vá os copos .- creio que sei minha idade e também sei que tenho muita educação graças a senhora, então por favor vovó . - riu

- Me chame de Dona mais uma vez e sofrerá as consequências . - Madalena fingiu estar brava. Chaeyoung, fechou a torneira rápido ao terminar de lavar tudo, enxaguou as mãos e Sorriu se aproximando da avó que a deu um tapa fraco no ombro.

- Vou tomar um banho, okay. - afirmou ao se retirar, no entanto ela não saiu para se ser divertir, decidiu por arrumar em ordem alfabética sua prateleira de livros, oque a rendeu o dia inteiro Já que haviam muitos, aos quais não tinham a capacidade nenhuma de contar .

[....]

Na manhã seguinte a jovem acordou bem cedo, tomou um banho, vestiu roupas confortáveis, se maquiou normalmente para um dia comum, e fez o café da manhã; sua avó ainda dormia quando saiu de casa com os fones de ouvidos sem fios e sua touca preta na cabeça - a qual não largava de jeito algum - para correr . Não se passavam das 6 horas da manhã.

- Bom dia senhora Shin. - Chaeyoung comprimentou a senhora que varria a calçada logo cedo, a velha sorriu e acenou, abaixando a cabeça enquanto negava.

- Bom dia Park Chaeyoung, deveria estar dormindo não? - disse sugestiva. ( Ah é eu esqueci de mencionar senhora Shin também conhecida como a vizinha mais fofoqueira do bairro, Ops, digo - informada do Bairro.-)

Chaeyoung ignorou o pequeno comentário e apenas continuou correndo pelas belas vielas, a garota logo avistou o velho Jorge que cortava a grama incrivelmente verde e alinhada de sua propriedade, - Que por sinal era a única Casa Grande de lá-, que todos tinham medo de chegar perto, as paredes da casa de cerca eram todas pretas e o homem tinha uma barba grande de se arrepiar, ratos facilmente morariam ali; O olhar Sombrio faziam com que as crianças corressem de medo e nunca em hipótese alguma chegassem por ali, porém Chaeyoung não tinha medo.

-Bom dia senhor Jorge.- disse e parou de correr para olhar para o homem sorrindo.-Bela grama. - o velho sério e ranzinza sorriu e retribuiu o olhar.

- Obrigado menina Park. - Chaeyoung sorriu e voltou a correr; o homem logo voltou a fechar a cara e cortar sua grama.

Chaeyoung não muito longe dali na entrada da cidade grande, parou para ajudar dois caras que quase deixaram todas as mercadorias de frutas e vegetais caírem no meio da rua, ao tentarem tirá-las do caminhão, a garota as catou ligeiramente e os ajudou a colocar na entrada da loja .

Era sábado então não tinha muito a fazer, correu pela beira da praia e quando se viu cansada suficiente, parou para tomar um suco em uma das barracas que ali haviam montadas. Decidiu ir ao supermercado comprar alguns ingredientes de sua comida favorita, assim voltando para casa em plenos pulmões com a respiração um pouco desregulada; não era tão perto o quanto se parecia de carro . - Chaeyoung não tinha um carro.

- Cheguei vovó . - disse em bom som para que a vó escutasse, a mulher que estava sentada em um dos dois sofás marrons na sala tricotando a olhou sobre os óculos tubos de garrafa e sorriu.

- Espero que tenha saído cedo assim, para encontrar um namorado.

- vovó, por favor. - chaeyoung disse ignorando a avó e foi em direção a cozinha que era meiada com a sala através de uma parede Americana. Colocou as sacolas de compras no balcão e se debruçou sobre ele, olhando para a mulher que estava agora de costas para ela pela posição em que se encontrava no sofá. - não quero me casar antes dos trinta. - Madalena deixou uma risada escapar .

- Quem disse em casamento, você tem 23 anos e deve ser que nunca beijou na boca até hoje. - Chaeyoung corou violentamente, o que a outra mulher não viu, para sua grande sorte.

-Pare de dizer essas coisas eu já beijei sim e... - cessou sua frase ao meio e coçou a garganta se sentindo meio embaraçada ao tocar em um assunto desses com a avó, de fato ela nunca havia beijado alguém na vida , não tinha argumentos para discutir tal assunto. - não gosto de falar dessas coisas.

- Covarde.- A mulher mais velha retrucou Chaeyoung revirou os olhos ainda debruçada sobre o balcão da cozinha .

- Madalena, trouxe algumas coisas do mercado e pensei .- fez uma pausa dramática ...

-Por que não fazer bungeo-ppang - disseram ao mesmo tempo e começaram a rir automaticamente.

- a qual é a vovó, por favor eu te ajudo nunca te pedi nada.

- O engraçado é que você sempre diz isso e no final mas come os ingredientes do que ajuda a cozinhar e eu sempre acabo por te expulsar da minha cozinha a pontapés.

- Vai negar? - Chaeyoung perguntou, fez um biquinho fofo e a vó há olhou.

- Você por acaso trouxe daquele chocolate que passa na TV? - a loira deixou um gritinho de empolgação escapar dos lábios e assentiu ainda sorrindo.

- Sabia que a senhora iria concordar - abriu uma da sacola e pegou a embalagem a balançando no ar para que a mulher pudesse vê-la .

Aquele sábado foi um dia muito divertido para ambas , elas sempre faziam isso.

Chaeyoung dormiu cedo como costumava fazer e como um costume bobo, acordou no domingo de madrugada para correr, só não sabia ela que sua vida iria mudar completamente depois daquele dia.

Um amor sublime •Chaesoo•Donde viven las historias. Descúbrelo ahora