Uma nova chance para Amar (Dramione)

Hermione

Quando eu pisei dentro do baile de Halloween eu podia sentir todos os olhares em minha direção e não demorou muito para alguém vir me puxar para uma dança. Foi divertido toda essa atenção, até meus olhos caírem sobre Ron e Lilá, eu não queria que aquilo tivesse me afetado da forma que afetou. Eles estavam vivendo suas vidas de forma tão natural, trocando carícias e beijinhos alí onde todos poderiam ver.

Ron era meu amigo, deveria me sentir contente por ele por ter achado sua felicidade mesmo que para isso tenha me humilhado daquele jeito tão infantil. Mas meu emocional estava corrompido de mais para poder ao menos esboçar um sorriso triste.

A relação dos dois me incomodava e eu não poderia fazer nada, pois Ron já deixou bem claro o que pensa de mim. Os meus pensamentos nada alegres tiraram toda a emoção do baile, suspirei pesadamente e não demorei em grudar minhas costas em um canto qualquer da parede e ficar apenas olhando vagamente para todos os casais risonhos que pareciam entretidos demais uns nos outros para prestar atenção em qualquer outro ser ao redor.

Gina até tentou me fazer voltar para a pista de dança, mas eu sou inteligente o bastante para perceber logo que aquilo só iria piorar o meu estado de espírito.

O que eu não estava esperando era Malfoy aparecer por ali e vir em minha direção sem demonstrar nenhuma antipatia em seu rosto fino. Eu havia reparado nas roupas que ele vestia, que caiam muito bem nele, o deixavam com um ar superior, se olhasse rápido poderia até ser confundido com o pai. O que mais estranhou na conversa que tivemos foi que ele parecia realmente a vontade.

Quando Malfoy saiu do Salão Principal alguma coisa fez meu estômago gelar, mordi o lábio inferior e dei uma olhada envolta para me certificar que ninguém estaria olhando e, de forma imprudente, corri na direção para onde Malfoy estava indo. Meu cérebro parecia ter virado mingau após a ideia surgir na minha cabeça, era insano.

— Malfoy! — o chamo mais alto do que eu pretendia, sorte a minha não ter ninguém por perto para nós olharem curiosos.

Ele parou imediatamente de andar e se virou em minha direção, Malfoy estava com uma das mãos enfiadas dentro do bolso enquanto a outra acariciava o queixo pontudo, daquele jeito ele até parecia um homem de negócios. Respirei fundo e comecei a falar antes que perdesse a coragem.

— Eu preciso da sua ajuda.  — as palavras tinham um gosto amargo em minha boca.

— Você precisa da minha ajuda?! — Malfoy havia se espantado com o que eu havia dito, tanto que até deu uns passos para trás.

Troquei o peso do corpo de uma perna para a outra, ele me olhava com os olhos semicerrados, como se fosse experimente em legilimência. Antes que eu pudesse ao menos começar a me explicar, ele começa a falar.

— Ah! — exclama e em seus lábios finos surgiu um sorrisinho que não pude decifrar muito bem — Você quer se vingar do traidor de sangue. Isso não é muito saudável, Granger.

— E quem é você para dizer o que é ou não é saudável? — retruquei começando a coçar o meu pulso, o nervosismo me consumindo aos poucos. — Olha, a gente não precisa se envolver, não precisamos nem mesmo conversar, o que eu peço é que apenas me ajude com essa situação.

— O que te faz pensar que eu sou apto para de ajudar? — cruzou os braços e me olhou com uma das sobrancelhas erguidas, ainda me olhando daquele jeito profundo — Ou se eu ao menos quero ajudar?

Olho para os lados, para me certificar que ainda não havia ninguém no corredor, continuavamos sozinhos.

— Não ache que está sendo fácil para mim te pedir isso, Malfoy. — umedeci os lábios, evitando seu olhar — Eu ainda te odeio, mas estou...