Hermione

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[Ignore se algum comentário do capítulo não fizer sentido]

~•~


Quando as janelas foram explodidas, meu corpo inteiro entrou em modo automático. Me joguei no chão. Agarrei a varinha com força. Cobri a cabeça. Esperei. Vez ou outra sentia meus braços e pernas serem rasgados pelos cacos de vidro, era uma dor nauseante, porém fácil de se lidar.

Tudo parecia meio turvo quando levantei a cabeça após a explosão acabar, meus ouvidos estalavam e o Salão Principal era o sinônimo de caos. Muito vidro e madeira espalhados pelo chão, uma das mesas foram tombadas, toda nossa decoração para o Halloween estavam em farrapos sob toda a bagunça. Inevitavelmente olhe para Draco Malfoy.

O garoto não iria causar um dano daqueles sebo mesmo estivesse presente durante a cena. Ou seria capaz de forjar sua inocência a este nível? O Malfoy passou a mão pelo rosto sujo de sangue, havia algo estranho sobre a manga de sua blusa, uma manchinha preta. Balancei a cabeça, aquele não era o momento.

Com muita dificuldade, me apoiei no joelho e levantei do chão frio, busquei por feridos mais graves, felizmente não havia nenhum. Coloquei a mão sobre o peito, além do coração frenético, minha respiração pesada causava subidas rápidas e constantes em meu tórax. Antes que eu pudesse pensar em fazer qualquer coisa, a diretora McGonagall rompeu as portas com voracidade, sua face era lívida e os olhos arregalados.

— Merlin... — sussurrou — Estão todos bem? Ninguém se machucou?

— Estamos estáveis, professora. — foi o máximo que consegui responder. Não sabia os outros, mas bem, não era uma boa definição de como estava no momento.

A diretora, juntos com alguns professores que se disponibilizaram para ajudar, levaram os mais abalados para a ala hospitalar e não tardaram em reconstruir todo o estrago causado pela explosão. Malfoy e eu acabamos parando nos cuidados da Madame Pomfrey, eu já havia cansado de repetir que não precisava daquilo, mas a curandeira insistia que havia cortes muito profundos em minha pele.

McGonagall foi a primeira a entrar na ala hospitalar, nos fez perguntas buscando por detalhes, sua expressão era resumida em os olhos quase fechados e as sobrancelhas quase unidas, além de que as rugas de expressão estavam bastante marcadas. Curiosamente, Draco Malfoy fora o único que praticamente não abriu a boca, que segredos o filho de um Comensal da Morte poderia trazer?

— Não me olhe assim, Granger. — Malfoy praticamente rosna quando tornamos a ficar sozinhos.

— Não estou te olhando de modo algum, Malfoy. — retruquei e umedeci os lábios, cautelosamente pronunciei as próximas palavras: — Mas é você é um tanto suspeito.

— Aparentemente você não é tão inteligente quando diz que é. — pulou do seu leito e se recompôs — Eu não iria causar tal infame quando *eu** poderia ser machucado.

— A não ser que quisesse, desesperadamente, se passar por inocente.

— Bem, suas indagações e suspeitas não são problema​s meu.

Então Draco Malfoy deixou a ala hospitalar me deixando com o cérebro quente de tanto formular diferentes suposições que o colocaria, de forma plausível, no meio do que ocorreu no Salão Principal.

Eu mordia a ponta do meu dedão como se fosse o doce mais saboroso que já havia posto na boca quando Harry, Ron e Gina Weasley entraram no local branco com aspecto meio morbido. A mais nova dos Weasley fora a primeira a me agarrar com um abraço, ela tremia um pouco, mas não era porque chorava.

Uma nova chance para Amar (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora