Draco

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Era o nosso primeiro final de semana em Hogsmeade, a Marca não havia ardido novamente em meu braço e parecia que toda a escola estava em modo de alerta, não era aconselhável andar por aí sem estar acompanhado e sempre manter distância das janelas. E eu nem sequer havia sido informado sobre o porquê daquilo ter acontecido.

É, o ano letivo começou muito bem.

Tínhamos um novo professor de Defesa Contra as Trevas: Horácio Slughorn, sujeito compulsivo que adorava recolher alunos com um certo "reconhecimento" por sobrenome e uni-los em um clube, me senti um pouco ofendido quando o professor nem sequer considerou me escolher a participar daquela idiotice, oras, eu sou um Malfoy! Até a sangue-ruim Granger fora chamada, qual o problema dele?

Mas eu tinha outros assuntos a serem tratados envés deste egoísta e individualista. Finalmente eu havia conseguido por as mãos no colar que adquiri no Borgin & Burkes, aquele objeto das trevas era praticamente impossível de entrar dentro do castelo. Com aquela ida descontraída ao vilarejo eu teria a oportunidade perfeita de obrigar alguém qualquer a entregar o embrulho ao alvo.

Eu só não contava com um único detalhe, o maldito Potter no meu caminho. Ele sempre parecia estar me observando, tomando conta de que eu não fosse atacar, ele me tinha em sua mira, eu era o suspeito alí. Mas o que Potter não esperava era eu usufruir da bondade forçada de uma garota aleatória no banheiro do Três Vassouras para me ajudar.

Era o plano perfeito, talvez com algumas falhas, mas quando Dumbledore tocar no colar envolvido por magia negra e fosse possuído, eu poderia finalmente provar a todos do que eu era capaz, que poderia mostrar ao meu pai que podia cumprir a uma obrigação dada pelo Lorde das Trevas.

Bem, eu só tive o azar de obrigar uma pessoa curiosa.

Quando eu vi aquela garota sendo possuída pela maldição do colar, eu quase lancei um Crucio nela e em mim mesmo por tamanha raiva que senti, eu não paguei caro por um colar idiota para aquilo acontecer!

Já de volta ao castelo, a garota da Grifinória fora mandada para ala hospitalar e eu me sentei no chão de un corredor vazio. Estava inquieto, não pelo que eu causei a garota, mas pelo que o Lorde das Trevas poderia fazer se soubesse que minha primeira tentativa falhou miseravelmente. Precisava urgentemente pensar em outra coisa para atacar o nosso diretor. Pensa Draco, pensa...

— O que faz sentado ai no chão sujo? — Astoria Greengrass surgiu em meu campo de vista com seu habitual cabelo castanho preso em um elástico alto.

— Isso é da sua conta? — retruquei e a vi pestanejar.

— Não precisava ser grosso — se joga ao meu lado, me afasto consideravelmente, já fazia um tempo que a mais nova dos Greengrass parecia estar querendo dar encima de mim, não podia culpa-la por isso, mas eu realmente não estava interessado em uma criança. — Você soube sobre o que aconteceu com aquela garota da Grifinória?

Pelo amor de Deus...

— Quem não soube disso? — a olhei com o cenho levemente franzido.

— Tudo bem... — murmura encarando seu par de sapatos lustrosos.

Apenas a presença de Astoria ao meu lado já me irritava, eu não tinha nada contra ela, mas não estava mesmo tendo um dia bom. Me levanto do chão sem aviso e sou acompanhado pelo olhar dela.

— Se não se importa, eu estou indo. — então lhe dou as costas e vou me afastando dela, sem parar para ouvir suas reclamações perante minha ação indiferente.

Eu não tinha a menor idéia para onde ir, apenas deixei meus pés me guiarem sozinhos e acabei parando em um pátio coberto perto da entrada de Hogwarts, havia alguns alunos da Grifinória ali, entre eles o maldito trio perfeição. Eu teria ignorado como se eles não existisse e continuado a andar se fosse outro dia qualquer, mas algo chamou minha atenção

Uma nova chance para Amar (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora