Prólogo

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- É um prazer recebe-lo Sr.Dambury. - Mensurou o mais velho a minha frente, sinalizando para que eu me sentasse na cadeira a sua frente. - O que o trás aqui? Soube que acabou de voltar dos seus estudos universitários.

- Sim, cheguei a cidade na noite passada. E vim o mais rápido que pude. - Tossi levemente, me preparando para o tão esperado momento. - Com o interesse de saber a respeito do estado civil de sua filha.

- Alicia ? - O senhor questionou, visivelmente surpreso. - Minha única filha se encontra sem pretendente  algum, e fico surpreso por tê-la mencionado desta maneira.

- Senhor, pretendo ir direto ao motivo pelo qual vim até aqui essa manhã. Desejo pedir a mão de sua filha em casamento, e gostaria muito  que o senhor compactuasse com minha proposta.

Barão Benett parecia imerso, surpreso e veemente descrente.

- Compactuo totalmente com seu desejo Dambury. - Sorriu  ele. - E lhes dou a minha bênção por completo, mas me diga, como a conheceu se esteve ausente durante toda a temporada social?

- Morei nessas redondezas quando mais novo, me recordo com clareza de sua filha. E,com todo respeito, Srta. Benett sempre aparentou grande inteligência e virtudes. Não vejo como não tem pretendentes cortejando-a no momento.

- Bem. - Suspirou ele. - Infelizmente apesar de sua inteligência e modos, Alicia não foi alvo de muitos cortejos nesta temporada. Mesmo que tenha atraído a atenção de alguns cavalheiros,seus modos tímidos e pouco sociáveis os repeliam. Todos acabavam por se cansar de corteja-la e não receberem uma resposta  visível de seus interesses.

Assenti em silêncio, disperso pelas dúvidas que pisoteavam meus pensamentos.

Como era possível ?

Alicia não se interessara por nenhum deles? Ou apenas não conseguiu vencer sua timidez a tempo de corresponde-los?

Como ela se sentia em relação a tudo aquilo?

- Asseguro ao senhor, que minhas intenções são puras. E darei o melhor que puder para que sua filha viva bem,caso ela aceite meu pedido.

- Acredito nisto,sei que sua família carrega uma linhagem de bons homens. Sinto muitíssimo pela partida de seu pai.

- Muito obrigado, agradeço por tanta consideração. E digo com convicção que tenho grande estima por sua família, e apresso por sua filha desde muito cedo.

Sr.Benett sorriu ainda mais largo, semi serrando os olhos em uma expressão divertida de desconfiança.

- Suponho então... - Sorriu divertido. - Que seja um pedido de apaixonado.

Senti um frio no estômago,uma leve sensação de adrenalina.

Nunca tinha parado para pensar nisto dessa forma.

- Bem.. - Engoli seco,forçando a compostura. - Tenho em mente, que sim, nutro um certo carinho por sua filha. Em consideração aos tempos de infância.

- Pois bem. - Sorriu largo, se levantando de sua cadeira para  me estender a mão. - Será um prazer contactar minha filha a respeito de suas intenções. E tenho por certeza, que ela não a negará.




- Não o machuque Damien!

Berrou a menininha,apontando para minhas mãos fechadas ao carregar o anfíbio pequenino.

- Não vou! - Assegurei, andando com mais rapidez em direção ao nosso destino. -  Tem certeza que tem uma lagoa perto daqui?

Um genuíno cavalheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora